sábado, 10 de janeiro de 2009

Jericoacora 2009 - parte 1

Olha, quando meu pai decide viajar, ele acerta. Ele só se dá uma semana de férias por ano, então esses poucos dias tem que ser muito bem aproveitados. Passamos três dias e três noites em Jeri. Vou contar nossa aventura.
Primeiro detalhe: O percurso. A estrada é nova e a sinalização é péssima ou ausente. Sem falar que tem placas com os dizeres Jijoca, Gijoca e Jijoca de Jericoacoara. Depois, de Jijoca para Jericoacoara, o caminho é de barro vermelho e de areia da praia. Existem duas trilhas: a de carros com tração 4x4 (mais curta) e a de carros leves (mais comprida). Fomos no Civic do meu pai, então, escolhemos a segunda opção.
Segundo detalhe: O guia. Contratamos o nosso guia na entrada de Jijoca. Ele estava fardado e usando crachá. O valor do serviço foi R$30,00 reais. O nome dele era Roberto. Gente boa, nos levou até a cidade de Jeri. Depois de um trecho de barro vermelho, faz-se uma parada estratégica para esvaziar um pouco os pneus para enfrentar a areia da praia. Uma verdadeira aventura, com direito a subida em morro, travessia de ponte e de água. As dunas de um lado e o mar do outro.
Atenção: procure guias cadastrados e usando crachá. É melhor para sua segurança. Lembre-se que você vai encarar uma trilha desconhecida seguindo o que o cara disser . Se for uma emboscada, você está perdido!
Obs. Por mais R$ 50,00, Roberto disse que ficaria disponível o dia inteiro e nos guiaria aos diferentes passeios em Jeri.
Terceiro detalhe: A cidade. Jericoacoara é uma cidadezinha pequena, parece mais um bairro de Fortaleza em tamanho. Segundo Roberto, toda a energia é subterrânea, ou seja, não tem postes! Bom, eu não vi nenhum. São cerca de 120 pousadas. É mais lugar para turista do que para os nativos. Isso se explica porque o custo de vida é altíssimo lá, principalmente no que diz respeito a material de construção em razão da dificuldade do acesso. Se for para Jeri, vá preparado com os bolsos cheios. Tudo lá é caro, desde a água mineral até a pizza.
Ficamos na pousada Rosa dos Ventos. Éramos 4 pessoas, conseguimos uma diária de R$ 200,00 com direito a café da manhã.
O nosso carro ficou parado. Primeiro porque tudo é perto e segundo, todas as ruas são de areia fofíssima, um convite a atolar o carro.
Quarto detalhe: os estabelecimentos. É opção que não acaba mais. Você encontra sushi, comida indiana, massagem aiuvédica, gelateria, pizzaria, cabeleileiros, locadoras de vídeo e livros tudo.
Que azar o nosso, de tantas opções, ter começado errado. Ah, na maioria dos restaurantes, os cardápios são expostos na entrada, assim você vê se os pratos lhe interessam e se você pode pagar por eles. Pois é, optamos pelo Restaurante Chocolate na Rua do Forró se eu não me engano. O ambiente era até legal e tal, e o atendimento era razoável, mas ai do nada a dona do restaurante chegou e começou a apressar a gente, dizendo que tínhamos que fazer o pedido logo que ela tinha que arrumar a cozinha dela (isso depois de a gente já ter pedido uma garrafa de vinho português...). Arruinou o clima... o negócio foi tão esquisito e foi só com gente. Será que ela não foi com nossa cara? Bem ainda pedimos dois pratos: Peixe com alcaparras na manteiga (R$ 24,00) e Spaguetti Frutos do Mar (R$ 39,00). Pense numas porções malservidas para duas pessoas. Um pedacinho mínimo de peixe! Até o arroz era pouco. A massa estava menos mal, veio lagosta, polvo, marisco e camarão.


Resultado: ainda estávamos com fome. Pagamos a conta e seguimos para o próximo restaurante.

Paramos no Mosquito Blue que é um baita hotel com restaurante à beira do mar. Com música ao vivo de qualidade e um atendimento ótimo e banheiros impecáveis, finalmente nos sentimos bem recebidos. E aqui acaba a primeira noite em Jeri.




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