quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Bullying

De acordo com a Wikipedia, "Bullying é um termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (do inglês bully, tiranete ou valentão) ou grupo de indivíduos causando dor e angústia, sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder". Há poucos meses esse era o assunto da moda e quase todo dia tinha uma matéria na TV ou revistas falando sobre isso. A moda passou, mas ficou pra mim reflexão, que divido com vocês agora.

Será que um pouco de bullying não pode ser bom? Calma, eu disse um pouco. Deixa eu explicar: ninguém pode ser perseguido ou muito menos maltratado por ser magro, gordo, negro, gay, cabeçudo, caolho, cabelo pixaim, enfim, por uma característica que é do indivíduo e que não interfere na relação dele com os outros. Todo mundo tem direito de ser o que é e eu sou o primeiro a defender isso. Como diz a “sábia” Lady Gaga “I was born this way”. Mas agora vamos fazer uma retrospectiva: quem de nós não teve um apelido na infância, daqueles que era uma flechada certeira naquilo que menos gostamos em nós mesmos? E você fez o quê? Pensou em se matar? Prometeu matar todos quando crescesse? Acredito que a maioria lidou com isso, aprendeu inclusive a rir um pouco ou minimizar a importância disso e pronto: trauma superado. Quem agiu assim se tornou um adulto menos supersensível ou melindroso e que aprendeu a transformar “defeitos” em características ou até em vantagens. Depende de cada um. Eu acho a superproteção na infância pode ser nociva e contribuir para ciar um futuro adulto fraco. E o bullying, tirada a agressão física que é inconcebível, acaba por vias tortas desenvolvendo em você a capacidade de se colocar diante dos outros e de enfrentar.

Imagina que você está no colégio, quando criança, e tem um coleguinha que acha normal limpar o nariz enquanto conversa com todo mundo. Imagine um mundo sem bullying. Agora imagine o nosso mundo real com bullying, onde em algum momento um mais desbocado na turma começa a debochar do dito cujo ou coloca logo um apelido, chamando, por exemplo, de porco ou imundo. Uma coisa no mínimo vai acontecer: esse garoto vai entender que seu comportamento não é aceito pela maioria. Imagine que tem um outro que não gosta de escovar os dentes e que, por isso, tem mau hálito. Ele tem esse direito? Sim. Os outros tem que aceitar caladinhos seu mau cheiro? Claro que não. Nada que um apelidinho de “boca de fossa” ou algo parecido não o ajude a correr pra resolver seu problema (e dos outros! rsrs). Quando a galera começa a tirar onda, claro que isso pode ser positivo tanto pro garoto quanto pro grupo.

Outra coisa: será que a criança não tem que aprender a se defender, mesmo sendo mais fraca que o opressor? Será que a vida nunca vai lhe colocar em situações desiguais onde você precisa ter força e coragem pra enfrentar só? Eu acho que sim. Eu lembro que no meu tempo de escola pública, onde a barra era bem pesada (como acho que ainda é em qualquer escola pública), havia os caras mais fortes que xingavam, batiam, tomavam o lanche. Isso é certo? Claro que não! Eu adoraria viver num mundo sem nenhuma injustiça, mas o fato é que aquelas situações, pelo menos pra mim, serviram pra mostrar que se eu fosse o filhinho-fraquinho-da-mamãe, ingênuo ou melindroso, eu iria sofrer bem mais. Não dá pra andar com um guarda-costas a vida toda. E quem lhe defende então? Você mesmo. Se você ainda não sabia, eis a sua chance: a vida não é uma estrada pavimentada com tijolinhos de ouro.

Outro dia desses eu estava no cinema e entrou uma turma de adolescentes por volta de seus 15 anos, cuja brincadeira era entrar na sala, ficava meia hora, ria alto, gritava, brincava um com o outro e depois saía correndo da sala para entrarem em outra. Nessa hora eu só tinha vontade de fazer uma coisa: sentar a mãozada na cara de uns deles pra ver se eles deixavam de ser adolescentes idiotas, porque muito provavelmente eles vão ser adultos idiotas. Ok, melhor seria se os pais, a escola ou psicólogos os ensinassem o significado de respeito, mas dá pra entender que tem gente que ou não vai receber essa educação ou, mesmo recebendo, nunca vai aprender a respeitar o coletivo a não ser que seja constrangido a isso? Tem e é muita! Portanto, bullying nos sem noção já!!!!!

Escrevi esse post dando a cara a tapa, sabendo que posso ser considerado agressivo. Sem problema, sou um pouco mesmo, assumo. E também sou intolerante com quem ultrapassa os limites, invadindo os meus. Na educação que eu recebi isso se chama respeito. Eu dou e quero.

Beijos e abraços!!!

domingo, 7 de agosto de 2011

Eu vi: Cilada.com

Sou fã assumida de Bruno Mazzeo. Adoro o programa Cilada (o que passa na Multishow, a versão do Fantástico deixava a desejar em muita coisa.) O principal atrativo e grande mote do humor de Bruno é a sua capacidade de espelhar o espectador. Através dele nós rimos de nós mesmos. Assisti também a peça "Enfim nós" com Regiane Alves. O casal fica preso no banheiro e vai ter uma DR daquelas. Muito Bom! Não podemos esquecer também de 'Junto e Misturado', que infelizmente não teve continuação na Globo. Era um alento no meio de programas de humor baseados em bordões repetidos à exaustão e quadros que não são renovados há séculos.
Já em Cilada.com, acho que o caldo entornou um pouco. Não vou nem falar nos clichês típicos de comédias românticas, até porque eles são esperados nesse tipo de filme. 

AVISO IMPORTANTE: esse post contém Spoilers sobre o filme! Leia por sua conta e risco!
O filme tem momentos hilários, mas a proporção é bem pequena em relação aos momentos trash porcaria de filme de quinta categoria.
1.Linguagem: Não tenho problemas com palavrões. Acho que, assim como a nudez, eles são elementos válidos, desde que sejam bem colocados.  Gente, o programa Cilada da Multishow, para mim, é família. Vi muita gente com criança no cinema. Tenho certeza que ninguém esperava uma enxurrada de palavrões do filme. Estava pau a pau com Tropa de Elite.
Outra, aquele amigo do Bruno que fala as palavras em um 'ingrês' sofrível... me poupe. Triste.
2.Piadas de baixo de nível. Sempre admirei o trabalho de Bruno Mazzeo porque acho o humor dele inteligente. Mas nesse filmes, teve muuuuuuuuuita porcaria. A sequência inicial provocou risadinhas nervosas e muita vergonha alheia. Pensei que estava assistindo um 'American pie' qualquer.
3.Close na bunda de Serjão Loroza e nas partes da  mulher "de tromba" - sem comentários... totalmente dispensável.

Por outro lado, sequências como a conversa de duplo sentido entre Augusta e Marconha e o encontro entre Bruno e Mônica, a moça com bafo de onça, são ótimas, só não sei se suficientes para salvar o filme. Bem, a gente pode dizer que Cilada.com é uma cilada, quase literalmente. =( 

4.Ah, quase me esqueço da música infame: "Coloquei uma foto sua pelada na internet" . Jesus me chicoteia...

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