sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

No aeroporto







Ah, viajar é sempre bom. Tá, não seeeempre, mas na maioria das vezes é. E parte dessa maravilha é voltar para casa. Sim, porque a gente só valoriza nossa cama e travesseiro quando passamos um tempo dormindo em uma enorme, luxuosa e desconfortável cama de hotel.

E nada melhor do que ser bem recebido no aeroporto por alguém que se importa com a gente, mesmo que seja o cara da agência de viagem.

É fácil perceber quem não tem ninguém à espera. Eles pegam a bagagem e passam decididos pelos espectadores que aguardam ansiosamente os seus parentes queridos se desembaraçarem das esteiras.

Quanto aos que tem alguém que irá buscá-los, também é fácil distinguir. Quanto mais míope, mais claro! A pessoa sai com a testa meio franzida, fazendo uma varredura para encontrar sua carona e quando a localiza, é inevitável não fazer uma cara de alívio, seguida de uma enorme satisfação, de novo, mesmo que seja o cara da agência de viagem, segurando uma plaquinha com seu nome.

Na verdade, acho que sempre quis ter uma recepção especial no aeroporto. Em relação à plaquinha, já tive minha oportunidade. Não foi o carinha da agência de viagem. Na verdade, foi a família de uma amiga que gentilmente acolheram a mim e minha parceira de concursos, em Belo Horizonte.

Não tínhamos conseguido lugar para ficar e, por uma maravilhosa coincidência, tinha uma amiga que tinha família lá e eles toparam nos hospedar. Como a gente não se conhecia, eles esperaram por nós no aeroporto de Confins com nosso nome numa folhinha de papel.

Hoje, fui buscar meu digníssimo no aeroporto e tive oportunidade de observar algumas pessoas.

Tinha um grupo superanimado, com camisas combinando. Também um cara com um buquê de flores esperando. A despeito a de achar flores um presente meio furado (você não conserva por muito tempo e pior, não é chocolate...), mas admito que não ia fazer mal ser recebida com ramalhete de flores depois de uma viagem.

Tenho certeza que mesmo que meu vizinho de cadeira tivesse passado a viagem roncando, as crianças atrás de mim tivessem passado o tempo todo chutando minha poltrona, a comissária de bordo tivesse derramado café em mim, eu tivesse me molhado na maldita torneira do microbanheiro da aeronave e minha mala fosse a última a sair, diante do meu amado com um buquê de flores (mas é mais recomendável e efetivo uma bela caixa de chocolates, ou mesmo flores de chocolate, que tal?), pelo menos um sorriso torto ele ia ganhar.

Ter alguém a espera também evita saias justas. Descobrir que está sem o dinheiro do táxi, ou pior, embarcar em um táxi pirata. É porque você chega de madrugada, meio dormindo e não sabe bem o que está fazendo. E ai é que entra o seu recepcionista de aeroporto. Ele vai cuidar de você.

Taí, acho que essa seria uma profissão de futuro: recepcionista de aeroporto. Atribuições: lhe receber em qualquer horário no aeroporto; lhe levar para o hotel ou para casa; tornar a sua chegada mais feliz, por um preço módico.

Bom, deixe-me ir que tenho que fazer meu cartão de visitas de Recepcionista de Viajantes. Já tenho até o slogan: Transformando a sua chegada em boas-vindas! Que tal? Você me contrataria? É melhor ficar com meu cartão, principalmente, quando for chegar de madrugada e ninguém em casa quiser te buscar. Estou falando... depois não diga que eu não avisei.

Até a próxima viagem! Digo, próximo post!

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

One phone to rule them all

Desde os primórdios da telefonia móvel até agora, o celular passou por uma evolução vertiginosa. Se há alguns anos atrás, entre o lançamento de um novo celular e outro tinha alguns anos de intervalo, hoje somos sufocados por enxurrada de novos modelos a cada semana.
Mesmo se você não é um consumista desenfreado que troca de celular como quem troca de roupa, chega um momento em que seu telefone se torna obsoleto para as funções que você deseja utilizar e chega a hora de adquirir um novo. Mas hoje em dia, um celular não fica todo obsoleto, normalmente é um de seus itens, tais como, seu armazenamento interno, processador, câmera, conexão de internet móvel, etc., que fica ultrapassado. Só que aí, você compra um novo para atualizar apenas um desses elementos e se desfaz de um produto que, em grande parte, ainda continua totalmente funcional.
Imagine esse descarte de eletrônicos a nível mundial e vamos ser afogados por outra enxurrada, a de resíduos, ou seja lixo eletrônico.
Pensando nisso, surgiu a idéia do Phoneblok, um aparelho celular modular, que pode ser montado de acordo com as necessidades do usuário e que pode ser atualizado apenas naquele item que ficou obsoleto.
Não é demais?




Eu achei simplesmente incrível! Esse sim será o Um Celular. 
Mais informações em www.phonebloks.com

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

ROMANCE LITERÁRIO


Estava pensando quanto a relação com os livros parece com as relações amorosas. Você dá de cara com aquela capa incrível e começa a paquera. Pergunta para seus amigos se alguém já ouviu falar, se é legal. Dá aquela espiada na orelha e/ou contracapa.
Marcado o primeiro encontro, as primeiras linhas vão causa uma boa ou má impressão. Se começar a falar muita besteira, não tem jeito, passa para o próximo, a fila anda.
Se bem que, às vezes, parece que a gente gosta de sofrer e continua a relação mesmo assim.
Eu abandono sem dó nem piedade.
Mas se for envolvente, ai, colega, o negócio é sério. Dá vontade de ficar agarrado direto. Só soltar quando acabar.
Eu, particularmente, não consigo me ater a um só. Gosto de ler dois, três livros de uma vez só. O que acaba deixando um deles um pouco de lado, mas eles me perdoam no final.
Também tem aqueles casos em que seus amigos perguntam o que você viu naquele livro terrível, aparentemente sem graça, que você insiste em ler. Você se sente incompreendido, mas a paixão é mais forte e você vai lutar por seu tomo com unhas e dentes, e no caminho, mostrar a seus colegas o verdadeiro valor daquele livro tão desprezado.
Também tem o livro amante, aquele com que a gente se encontra escondido de todo mundo, um prazer proibido, que causa um pouco de (muita) vergonha se alguém descobrir. (Ler a Saga Crepúsculo, por exemplo =P).
Quando a relação fica séria, você anda com o livro em público, apresenta para os amigos e familiares. Depois que o affair acaba, ficam só as boas lembranças.


Livro, assim com gente, também sofre violência. Páginas e capas amassadas, marcas de café, bordas sujas com gordura, uso da orelha como marcador. Isso não se faz. Há um inferno particular para quem afana caneta, fala alto no cinema, xinga a mãe alheia e maltrata livros.
Diga NÃO à violência contra o livro.
A gente caça livros também, vai na livraria, procura na internet, esperando que aquela fagulha incendeie uma paixão e ai você possa se perder nas páginas de um bom título. Mas também, você pode encontrar um livro incrível quando menos espera, talvez isso ainda torne mais singular e incrível a leitura.
Tenho que reclamar, entretanto, que esses encontros estão sendo dificultados pelas editoras e livrarias. A gente tem que desembolsar uma boa grana para ter acesso a um lançamento, ou ficar esperando pacientemente que passe a modinha e comprar na promoção.
Isso acaba tornando os livros companheiros um pouco esnobes, que não saem por ai com todo mundo, simplesmente porque tem gente que não pode pagar.
Ainda bem que a internet está facilitando a compra de livros usados, bem como a troca, tornando um pouco melhor o acesso aos livros.
Assim como com as pessoas, uma relação de amor com livros pode, eventualmente se transformar em ódio. Tudo ia bem com vocês, quando o autor do livro resolve destruir tudo que tinha feito até agora. Dá vontade de jogar o livro fora, tocar fogo, dá para o pior inimigo. Mas espero que vocês possam fazer as pazes, caso contrário, como já disse antes, passe para o próximo, a fila anda!
De qualquer forma, amar um livro é altamente recompensador. Assim, você podem até está só, mas não sentirá solidão. Você pode está no lugar mais tedioso do mundo e pode ser transportado para os confins mais incríveis do universo. Você pode ser uma pessoa comum, mas pode ser ver e sentir como um super herói, tudo isso no virar de uma página.
O que você está esperando para encontrar o amor da sua vida? Ele pode estar na prateleira ali ao lado. E sabe o que é melhor, você pode ter vários amores e não se sentir culpado por isso. Não é demais?
Tem coisas 'pan' que o livro faz por você! (Se você lembrou da propaganda original que tinha essa frase, deixe nos comentários =P)

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

A minha voz é a mesma, mas os meus cabelos...que diferença!


Pela segunda vez, eu fui ao salão de beleza pensando em fazer uma coisa e saí tendo feito outra totalmente diferente. Minhas cabeleireiras gostam de fazer experimentos com meu cabelo, a sorte (delas e minha) é que até agora deu tudo certo.
Na primeira vez, eu fui para aparar as malditas pontas duplas. Ai a cabeleireira me diz: "Seu cabelo ia ficar tão bonito com uma luzes..., quer não fazer?" Não, eu respondo! Quero só aparar. "Tem certeza?" Tá, tudo bem, vou fazer umas luzes castanhas, mas bem pouco, certo? "Certo!" Ai vou sentar na cadeira para aplicar o produto.
Depois que eu estou rendida e não consigo ver mais nada, ela me diz: " Mulher, eu fazer as luzes loiras mesmos, se você não gostar, eu tiro." Mas, mas... E no final sai com as tais luzes.
Profética, a cabeleireira disse que apenas duas pessoas, mais precisamente dois homens poderiam não gostar do meu visual novo: meu pai e meu namorado. O namorado aprovou, já meu pai olhou torto até se acostumar.
Agora, um bom tempo depois, com as luzes já apagadas, vou desfiar as pontas do cabelo, começando o desfiado na altura do ombro, ai a cabeleireira, outra diferente, pega meu cabelo e tora na altura do ombro. Introspectivamente, pensei: "De novo..." Não ia adiantar nada gritar e espernear. Só poderia torcer para ficar bom e ficou!
Isso tudo foi desculpa para compartilhar o link da propaganda pré-histórica da Colorama:




quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Sinta-se, toque-se, proteja-se!



Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom.

No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estádios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%.

Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. Estatísticas indicam aumento de sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência ajustadas por idade nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes.

Estimativa de novos casos: 52.680 (2012)

Número de mortes: 12.852, sendo 147 homens e 12.705 mulheres (2010)
http://www.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/mama

Mulheres do mundo, vamos nos cuidar! Não lembrar do câncer de mama, mas também do colo do útero, são doenças que atacam em cheio a nossa feminilidade, e que podem ser diagosticadas a tempo de serem tratadas com sucesso.

"O câncer de mama pode ser percebido pela mulher como um caroço, acompanhado ou não
de dor. A pele da mama pode ficar vermelha ou parecida com uma casca de laranja ou surgirem alterações no bico do peito, o mamilo. Também podem aparecer pequenos caroços na região embaixo dos braços, nas axilas. Lembre-se de que nem sempre essas alterações são sinais de câncer de mama."
http://www1.inca.gov.br/inca/Arquivos/mama.pdf

Se você tem histórico de câncer nas mulher de sua família, fique ainda mais atenta.

O câncer do colo do útero, também chamado de cervical, demora muitos anos para se desenvolver. As alterações das células que podem desencadear o câncer são descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolaou), por isso é importante a sua realização periódica. A principal alteração que pode levar a esse tipo de câncer é a infecção pelo papilomavírus humano, o HPV, com alguns subtipos de alto risco e relacionados a tumores malignos.
É o segundo tumor mais frequente na população feminina, atrás apenas do câncer de mama, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Por ano, faz 4.800 vítimas fatais e apresenta 18.430 novos casos. Prova de que o país avançou na sua capacidade de realizar diagnóstico precoce é que na década de 1990, 70% dos casos diagnosticados eram da doença invasiva. Ou seja: o estágio mais agressivo da doença. Atualmente 44% dos casos são de lesão precursora do câncer, chamada in situ. Esse tipo de lesão é localizada. Mulheres diagnosticadas precocemente, se tratadas adequadamente, têm praticamente 100% de chance de cura. 
Estimativas de novos casos: 17.540 (2012)

Número de mortes: 4.986 (2010) 

Existe uma fase pré-clínica (sem sintomas) do câncer do colo do útero, em que a detecção de lesões precursoras (que antecedem o aparecimento da doença) pode ser feita através do exame preventivo (Papanicolaou). Quando diagnosticado na fase inicial, as chances de cura do câncer cervical são de 100%. Conforme a evolução da doença, aparecem sintomas como sangramento vaginal, corrimento e dor.

Exame Preventivo
O exame preventivo do câncer do colo do útero (Papanicolaou) é a principal estratégia para detectar lesões precursoras e fazer o diagnóstico da doença. O exame pode ser feito em postos ou unidades de saúde da rede pública que tenham profissionais capacitados. É fundamental que os serviços de saúde orientem sobre o que é e qual a importância do exame preventivo, pois sua realização periódica permite reduzir a mortalidade por câncer do colo do útero.
O exame preventivo é indolor, simples e rápido. Pode, no máximo, causar um pequeno desconforto que diminui se a mulher conseguir relaxar e se o exame for realizado com boa técnica e de forma delicada.

Para garantir um resultado correto, a mulher não deve ter relações sexuais (mesmo com camisinha) nos dois dias anteriores ao exame; evitar também o uso de duchas, medicamentos vaginais e anticoncepcionais locais nas 48 horas anteriores à realização do exame. É importante também que não esteja menstruada, porque a presença de sangue pode alterar o resultado.

Mulheres grávidas também podem se submeter ao exame, sem prejuízo para sua saúde ou a do bebê.
http://www.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/colo_utero/deteccao_precoce

Resumindo tudo, um toque e uma rapadinha podem salvar sua vida! Não se negligencie! Cuide-se!

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

No meu tempo... Música de academia



Você sente que está ficando velho quando começa a contar uma história dizendo: "No meu tempo..."Crise da meia idade a parte, no meu tempo, existia um estilo musical conhecido como música de academia, normalmente uma faixa com batidas fortes e ritmo frenético para dar aquele gás na hora de malhar. Ai você me pergunta: mas hoje em dia, continua existindo, ué? As academias ainda tem sua música ambiente. Então, ai que está a diferença.



Antes da era dos musicplayers portáteis, todo os marombeiros (vixe, é o novo...) faziam suas repetições num só ritmo. Hoje em dia, você malha ouvindo sua própria playlist, que pode ser desde o Bolero de Ravel até o Quadradinho de oito com seus fones de ouvido no volume máximo. A música na academia passou a ser apenas ambiente.



O que eu acho engraçado nessa era de integração social pela internet é na mesma proporção que queremos compartilhar quando estamos atrás das telas brilhantes de nossos computadores e dispositivos móveis, preferimos nos isolar no nosso pequeno mundinho quando estamos em grupo. Para mim, um total contrassenso...

Se algum dia eu voltar à academia (velhinha que sou, tenho que fazer exercícios de baixo impacto, estou na onda do pilates), provavalmente devo aderir aos players portáteis, mas com certeza, vou fazer minhas abdominais cantando " What is love? Baby don't hurt me, don't hurt me no more" e na hora que a mulherzinha começar o solo vocal, eu vou fazer caras e bocas e dublar feito uma louca.
Bons tempos que não voltam jamais!

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Como destruir uma ótima série....

Acabei de ver a season finale de Dexter e estou decepcionada. Ou melhor, decepcionada eu estive a última temporada toda. Eu estou revoltada como os responsáveis conseguiram destruir e fechar um série tão boa quanto essa de uma forma tão tosca.
Para mim, Dexter trata-se de um dos poucos casos em que a série se iguala e talvez até supere um pouco o personagem e a trama do livro.
Assassinos como o Ice Truck Killer e Trinit são impagáveis e nos renderam episódios e finais de temporada eletrizantes.
Mas ai surge a questão? Como terminar? Dexter morre? Vai pagar pelos seus crimes? Se arrepende? Se redime? Eu sei que é difícil, não tinha dúvidas disso. Mas o que presenciei durante toda essa temporada foi uma total maluquice, com direito a personagens tirados da cartola, porque nunca sequer houve qualquer menção até então.
A partir daqui Spoilers.

Tudo começou com a aparição da psiquiatra que teoricamente criou o Código, que SEMPRE foi Harris's Code. O mérito era todo dele, um policial que resolveu direcionar a necessidade assassina de Dexter e acabou tornando-o uma arma para alcançar aqueles que de alguma forma escapuliam do sistema e sairiam impunes.
Ai a gente ainda tem que aturar a relação doentia da velhinha louca e Dexter. A única parte de boa dessa temporada foi ver o atrito entre Debra e Dexter. A despeito de no livro, ela desconfiar e simplesmente parecer não se importar que ele é um serial killer, já que depende basicamente dele para resolver todos os casos, na série, ela se faz de cega para melhor passar. Escolheu Dexter e atirou em LaGuerta e teve que conviver com isso. Depois, quase coloca tudo a perder contando tudo. Tenta matar Dexter, o ponto alto dessa temporada, ai depois fazem as pazes...
Ai vem Hannah MacCay do nada para bagunçar ainda mais o coreto... mais uma vez ele vai tentar ser um cara normal. Com Rita, até dava para passar, mas tentar começar uma vida normal quando sua suposta alma gêmea é outra serial killer reaproveitada de uma temporada passada é de lascar.
Ai, arrisca tudo, vai totalmente contra o Code e bota tudo a perder.
Finalmente a chata da Debra morre, o que já poderia ter acontecido diversas e diversas vezes mais cedo para o bem da humanidade. Dexter faz queima de arquivo e livra todos de sua existência...
me poupe né... ridículo. Simplesmente ridículo.
Preferia que ele tivesse morrido. Preferia que ele fosse levado a julgamento pela morte de Saxon e no meio do processo a verdade viesse a tona e todos vissem o verdadeiro Dexter, a face do Dark Passenger  que os fãs tanto amam. Seria legal ver o pessoal dividido entre a crueldade e a frieza do assassino e da justiça trazida pelo vigilante. E se Dexter fosse à juri?
Qualquer coisa teria sido melhor do que o que vi hoje. Espero que os livros possam me consolar e que Jeff Lindsay tenha mais zelo com Dexter.
Pronto, falei
Não merece nem fotinha...
Tonight will never be The Night for Dexter...

sábado, 18 de maio de 2013

Eu confesso: Levando gato por lebre

Há muuuuuuuito tempo atrás, quando o CD ainda era novidade e a internet uma dificuldade, aconteceu o seguinte fato.
Numa fita cassete (eita, levantou poeira), eu tinha ouvido uma música do Freddie Mercury e Montserrat Caballe. Simplesmente adorava e achava o máximo, mas não fazia idéia do nome da música. Tempos depois, numa loja de discos, encontrei um cd do Freddie Mercury que continha uma música em que ele cantava com Montserrat Caballe. Eu, na minha inocência, pensei: É aquela música que tanto gosto! Não conhecia nenhuma das outras músicas. Mas no final levei o tal álbum e cheguei em casa e descobri o quanto estava enganada.
Mas não me arrependi, na verdade, tive a grata surpresa de ter adquirido uma ótima coletânea de músicas, com a qualidade vocal inigualável do vocalista do Queen.
Hoje, escutando o tal cd lembrei dessa história. A música que eu procurava era "How can I go on" e a música que vinha no disco era "Barcelona". Elas não tem nada a ver uma com a outra.=P. As duas são igualmente incríveis então, no final das contas saí no lucro.
Se fosse hoje, eu procuraria na internet e fácil fácil, saberia qual a música certa. Poderia comprar só a faixa que me interessava. Mas não teria conhecido as outras ótimas músicas.
Bons tempos aqueles (ou não)!

Confira:


sexta-feira, 10 de maio de 2013

Eu li: O escafandro e a borboleta






Livro: O escafandro e a borboleta (Le scaphandre et le papillon )
Autor: Jean-Dominique Bauby
1ª edição - 1997, 3ª tiragem - 2008
Editora: Martins Fontes


 Depois de milênios sem escrever, eis me aqui de volta. Não se engane pensando que passei esse tempo todo sem ler, pelo contrário, ultimamente tenho lido bastante, cumprindo uma meta rigorosa de 12 livros para esse ano, com mais alguns por fora, e é justamente o caso deste aqui.

Uma grata surpresa. Tão bom que me deu vontade de escrever sobre ele.

O título, em si, é inesperado, apesar de adequado, e já explicarei o porquê. O enredo é este: um jornalista, após um acidente vascular cerebral, desenvolve (ou contrai, ou adquire) a chamada L.I.S, locked-in syndrome, em português, Sindrome do encarceramento, em que o paciente fica "preso" no próprio corpo, do qual não possui praticamente nenhum controle. No caso de nosso personagem, seu contato com o mundo se dá pelo único olho esquerdo.

Assim, seu corpo inerte é sua prisão, seu escafandro. Triste, né? Ficar prostrado numa cama, quase isolado do mundo, sem poder fazer nada, sofrendo dores e desconforto, sem poder mover muito mais do que um olho...

E ai que entra a borboleta.

"O escafandro já não oprime tanto, e o espírito pode vaguear como borboleta. Há tanta coisa para fazer. Pode-se voar pelo espaço ou pelo tempo, partir para a Terra do Fogo ou a corte do Rei Midas."

Não vou dizer que nosso personagem, Jean-Dominique Bauby, Jean-Do para os íntimos, era uma pessoa alegre e serelepe, mas sua vontade de viver, apesar de tudo, é inspiradora. Sua mente o transportava além dos limites do corpo. Aproveitar a companhia da família e os amigos, os pequenos passeios no hospital, revisitar lugares e sabores na memória e o mais impressionante: escrever este livro.

Mas como?

"Preciso compor o início destes cadernos de viagem imóvel e estar pronto para quando o enviado do meu editor vier tomar o ditado, letra por letra. Na minha mente, remôo dez vezes cada frase, elimino uma palavra, junto um adjetivo e decoro meu texto, parágrafo após parágrafo. "

Com o auxílio de uma sequência alfabética diferenciada, organizada de acordo com a frequências do uso das letras em francês, ele ditou letra por letra, palavra por palavra e assim por diante, até termos este volume que, a despeito da tragédia de que surgiu, é leve e revigorante. Ao ler, me emocionei com a sensibilidade de suas palavras, com a simplicidade de alguns "causos" e de ver que, costumeiramente, nós gostamos de nos vitimizar e reclamar da vida, das nossas dificuldades.

Ao terminar de ler, senti que estava perdendo tempo reclamando, enquanto eu podia e posso viver plenamente e realizar um mundo de coisas, entre elas escrever com facilidade e contar para vocês o que descobri.

Se a preguiça for grande, ainda tem o filme, que não conheço, mas que se for fiel a história, vai fazer o mesmo efeito, mas indico fortemente a leitura. Permita-se colocar-se no lugar do nosso personagem, e sentir o sabor da vida como você nunca sentiu antes.

Trecho mais marcante:

"Tanto quanto de respirar, sinto necessidade de emocionar-me, amar e admirar. A carta de um amigo, um quadro de Balthus num cartão postal, uma página de Saint-Simon dão sentido às horas que passam. Mas, para continuar vigilante e não afundar na resignação indiferente, conservo uma certa dose de furor, de detestação, nem de mais nem de menos, assim como a panela de pressão tem sua válvula de segurança para não explodir."


terça-feira, 19 de março de 2013

Nós fomos: New York, Washington, Boston e Ithaca - Introdução



A vontade de fazer essa viagem vem de muito tempo e foi maximizada pela presença do meu amado Correspondente Anônimo por aquelas bandas. Os primeiros planos foram de viajar no final do ano, para passarmos o Natal e o ano novo juntos. Mas em razões de dificuldades logísticas no meu trabalho, adiei a viagem para a época do carnaval e adicionando algumas folgas, conseguiria passar quase 20 dias passeando e matando um pouco da saudade daquele meu moço mais querido.
Os preparativos
Já que ia viajar para os States, tinha que tirar o bendito visto, já que já possuía  o passaporte. No final de novembro, viajei para Recife. As duas “entrevistas” foram tranquilas. No primeiro dia, no CASV (Centro de atendimento ao solicitante do visto), colheram minhas digitais e tiraram a minha foto e pronto, liberada. No dia seguinte, no consulado, foi mais simples ainda, perguntaram minha profissão e praticamente foi isso.
O único problema é que fui emitir o visto no auge da confusão entre os correios e a DHL e recebi a triste notícia que teria de buscar meu visto pessoalmente, ou mandar alguém com uma procuração. Mas, para alegria geral, o visto chegou sem problemas, e no dia do meu aniversário!
Pouco antes disso, eu resolvi comprar as passagens, mesmo sem o documento em mãos, porque achei um preço camarada na TAM. Com a chegada do visto, senti que essa aventura ia realmente acontecer.
The book is on the table
Meu inglês não anda lá bem das pernas. Nem na época que fazia o curso, falava muito, mais por vergonha do que por falta de conhecimento, é que me atropelo um pouco (muito). Estava um pouco apreensiva em relação a isso, mas saibam vocês, que nos lugares mais críticos, como no aeroporto, os funcionários já têm algumas noções de português, o que ajuda imensamente. Alguns museus que visitamos e até o Memorial do 11 de setembro, disponibilizavam folders em português. E quando você fala que é do Brasil, o pessoal acha ótimo e fica loucamente falando “Ah, Brasil, São Paulo, Rio de Janeiro etc.”
No mais, Correspondente Anônimo me salvou e me ajudou bastante.
The winter is coming
Na verdade, eu viajei no ápice do inverno, e para uma cearense que vive nos sertões dos Inhamuns essa mudança brusca de temperatura quase me fez trincar =D. Mostrei para o Correspondente os casacos que tinha em casa, e não acreditei nele quando disse que eu iria passar frio. Pior que passei mesmo =P, mesmo toda acasacada. Já em New York City, (ah, meninas, fiquem de olho na palavra “Clearance” ou na expressão “on sale” que é o correspondente a liquidação) comprei dois casacos por uma pechincha, que foi o que me salvou. Quanto às luvas, nenhuma das que experimentei esquentam de verdade, mas é melhor do que ficar de mão de fora.
No começo, sofri um pouquinho (muito), mas ao longo do tempo, a gente vai se acostumando. Outra coisa, nada de esquecer do hidratante e do protetor solar, eu deixei de passar alguns dias (a preguiça foi maior do que a vaidade) e estou aqui sofrendo com as consequências de uma pele ressecadíssima.
Olha a tempestade chegando aí gente! (Lado sul de Manhattan, Nova Iorque, visto do Empire State Building)
A neve... pode parecer matutice, mas é bem legal ver tudo cobertinho de branco. Mas não é legal, quanto está nevando, e começa a entrar no olho. Quem usa óculos, também sofre com ela se acumulando nas lentes. Ainda fiz uma bolinha de neve, mas não tive em quem jogar =( e fiz um micro boneco de neve para LadyReaper, conforme prometi.
Vista da Baía de Boston
Também não é legal escorregar e muito menos, escutar o guardinha falando “watch your step” (olhe por onde anda), falei baixinho em português “não me diga!!!”
Outra coisa ruim do inverno, é que tudo fica seco, ai fica meio desanimado, que o diga o Central Park, que parecia a mesma paisagem de onde eu tinha acabado de sair. Mas a neve dá o charme.
Atenção, senhores passageiros!
A minha viagem, começou bem antes de Fortaleza, afinal, saí de Novo Oriente (a 400 km de Fortaleza), voei para São Paulo e de lá enfrentaria 9h de voo até o Aeroporto JFK em NYC. No avião, sentei ao lado de uma senhora supersimpática e o voo foi tranquilo, passei o tempo assistindo filmes ou dormindo, levantei algumas vezes para esticar as pernas. No final, descobrimos que era a primeira vez das duas no exterior e que ambas estamos visitando pessoas muita queridas ao coração, ela, a sua filha, e eu, o meu amado.
Muita expectativa na hora de passar pela imigração, afinal, ainda havia uma chance remota de eles me mandarem embora dali mesmo. Mas deu tudo certo, o atendente até falava um pouco de português e pisei em solo norte americano.
Tão desolado... Parece o meu Sertão... (Central Park, Nova Iorque)
Quando a Garota_D me disse que estava querendo vir para cá, comecei a trabalhar a logística da viagem. Quais cidades a gente iria visitar, quanto tempo passaria em cada cidade, como viajaria entre as cidades e, principalmente, quais atrações a gente veria. Depois que ela me falou que o visto tinha saído, obviamente, os preparativos se intensificaram.

As cidades que teriam a honra de nos receber seriam escolhidas entre New York, Washington, Boston, Chicago, Philadelphia, Niagara Falls e Ithaca. Ithaca e New York eram as duas certezas. Ithaca, por que a Garota_D queria vir para cá, conhecer a cidade onde estou morando. New York por que, bem, é New York. Chicago, que fica no centro dos EUA enquanto as outras ficam na costa leste, se mostrou muito contra-mão. Seria muito tempo perdido só em deslocamento. Niagara Falls acabou se mostrando contra-mão também. Apesar de ser perto de Ithaca (menos de 5 hrs de viagem), não existe ônibus direto para lá. Philadelphia acabou entrando muito tarde na lista, então ficou de fora. Logo, as cidades escolhidas foram New York, Washington, Boston e Ithaca.

Outra coisa que pesou na escolha das cidades que a gente iria visitar foi o deslocamento de uma para outra, avião, trem, carro ou ônibus. Ir de avião seria muito caro. Como a viagem seria no inverno, ir de carro poderia significar dirigir na neve. Não, obrigado. A decisão final ficou entre ônibus e trem, e o bolso acabou falando mais alto. Fizemos todas as viagens entre as cidades de ônibus, durante a noite. De fato, ir de trem teria sido uma escolha melhor.
A grama do Boston Common estava tão verdinha...
O próximo passo seria decidir quantos dias a gente passaria em cada cidade. A Garota_D passaria 20 dias aqui. Então, ficou decidido que seriam 6 dias em New York, 5 em Washington, 5 em Boston e 2 em Ithaca. As contas não batem!!! Calma, 1 dia para ela chegar, à noite, e mais 1 dia para ela partir, de manhã.

Agora, procurar hotel. Os albergues aqui nos EUA, geralmente, não oferecem café da manhã (dá-lhe Brasil!). Aliás, muitos hotéis aqui também não oferecem café da manhã. Procurei os hotéis nos sites ChoiceHotels e Hotels.com. Achei uns hotéis relativamente baratos, com café da manhã, e, se não perto do centro da cidade, pelo menos perto de uma estação de metrô.

Depois disso tudo, decidir as atrações, passo que também influenciou na quantidade de dias em cada cidade. Para facilitar a nossa vida, em algumas cidades, existem passes que dão desconto nos ingressos de várias atrações. Assim, nos sites desses passes, existem listas de atrações, e basta a gente escolher aquelas que a gente quer ver (CityPass e SmartDestinations foram os que a gente olhou).

Depois de decididas as atrações, fazer o planejamento dia a dia da viagem. O que fazer, quando fazer e onde fazer em cada dia. Montei uma tabelinha no OOo Calc onde as colunas eram os dias e as linhas eram as horas. Aliás, horas, não, por que as linhas variavam de 5 em 5 minutos.

Cada dia envolveria atrações mais ou menos perto umas das outras, e o GoogleMaps ajudou muito nessa hora. Nos sites de algumas atrações, tem mais ou menos o tempo que uma pessoa leva visitando aquela atração, ou o tempo do tour daquela atração, por exemplo. Isso facilitou a montagem da tabela.

Além disso, na tabela, tinha ainda os horários das viagens de ônibus, e as informações de como chegar em cada atração (qual linha de metrô, qual estação descer, por qual rua andar e em qual direção). Obviamente, isso era um backup, uma vez que os todo os mapas, com as rotas entre as atrações, foram salvos também.

Ufa, agora sim, tudo pronto, né? Não, não, ainda falta a pior parte, a mais horrenda e dolorosa. Gastar dinheiro. Comprar os passes, os ingressos das atrações não-inclusas nos passes, reservar os hotéis, e as passagens dos ônibus. Quanto mais cedo reservados os hotéis, maiores os descontos. O mesmo vale para as passagens de ônibus. Por isso, esses foram os primeiros a serem comprados, no início de dezembro. Os passes e ingressos foram comprados só em janeiro.

Agora sim, tudo pronto. Faltava só mesmo a Garota_D chegar!
Pôr do sol no Lago dos Jardins da Constituição, em Washington
Abraços,
Correspondente Anônimo

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...