sexta-feira, 16 de abril de 2010

Quem é vivo sempre aparece!

Como estou em débito com vocês, hoje a postagem é dupla, se bem que pela hora, já vai constar como do dia 16, whatever.
Qual não foi minha surpresa ao saber que os Hansons voltaram, depois de uma década. Maior ainda em ver que eles voltaram arrasando. Gostei bastante da música e eis o clipe abaixo.



ANTES


DEPOIS

O tempo fez muito bem a eles, muuuuuuuuito mesmo. Isso e o cabeleireiro que deu um jeito da juba da galera ai. Vamos ver como eles vão se sair.

Outra criatura de quem nunca mais havia tido notícias foi Tony Braxton, que também está com álbum novo, Pulse. O upgrade foi bem-vindo e ela continua poderosa e maravilhosa como sempre.


Histórias de Robôs - Vol. 3.

 Histórias de Robôs, Vol. 3,264p.
L&PM Pocket. Reimpressão: Maio de 2007.

Isso mesmo, comecei pelo final da coleção. Livro em promoção + falta do vol.1 e do vol.2 no estoque. Trata-se de uma compilações de histórias de ficção científica curtas (outras mais, outras menos) editada por Asimov, Patrícia S. Warrick e Martin H. Greenberg. Entre os autores compilados estão:

-Murray Leinster, com "Uma lógica chamada Joe", história em que uma lógica (computador) resolve responder a todas às perguntas que lhe são feitas. O que causa diversas situações, no mínimo, curiosas:
"Se quiser fazer alguma coisa e não sabe como proceder - basta perguntar!
O garoto então aperta a tecla:
- Como é que eu faço pra descolar uma nota preta, e já? (...)
Três dias depois, pegam o garoto, quando já gastou duas milhas e ainda tem bastante no bolso. Levaram um tempão para diferenciar as notas falsas das verdadeiras - e tudo simplesmente por ter trocado de gráfica, coisa bem de criança, que não sabe que não se mexe em time que está ganhando."

-Asimov, com "Prova". Um robô poderia ocupar um cargo público? As três da robótica garantiram sua ética e integridade? A prova do título refere-se ao esforço de Francis Quinn de demonstrar que o promotor Stephen Byerler é um robô.

-Gordon R. Dickson, "A chave inglesa". Cary Harmon não deixa impressionar pela suposta perfeição da Máquina do cento de meteorologia. Decide então que é capaz de estragá-la, se ficasse sozinho com ela por alguns instantes e consegui, descubra como.

-John Brunner, com "Judas". Deus é máquina. Sua segunda vinda se fez através da Metalização. Ao invés de sinal da cruz, temos o sinal da roda. Mas alguém decide confrontrar essa divinidade de aço.
"Nos tornamos escravos de  nossos utensílios desde que o primeiro troglodita improvisou a primeira faca para se servir de comida. A partir daí, não houve mais possibilidade de retrocesso e passamos a fabricar máquinas que se tornaram dez milhões de vezes mais poderosas do que nós mesmos. Inventamos carros, quando poderíamos ter aprendido a correr; construímos aviões, quando poderíamos ter aprendido a voar; e então aconteceu o inevitável. Convertemos uma máquina em nosso Deus."
Alguns contos não me agradaram pelo simples fato de não ter entendido bem qual era a moral da história. Termos e construções um pouco complicadas, as lamparinas do meu juízo não estavam dando conta. Acrescente-se a isso que parei na metade de um conto e  passei dois meses para retomar a leitura. Mas são histórias interessantíssimas que antecipam um futuro do qual algumas previsões se tornaram realidade. Predomina um sentimento de temor de que as máquinas se rebelem contra o ser humano e esse temor é denominado por Asimov no prefácio de Complexo de Frankenstein e de tecnofobia.
A conturbada relação entre o homem e o autômato é abordada por diversos ângulos, uns com um pouco de humor, mas às vezes com um tom pesado e sombrio. Agora é correr atrás dos outros dois volumes.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Ceci n'est pas un Alpino


Caracas, é difícil ser consumidor no Brasil, viu. Não se pode confiar em marca nenhuma, em fornecedor nenhum! É, estou desolada com o mundo. Vou virar Amish e abrir mão de toda a tecnologia. Menos, né moça dramática.
Correspondente Anônimo adora Alpino. Certo dia passando em frente à cantina da academia (que, por sinal, é uma verdadeira sabotagem a qualquer dieta, com seus salgados altamente calóricos, cheirosos, deliciosos, ai dá fome só de pensar... focus, please, ok, move on), eu vi uma garrafinha com o nome Alpino. Pensei: "Alpino líquido, C.A. vai gostar". Ai hoje, toda feliz, compro o negócio (caro por sinal).
Primeiro defeito :não estava gelado. Para mim, bebidas lactéas não tem meio termo: ou é quente ou é gelado.
Segundo defeito: a porcaria (essa é bem a palavra) tem gosto de Nescau meia boca e nada de Alpino.
Terceiro defeito: a Nestlé assume expressamente que não há chocolate Alpino naquela droga.
Esse não é o primeiro post sobre isso. Veja os exemplos:


Esse é meu trecho preferido do post de Coma com os olhos

Ahhh Dona Nestlé. Não esperava isso de uma senhora respeitosa como você. Então é assim? Bebida láctea de Alpino que não contém chocolate Alpino? Legal então, também vou estampar em meu currículo “PhD” e depois, em letras minúsculas declarar que não possuo doutorado mas que essa é uma “referência de conhecimento”. Assim é fácil conquistar mercado não?

Sei que agora aprendi minha lição, nunca mais na vida compro nada sem estudar minunciosamente o rótulo, pesquisar na internet, consultar o PROCON. Eu, hein...
Apesar do aviso em letrinhas bem pequenininhas, acredito que é propaganda enganosa sim. Ora, dos comentários que eu li, a maioria das pessoas  que compraram o fizeram confiando na marca e no sabor conhecido e adorado do chocolate Alpino. Isso foi decisivo para levar esse produto e não outro. Clara frustração das expectativas do consumidor em relação a esse produto. Ou melhor, seria caso de propaganda abusiva.
O negócio é tão sério que foi parar no ReclameAqui. A Nestlé entrou em contato com o consumidor reclamante e olha o que ele disse:

Entraram em contato, embora isso não mude minha opinião que esse produto é uma porcaria, mas aparentemente já estão recolhendo ele dos mercados.
Ai, pronto, extravasei toda a indignação, agora posso dormir tranqüila. Boa noite e fiquem longe da maldita garrafinha ou tomem por sua conta e risco.

domingo, 4 de abril de 2010

A Caixa

Yes, I’m alive. Andei meio ausente do blog. Andava muito centrado nas minhas próprias questões e, embora eu às vezes tivesse tido vontade de escrever o que eu estava sentindo, refleti melhor e resolvi não fazer do galera D o meu diário pessoal. Gosto de escrever o que sinto quando gera uma reflexão pra mim e/ou pra vocês. Se for pra ficar só como desabafo, é melhor deixar quieto. But I survived! ;-)
Andei assistindo muuuitos filmes ultimamente, Lost (que até agora estou achando que o autor simplesmente não sabe resolver os mistérios que ele mesmo inventou e que eram o grande atrativo da série) e Glee, que apesar de ser uma série mega teen, mas vale pelas músicas e por algumas situações bem inusitadas! Mas vamos ao que interessa: a Caixa.
Vou resumir o filme pra depois comentar: Norma Lewis (Cameron Dias) é uma professora e o seu marido Arthur (James Marsden) é um engenheiro da NASA. Eles são um casal com um filho que leva uma vida normal morando no subúrbio. Tudo muda quando um misterioso homem aparece com uma proposta tentadora: uma caixa com apenas um botão e que se eles decidirem apertá-lo, ganharão um milhão de dólares, mas ao mesmo tempo tirarão a vida de alguém que eles não conhecem. Norma e Arthur têm 24 horas para fazer a escolha. O que você faria?
O filme é ambientado na década de 70 e, por se tratar de um suspense, é legal ver como certas situações ficam mais angustiantes num mundo que não tem internet, celular ou qualquer outro dos nossos atuais métodos de acesso rápido a pessoas e/ou informações.
Bom, assisti e gostei, apesar de achar que o final deixa um pouco a desejar. Mas o que me fez ficar pensando logo que saí do cinema (porque o meu mal é justamente pensar demais!) foi a questão ética e moral exposta no filme e que acredito que a nossa sociedade se encontra atualmente mergulhada: quanto vale uma vida? Se alguém lhe dissesse “se você apertar um botão que irá matar alguém que você não conhece eu te dou R$ 100,00” você nem hesitaria em concluir que não vale a pena matar alguém por um ganho material e, acima de tudo, tão ínfimo. Mas e se for R$ 1.000.000,00? Muda alguma coisa? O filme mostra que sim e que como pessoas boas e corretas como o casal (e outros que serão tentados) ainda param pra refletir se vale a pena. É engraçado, não é? À medida que a proposta aumenta, aumenta a força dos argumentos que podem justificar a escolha de matar alguém em nome de um ganho pessoal. No caso do filme, Norma diz “e se for só a vida de um homem no corredor da morte? Ou de um bandido?”. O marido então pergunta “e se fosse o nosso filho?”.
Pra mim, o filme mostrou que na maioria dos casos, certo e errado depende de que lado nós estamos e o que ganhamos ou perdemos com isso. E segundo: valor ínfimo ou irrisório em troca de uma vida vai depender unicamente do referencial do assassino. Sim, porque se formos partir da perspectiva mostrada no filme, que é obter uma vantagem em cima da desgraça de alguém que não conhecemos e que, portanto, não nos compadeceremos do sofrimento, então pra bandido, tirar a vida de alguém pra roubar um celular, uma carteira ou até um tênis se justifica pelos mesmos argumentos.
That’s it! Vou ficar esperando a Alice. Tim Burton em 3D com aquele espetáculo de imagens deve ser muuuito bom! Li o livro e até agora estou esperando por alguém que me explique a metáfora por trás daquele conto que de infantil não tem nada. Muito louco! E olha que eu nem me acho tão burro assim. ;-)

Ah! Ia esquecendo, fica a dica do filme A Órfã. É um daqueles filmes em que a inocente que ninguém nem desconfia faz um estrago danado. 
Beijos e abraços!

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