Yes, I’m alive. Andei meio ausente do blog. Andava muito centrado nas minhas próprias questões e, embora eu às vezes tivesse tido vontade de escrever o que eu estava sentindo, refleti melhor e resolvi não fazer do galera D o meu diário pessoal. Gosto de escrever o que sinto quando gera uma reflexão pra mim e/ou pra vocês. Se for pra ficar só como desabafo, é melhor deixar quieto. But I survived! ;-)
Andei assistindo muuuitos filmes ultimamente, Lost (que até agora estou achando que o autor simplesmente não sabe resolver os mistérios que ele mesmo inventou e que eram o grande atrativo da série) e Glee, que apesar de ser uma série mega teen, mas vale pelas músicas e por algumas situações bem inusitadas! Mas vamos ao que interessa: a Caixa.
Vou resumir o filme pra depois comentar: Norma Lewis (Cameron Dias) é uma professora e o seu marido Arthur (James Marsden) é um engenheiro da NASA. Eles são um casal com um filho que leva uma vida normal morando no subúrbio. Tudo muda quando um misterioso homem aparece com uma proposta tentadora: uma caixa com apenas um botão e que se eles decidirem apertá-lo, ganharão um milhão de dólares, mas ao mesmo tempo tirarão a vida de alguém que eles não conhecem. Norma e Arthur têm 24 horas para fazer a escolha. O que você faria?
O filme é ambientado na década de 70 e, por se tratar de um suspense, é legal ver como certas situações ficam mais angustiantes num mundo que não tem internet, celular ou qualquer outro dos nossos atuais métodos de acesso rápido a pessoas e/ou informações.
Bom, assisti e gostei, apesar de achar que o final deixa um pouco a desejar. Mas o que me fez ficar pensando logo que saí do cinema (porque o meu mal é justamente pensar demais!) foi a questão ética e moral exposta no filme e que acredito que a nossa sociedade se encontra atualmente mergulhada: quanto vale uma vida? Se alguém lhe dissesse “se você apertar um botão que irá matar alguém que você não conhece eu te dou R$ 100,00” você nem hesitaria em concluir que não vale a pena matar alguém por um ganho material e, acima de tudo, tão ínfimo. Mas e se for R$ 1.000.000,00? Muda alguma coisa? O filme mostra que sim e que como pessoas boas e corretas como o casal (e outros que serão tentados) ainda param pra refletir se vale a pena. É engraçado, não é? À medida que a proposta aumenta, aumenta a força dos argumentos que podem justificar a escolha de matar alguém em nome de um ganho pessoal. No caso do filme, Norma diz “e se for só a vida de um homem no corredor da morte? Ou de um bandido?”. O marido então pergunta “e se fosse o nosso filho?”.
Pra mim, o filme mostrou que na maioria dos casos, certo e errado depende de que lado nós estamos e o que ganhamos ou perdemos com isso. E segundo: valor ínfimo ou irrisório em troca de uma vida vai depender unicamente do referencial do assassino. Sim, porque se formos partir da perspectiva mostrada no filme, que é obter uma vantagem em cima da desgraça de alguém que não conhecemos e que, portanto, não nos compadeceremos do sofrimento, então pra bandido, tirar a vida de alguém pra roubar um celular, uma carteira ou até um tênis se justifica pelos mesmos argumentos.
That’s it! Vou ficar esperando a Alice. Tim Burton em 3D com aquele espetáculo de imagens deve ser muuuito bom! Li o livro e até agora estou esperando por alguém que me explique a metáfora por trás daquele conto que de infantil não tem nada. Muito louco! E olha que eu nem me acho tão burro assim. ;-)
Ah! Ia esquecendo, fica a dica do filme A Órfã. É um daqueles filmes em que a inocente que ninguém nem desconfia faz um estrago danado.
Beijos e abraços!