Hannibal Lecter, ou
melhor Dr. Lecter, ou melhor Hannibal, the Canibal, como queira
chamar, sem dúvida, é um personagem que gera sentimentos
conflitantes nos leitores que o admiram a despeito (ou talvez por
isso mesmo) de sua monstruosidade.
Eternizado no cinema por Anthony
Hopkins, o personagem de Thomas Harris aparece apenas secundariamente
neste volume. Já se encontra preso, depois de ter quase matado nosso
personagem principal, Will Graham, quando este o confronta e descobre
ser Hannibal um serial killer.
Graham consegue ver as evidências de
uma forma que ninguém mais vê. É como se entrasse na mente do
assassino, como se pensasse exatamente como ele pensaria e por isso é
capaz de interpretar as pistas por meio de um prisma único e
extremamente útil para o deslinde do caso.
Duas famílias inteiras foram
massacradas por um serial killer e para auxiliar Graham a
encontrá-lo, nosso querido Dr. Lecter entra em cena.
A nós também é dado a conhecer
Francis Dolarhyde, o assassino da história. Mergulhamos na sua
deformidade e infância sofrida e as influências desses fatos no
surgimento do Dragão Vermelho, sedento de sangue de suas vítimas
(que frase mais dramática). Sua história é envolvente a tal ponto,
que é possível até simpatizar com ele e, em certo momento, até
torcer por ele, no que toca a certa parte da história.
Com esses ingredientes é
gerado o enredo de Dragão Vermelho, e junto com Will Graham, vamos em
busca do assassino, ao mesmo tempo que aquele tenta proteger a si e
sua família deste.
Aqui o pacote é completo,
o livro é bom, o filme é bom e a série também tem o seu charme.
Resumindo, imperdível!