segunda-feira, 25 de abril de 2011

Os homens que não amavam as mulheres

Uma vez ouvi um ator de teatro dizendo que o segredo para atuar em novas peças era ir pro palco com a expectativa baixa, mas com a empolgação alta. Esse era o tão almejado ponto de equilíbrio que o ajudava a evitar a decepção.

Uma das coisas que contribuem para que eu goste ou não de um filme é a expectativa que crio deles. O ideal é que eu não saiba muito do que se trata e nem tenha ouvido muita gente aclamá-lo, isso já aumenta minha exigência. Daí adapto a regra do ator e procuro ir com empolgação "normal" e expectativa baixa. Tem funcionado. Alguns amigos que me servem de referencial de cinema, por termos os gostos parecidos, simplesmente chegam pra mim perguntando "já viu tal filme? Não? Então, se puder veja" e só. Deixam ao meu cargo gostar ou não.

Pois bem, na Semana Santa um amigo trouxe o Blue-Ray desse filme. Nunca tinha ouvido falar nele, quanto mais que fazia parte de uma trilogia que Hollywood já está negociando para filmar em inglês (já que americano não entende mais nenhum outro idioma), tamanho o sucesso que o livro fez.  Decidi ter a mente aberta para um filme cujo título naquele momento me soava misógino, que lembrava filme de temática gay (perdoem-me a cacofonia) e assisti-lo.

Você já viu? Não? Então, se puder veja...  ;-)

Beijos e abraços.



PS: desculpem, não encontrei no YouTube o trailer legendado. A dublagem está ridícula. A versão original é sueca.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Dos males, o menor!

 Acho que todo mundo concorda que problemas no computador são sinônimo de dor de cabeça, com maior ou menor intensidade. Todos têm o que reclamar do Windows, mas ainda não consigo trocá-lo. Correspondente Anônimo tenta incessante e insistentemente me convencer a mudar para o Linux, mas mesmos com todas as decepções  e problemas, continuo com o Windows. Ainda não tive o (des)prazer (?) de usar o Mac OS, então sem comentários.


O problema do Linux é que ele ainda é apenas para os iniciados da sociedades secretas dos entendidos em computador. Veja aí o primeiro passo para consertar o PC com Linux. Normalmente, consigo domar o Windows (hoje uso o 7) com o bom e velho reiniciar. Linux, porém, é um desafio! 
Sim, quando eu comecei a usar o Windows era difícil (a 15 anos atrás), para aprender a usar o Linux e ficar feliz com ele preciso de um aprendizado longo e árduo. Ou não. Continuo com o Windows mesmo e quietly weep algumas vezes quando esqueço de fazer backups.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Eu fui: Porto Alegre/Teresina/eu li: The wizard of Oz

Caros amigos, nem vou dar explicações sobre minha ausência porque vocês já sabem e bem, chega!
Eu vou terminar meu relato sobre Porto Alegre informando que conheci uma menina incrível, chamada Dani. Nós nos hospedamos no mesmo lugar e depois fomos passear juntas pela cidade. Olha como as coisas são. Ela já tinha comprado o ingresso dela no dia anterior. 

Eu fui correndo (literalmente, porque faltava pouco mais de 1h30 para o passeio no ônibus aberto pela cidade). Consegui o último ingresso na parte de cima do ônibus e foi logo ao lado dela! Dividimos a louca paixão febril pelos livros e ficamos horas na Saraiva do shopping da cidade, escolhendo mil livros e levando só uns poucos para casa. "Brigamos" porque ela encontrou primeiro o último exemplar dos contos de fadas e eu também queria, mas consegui superar as mágoas quando ela me deu um squeeze da Penguim books de presente. Provamos um cupcake lindo, mas meio sem graça. Jantamos e voltamos para o hotel. A cidade de Porto Alegre é linda, mas estava infernalmente quente. A prova não foi lá essas coisas, mas ganhei uma nova amiga e já é muito lucro! As fotos foram tiradas pela Dani. Enjoy!

Por falar em calor, fui mais uma vez para Teresina. Mas novamente fui abençoada por temperaturas amenas e pela recepção maravilhosa da Tia C. que pedi emprestada a minha bestfriendforever Manu mais uma vez. Tomamos sorvete para já entrar no clima quente, mas foi só ameaça. Na manhã da prova, o céu desabou por lá e alagou a cidade. Conhecemos o sítio da família (ah,deixe-me explicar o plural, uma amiga também concurseira foi comigo). Foi bom ficar isolada do mundo por algumas horas, sem telefones, sem barulho de carros, poluição. Dispensei até a tv.  De volta à cidade, o tempo estava formado: muita chuva a caminho. Posso dizer que senti frio em Teresina, sério mesmo! Com direito a arrepio e tudo. Essa prova já foi um pouco melhor.


"There are no place like home"! Mesmo desbravando lugares lindos por todo Brasil, nada melhor do que estar de volta ao ninho!

 Eu sempre achei que conhecia a história de "O mágico de Oz". Na verdade, tinha certeza de ter visto o filme. Mas, no final das contas, só vi alguns trechos e o que vi mesmo foi "O mágico de Orós" que é um clássico também.

Apesar de estar meio enferrujada para falar inglês, não senti dificuldade para ler. Abandonei o dicionário desde o início, porque estava emperrando a leitura. Só se não desse para compreender a frase de jeito nenhum é que vale a pena apelar.
Gostei do livro, me surpreendi muito com alguns fatos na história e a partir de agora tem #SPOILERS#. Então leia por sua conta e risco. Há algumas diferenças entre o livro e o filme, mas como não vi o filme inteiro, isso fica para um próximo post. Há cenas um pouco violentas protagonizadas principalmente pelo Homem de Lata (com o sobrenome irônico de Woodman - homem de madeira), por exemplo, quando a bruxa do Oeste manda lobos para despedaçarem os viajantes da estrada de tijolos amarelos, e nosso alumínico herói corta a cabeça de todos eles, um a um. Dorothy acorda, assusta-se com os cadáveres dos lobos e depois vai fazer um lanchinho. 

O grande e terrível mágico de Oz é um impostor, chegou lá de balão e foi confundido com um grande mago, convenceu o povo local a contruir a Cidade Esmeralda e se trancou lá dentro do palácio e nunca mais ninguém o viu, até que Dorothy e os outros o desmascararam. Ele dá a cada um o que desejam de uma forma meio torta: forja miolos cheios de agulhas para o Espantalho (para ter o pensamento afiado), coração de serragem para o Homem de Lata e faz o Leão Covarde tomar uma gororoba lá para ficar valente. Constrói um balão para Dorothy, the witch slayer, matadora das Bruxas Malvadas do Leste (esmagada com uma casa) e do Oeste (derretida por um balde de água - não teve a mesma dramaticidade, né), mas no final das contas, Oz foi embora sozinho.
 Dorothy podia ter voltado assim que calçou os sapatinhos prateados (e  não de rubi como no filme). Bata os calcanhares e em três passos estará onde desejar. Com o trânsito em Fortaleza do jeito que está, caíria bem uns sapatinhos assim. Final feliz!
Ufa! Sei que é tudo muito corrido! Mas é o jeito! Abraços a todos! Um ótimo feriado. Bom descanso! Cuidado com o trânsito, o excesso de chocolate e, principalmente, de vinho!

domingo, 10 de abril de 2011

Passos de dança para matemáticos

Para quem é matemático, esses são alguns "passos" fáceis que você pode aprender.

 
Aparentemente, o autor dessa imagem é desconhecido, mas eu vi em http://www.microsiervos.com/archivo/humor/pasos-baile-para-matematicos.html

Abraços. Correspondente Anônimo.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Pra homem: Revista GQ

Sempre desejei que no Brasil tivesse uma revista voltada pro público masculino que não achasse que a única coisa que interessa pro homem fosse ver mulher nua. Não sou contra revista de mulher nua, mas eu queria uma revista com assuntos pra homem que não fosse só isso, entende? Eu não sei quanto a vocês homens que estão lendo esse post, mas meu pai nunca me ensinou coisas relacionadas à vaidade masculina, à higiene pessoal, a me vestir, a me portar e uma série de coisas relacionadas ao mundo masculino. Embora o modelo devesse partir dele, ele incrivelmente (como a maioria dos pais, acho) entregou essa tarefa pra minha mãe. Ok, sem traumas, estou vivo até hoje apesar disso, mas eu acho que pro menino é legal ter referenciais masculinos e acho bastante natural o modelo vir do pai. Besteira, né? Não, não acho. Aí a gente vai copiando os exemplos acessíveis (que nem sempre são os melhores) o irmão mais velho, os amigos da turma ou um cara da escola. Só que ao mesmo tempo todo homem fica com vergonha de ficar perguntando tudo, a gente morre de vergonha de demonstrar que é inexperiente, inseguro, e seja numa loja, com os amigos, numa farmácia, a gente vai se comportando como se já soubesse, só que muitas vezes completamente desastrado na arte de ser um cara mais ajeitado. Alguns entregam a tarefa de escolher como se vestir, cortar o cabelo, se perfumar etc. à namorada. Você faz isso? Ok, então pra mim você é mais um pateta sem personalidade que procura na companheira uma substituta pra mãe. Escolha sua. Aliás, você não vai fazer muitas escolhas.

Fiquei esperançoso quando chegou no Brasil a Men’s Health. Só que depois de comprar duas edições, percebi que bastava ter comprado uma, porque todas seriam iguais. Todas. Sem exceção. Basta olhar as matérias na capa e você vai conferir que não estou exagerando. Em todas elas as matérias ensinam como você fazer para ficar com a barriga tanquinho em pouco tempo, como seduzir a mulher dos seus sonhos, como fazê-la atingir o orgasmo e assim ficar doida por você. Interessante. Quase uma Superinteressante. Mas eu queria ler mais do que isso.

Na minha primeira ida aos EUA comprei uma revista GQ e vi que finalmente minha busca tinha acabado. Só tinha um probleminha: ela era americana e não vendia no Brasil, a não ser nas grandes livrarias, nas seções de revistas importadas, onde é vendida por uns R$ 50,00 cada. Só que vasculhando no site, descobri que era possível fazer assinatura anual internacional, pelo preço de US$ 52,00!!! Dá para acreditar? Um ano por menos de R$ 100,00!! E (pasmem!) para eles a assinatura anual sai por US$ 12,00. Nem hesitei, assinei. Recebi a primeira mês passado e fiquei parecendo uma criança que ganhou brinquedo novo. Momento pára-tudo-só-quero-saber-disso!

A revista traz matérias pra homem. Ponto. Ela não lhe trata como se você só pensasse em comer mulher, pra isso não precisa LER revistas, basta OLHAR uma Playboy ou uma Sexy. A GQ traz matérias pro executivo, pro estudante, pro geek, pro nerd, pro metrossexual, pro heterossexual, enfim, pra toda gama de homem que existe. Entrevistas com personalidades famosas, matérias sobre tecnologia, saúde, cinema, TV, política, moda, porque você transpira muito, qual produto é adequado ao seu problema, porque seu cabelo cai, como prevenir a queda, dicas de como se vestir se você é baixo, gordo, alto, magro, velho, novo, preto, branco, matérias sobre ciência, carreira, esportes, enfim, TUDO que interessa ao homem. Até mulher bonita tem! É quase tão completa quanto nosso blog! (Eu tinha que encher nossa bola, he, he!)

Coincidência, com a chegada da minha primeira edição americana, foi lançada a GQ Brasil. Bacana. Comprei. Achei um pouquinho aquém das edições americanas, mas ainda assim recomendo, eis o porque desse post. Vou dar um crédito e comprar os próximos números pra ver qual é, espero que seja boa. Fica a dica.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Sobre a maldade divina


Refletindo sobre post 'Deus é ruim?", minhas conclusões não caberiam em um só comentário, então resolvi postar de outra forma.
Vamos lá!
Se abandonarmos o maniqueísmos e esquecermos por um segundo a extrema oposição que existem entre o que se considera 'bem' e o que se considera 'mal' e pensarmos que existem uma dinâmica de equilíbrio entre fatores aparentemente opostos, mas que têm, no seu cerne, o toque do outro, as coisas ficam um pouco menos estranhas.
Não consigo pensar que Deus ou qualquer outra entidade superior fique escolhendo que catástrofes deve deixar ocorrer e que outras deve evitar. Partindo do pressuposto que tudo foi criado pela providência divina, o restante é por nossa conta, em razão do nosso livre-arbítrio. Antes de continuar, deixe-me dizer que não acredito em destinação e fatalismo (toda nossa vida está traçada e nada pode ser mudado), mas concordo que é plausível a existência de preciência divina. Deus não é submetido a limites temporais tais como os nossos, assim a ele se revelam passado presente e futuro sem essas divisões. Sim, Ele conhece toda a nossa trajetória de vida, mas isso não quer dizer que, necessariamente, ele vai interferir.
Continuando. Dotados que somos de livre-arbítrio, somos responsáveis por nossas atitudes, boas e ruins. Ou seja, não acredito em atribuir o crédito ou a culpa a qualquer outro ser além do causador  da benfeitoria ou do dano.
Quem não tem consciência de seus atos, como os doentes mentais, obedece a uma lógica pouco diferente: ele é o causador do ato, bom ou ruim (a juízo da sociedade), mas como não tem discernimento, não é culpável pelo mal que causa, apesar de causá-lo.
No que diz respeito à natureza, a história da dinâmica entre os opostos ainda é mais destacada. O equilíbrio natural é condição de sobrevivência harmoniosa de todas as espécies. Isso não quer dizer, entretanto, que todos vão viver felizes juntos, leões e cordeiros. Esse equilíbrio inclui morte, devastação, errupções vulcânicas etc. Para piorar a nossa situação, nós, seres humanos, estamos nos metendo e colocando tudo a perder, para variar. O clima está maluco, chuvas intensas, secas desertificantes, aquecimento global, extinção de espécies, praga de outras. Deus está entediado e manda um tsunami? Não. Estamos sofrendo, mais uma vez, a consequências de nossos próprios atos. Sim, mas eu nunca joguei um papel fora da lixeira, você me diz. Infelizmente, caro amigo, os justos pagam pelos pecadores, assim como Jesus foi sacrificado pelos pecados da humanidade (ou, pelo menos, dos que nele acreditam ).
Assim, se você acredita em Deus ou qualquer outra entidade superior, agradeça-O por ter criado as condições para que você vivesse sua vida da forma como vive, mas leve o crédito e a culpa pelos seus atos.
Aluízio, obrigada por mais uma vez bombear vida na minha veia filosófica, que já estava até meio enferrujada.
Volto em breve para contar o resto da história de Porto Alegre e outras cositas mas!
Ah, tente o endereço http://garotad.blogspot.com/view e teste novas formas de visualizar esse blog!

Deus é ruim?

Acabei de chegar da lavanderia. Fui pegar umas roupas e, enquanto esperava a senhora pegar meu troco, avistei uma revista Caras onde na capa a cantora Ivete Sangalo (eca!) dizia “Deus é muito bom comigo”. Ouço com muita freqüência as pessoas dizerem isso. Pelo menos aqui no Ceará essa afirmação é muito comum, e claro, sempre em situações onde a pessoa que diz isso se beneficiou de alguma maneira ou “alcançou alguma graça”. Só que há muito tempo, toda vez que ouço essa frase tenho vontade de perguntar pra pessoa “ele só é bom porque fez uma coisa boa pra você?”. Será que se duas meninas são injustamente assassinadas, acontece um tsunami no Japão, eu for atropelado, alguém que você ama morrer, Deus é ruim? Não sou religioso, mas me considero espiritualizado, e a concepção que tenho da vida e da criação de Deus é de um todo interligado. A sensação que tenho é que tudo afeta direta ou indiretamente ao outro e o que podemos tirar dos acontecimentos é o nosso crescimento e aperfeiçoamento espiritual. O mal que acontece a um pode servir pra modificar, conscientizar, sensibilizar outros. Não dá pra querer encontrar uma explicação direta pra tudo, mas acho que as coisas acontecem, sim, com um propósito. Lógico que ficamos tristes, frustrados, com raiva, quando algo de ruim nos atinge, perfeitamente normal, mas daí a achar que Deus não é bom nessas horas, na minha opinião, é uma visão meio infantil ou egoísta de Deus ou de religião. Easy to say, hard to do, mas quando algo que não queríamos nos acontece devemos procurar aprender alguma coisa com isso, ver onde erramos ou contribuímos, ou se não fizemos nada pra que aquilo acontecesse, devemos tentar exercitar a aceitação e a resignação.

Talvez essa visão seja resultado de uma religião mal ensinada (ou mal compreendida) na qual se deu a entender que existe um sistema direto de atos e recompensas onde os bons são premiados e os maus são punidos. Não, não. Gente ruim também se dá bem e gente boa se estrepa feio, só que isso não é motivo para deixarmos de ser bons. Aliás, coisa duvidosa é a bondade de quem pensa dessa forma. Explico: se não existisse a crença no castigo e no inferno, essas pessoas se absteriam de matar, sacanear, roubar, trair e fariam o bem ao outro? Porque se se faz o bem motivado pelo prêmio celestial, estamos fazendo o bem pensando em nós mesmos, não no próximo.

Bom, não queria dar um viés Dalai Lama a esse post. Por favor, não interprete como se eu me julgasse um ser iluminado ou superior que pudesse dar lições de bondade aos outros, de forma alguma. Só queria chamar a atenção de que às vezes a frase “Deus é muito bom pra mim” me soa um pouco injusta. Ele é bom pra todos e sempre.

Beijos e abraços!

PS: ainda reluto em escrever ideia sem acento.

PS2: minha ideia de Deus há muito não é mais a do velhinho de barba branca, olhos azuis, sentado num trono. Abandonei as alegorias, elas me levavam a uma tentativa de relação humana com Ele, na qual eu podia negociar. Imagino-O com um ser superior, uma energia positiva, provavelmente amor puro, que rege todos os acontecimentos de uma maneira difícil de ser compreendida, mas que tem como propósito o nosso bem. Agradeço-O todos os dias por tudo aquilo que tenho e verdadeiramente acredito que tudo acontece com um sentido.

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