quinta-feira, 22 de julho de 2010

Life in a Day

Uma experiência cinematográfica histórica. Com essas palavras é apresentada a idéia de Ridley Scott e Kevin Macdonald de registrar um dia na vida de planeta. Qualquer pessoa pode fazer um vídeo no dia 24 de julho de 2010 e submetê-lo no Canal do youtube Life in a Day. Se a mídia  for aprovada e aproveitada no documentário, o autor ganha os créditos de colaborador e pode ser um dos 20 sortudos  a ir à Sundance Film Festival em 2011.
O filme será disponibilizado no youtube.

Abaixo a vinheta do projeto:



Então, Galera, agora é uma câmera na mão e uma idéia (ou várias, já que não há limite de tempo) e mandar ver. Já pensou participar de um filme com ninguém mais ninguém menos do que Ridley Scott?
Se for mandar algum vídeo, avisa aqui para gente torcer por você!

domingo, 18 de julho de 2010

E-MAIL FALSO: VIVO TORPEDO WEB

Estou começando a pensar que até mesmo o pessoal que perde tempo mandando vírus para as pessoas começa a ficar com preguiça. Veja esse e-mail que recebi. 

O nome do vídeo é adfssssf. O cara devia estar tão de saco cheio que nem nome quis inventar...Eu hein. É fato que a mediocridade atinge todas profissões, até mesmo os manés que gostam de prejudicar a vida da gente mandando lixo para entulhar nossa caixa de entrada... Continuam as dicas de sempre: 
1 -Desconfie desses e-mails esquisitos. 
2- Se por um acaso, o número cadastrado é de alguém conhecido, segure o mouse! Ligue para a pessoa e confirme a mensagem. Provavelmente ela lhe dirá que não enviou tal coisa.
3- Apague logo de sua caixa de e-mail. Não corra o risco de abrir sem querer em um momento nostálgico de releitura de e-mails antigos.

Sempre alerta!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Apresentação do Grupo Uirapuru no Teatro José de Alencar


"A música exprime a mais alta filosofia numa linguagem que a razão não compreende"   

E Schopenhauer estava certo.  A música é maravilhosa, contagiante, ainda mais quando advinda de forma tão inusitada como de instrumentos de barro. Isso mesmo. O Grupo Uirapuru - A Orquestra de Barro - fabrica seus próprios instrumentos. Imagine instrumentos de percursão, sopro e até cordas¹. tudo feito de barro. Ficou interessado? Essa é a sua oportunidade de matar a curiosidade. 


ONDE?
Teatro José de Alencar - Rua Liberato Barroso, 525- Centro – Fortaleza/CE


QUANDO?
Dia 20 de julho de 2010, às 20h


QUANTO?
Entrada gratuita


Será feita a gravação do primeiro DVD do Grupo.




BREVE HISTÓRIA²


O Grupo Uirapuru é uma atividade originada pelo artista plástico e luthier Tércio Araripe em 2009 em parceria com o Ponto de Cultura do Instituto Beija-flor, Instituto 3 Arte e a Flexos Artes.  Idealizado e realizado pelo artista, o grupo musical Uirapuru – Orquestra de Barro, e formado por jovens do Povoado Moita Redonda, localizado no Município de Cascavel/CE, e apresenta através da inovação de sua formação, a manutenção da confecção da cerâmica naquela região. O Grupo de música experimental se utiliza de instrumentos confeccionados em barro pela própria comunidade, promovendo a cultura e a inclusão social e proporcionando acesso aquela população para as possibilidades expressivas transformadoras da cultura.


Tércio Araripe vem ao longo de mais de duas décadas dedicando-se à pesquisa e construção de instrumentos musicais “primitivos”, após experiências bem sucedidas com oficinas de confecção de instrumentos musicais feitos de barro, realizadas naquela comunidade, percebeu-se a necessidade da continuidade destes projetos, não apenas capacitando os novos jovens da comunidade, mas possibilitando os que outrora foram contemplados com o curso de confecção de instrumentos, a continuidade do processo de inclusão e resgate do patrimônio imaterial, permitindo que esses jovens passem a utilizar os instrumentos fabricados por eles mesmos, culminando no Grupo Uirapuru - Orquestra de Barro.
A iniciativa realizada no Theatro José de Alencar integra o Prêmio Interações Estéticas - Residências Artísticas em Pontos de Cultura.


  

Informações: 85 8831.5441 / 3082.6311

¹Grupo Uirapuru apresenta show com peças de barro 
²Julho 2010 no TJA

terça-feira, 13 de julho de 2010

Rápidas

Novo visual - gente, dei uma mudada na cara do blog, preciso de opiniões.
Crianças - caracas, não tem jeito. Não levo jeito com crianças, ainda mais quando elas gritam! Dia de tortura: primos pequenos em casa! Como estudo desse jeito!
Palavra de hoje: Patife - barulho que faz um político corrupto ao cair no chão.
O que eu descobri - existe uma dança que é uma mistura de bachata com tango: Bachatango - vejam o link no meu twitter (www.twitter.com/krolvale)
Indicação de filme: Cadê os Morgans - comédia romântica. Sou fã nº1 de Clay, o cara é um sábio!
Indicação de música - Sway (na voz de Dean Martin ou Michael Bublé)
A presto!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Just dance!


Lendo o post Atletas da arte no blog do Márden, me veio a idéia de falar sobre a dança de salão. Mas não vou perder tempo falando da história, dos ritmos etc., porque isso você encontra em qualquer lugar, quero dar o meu depoimento do que a dança fez por mim.

Em janeiro de 2009, eu e Correspondente Anônimo começamos a freqüentar (eu tento, mas não consigo escrever sem trema...) as aulas de dança de salão ofertadas pela nossa academia junto com o bom e sem-futuro plano semestral. Eu comecei com duas semanas de atraso e já peguei o carro andando.

Primeira dificuldade: não desistir diante de um mundo de dificuldades. Meus membros pareciam que estavam todos brigados, não conseguia coordenar os passos, e quando conseguia, perdia o tempo da música.. era frustração por cima de frustração. Os olhos enchiam de água, sem falar das vezes que dava aquela vontade de sair correndo da sala e ir chorar e gritar em algum lugar escondido com o que me restava de dignidade.

Segunda dificuldade: assumir os próprios erros. Pobre do C.A. que teve (acho que ainda tem, às vezes ;P) que me agüentar fazendo caras malvadas quando ele 'errava' (ou seja, quando os meus dois pés esquerdos atrapalhavam a coreografia). Depois passei a partir do pressuposto de que eu sempre errava, as coisas começaram a progredir.

Terceira dificuldade: ciúmes! Apesar de termos praticamente nascido namorando, tinha ciúmes viscerais de C.A. Só que na aula de dança, transbordam meninas e meninos são artigos de luxo. A egoísta aqui teve de aprender a dividir.  No começo, ficava buscando sinais de olhares ilícitos nas minhas colegas de turma enquanto dançavam com o meu namorado. Um dia parei e vi que estava perdendo tempo com ilusões sem fundamento e que C.A. nunca pareceu ter dúvidas do que sente por mim. Ai os ciúmes foram exorcizados.

Quarta dificuldade: timidez. Já sei até a cara que você está fazendo agora. Pensa que é fácil ir até o centro da sala e dançar a bendita seqüência de passos? Ai voltam os dois pés esquerdos. OK, leve a sério, pelo menos a timidez de C.A. Hoje em dia, o moço é um verdadeiro monitor nas aulas, passa os passos para os novatos. 

Quinta dificuldade: condução masculina. Talvez devesse ter colocado essa dificuldade lá no início. Um feminismo incubado despertou-se em mim quando meus professores esclareceram que o homem deveria conduzir a dança, e nós mocinhas, deveríamos obedecer cegamente... No começo, ficava disputando com C.A. nem que fosse me antecipando um pouco, só para não dar o braço a torcer. Depois percebi que a responsabilidade ficava com eles, então relaxei.

Sexta dificuldade: comunicação não-verbal. Mais especificamente, comunicação corporal. Superado trauma da condução, tem algo que é, para mim, uma dificuldade que ainda não foi superada: saber o que o par quer, qual é o próximo passo. Um bom cavalheiro leva a dama a fazer todos os passos (ainda que não queira, segundo o meu prof.). As mãos se comunicam com as costas e indicam para que lado ir, quando girar, empurram ou puxam. Quanto menor o intervalo entre o gesto e sua decodificação, mais bonita, contínua e fluída fica a dança. Estamos trabalhando nisso.

Ai você se pergunta se vale todo esse trabalho aprender a dançar. Veja o vídeo abaixo:


Pronto, feche a boca e continue lendo. Tive a oportunidade de conhecer Jose Fernandez e Melody Celatti em um Workshop de Tango de que participei na sexta-feira passada. Os dois são argentinos, dançam juntos há cinco anos e são campeões mundiais. Só. São dois amores, poços de gentileza e humildade, que falam um espanhol corrido que nem nossa amiga colombiana conseguia entender muitas vezes. Como eu e C.A. recebemos o convite em cima da hora, não deu tempo de pesquisar nada sobre os dois. Ai fomos para a aula,  inocentes, achando que era um casal argentino normal que dançava tango, aprendemos uns passos sinistros (devidamente gravados para evitar o esquecimento certo) e depois os dois dançaram para nós pobres mortais alunos pernas de pau. Nós os adoramos. No domingo, tivemos a curiosidade de procurar alguns vídeos no youtube, já que não vimos a apresentação deles na sexta à noite por ocasião do Fendafor. Bateu uma tristeza e um despero misturado com uma admiração profunda advinda da beleza, de uma verdadeira magia que emana dos dois. Os olhos não conseguem acompanhar os passos rápidos e precisos. Os dois parecem um só ao mesmo tempo que são dois seres definidos e escandalosamente maravilhosos.
Eu quero ser assim quando crescer! Ufa! Chega! Já é amanhã e eu ainda estou aqui!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Livro: A senhora do jogo



O livro já causa controvérsia na capa. Tem o nome de Sidney Sheldon estampado na capa, mas foi lançado depois de sua morte (em 2007). Foi psicografado? Não, nada muito sofisticado e sobrenatural assim. Embaixo das letras garrafais do nosso conhecido autor, tem o nome da responsável por finalizar o livro o próprio Sidney iniciou: Tilly Bagshawe.
Trata-se de continuação de um dos melhores (senão o melhor) livros de Sidney Sheldon, 'O reverso da medalha", que conta a saga de várias gerações da família Blackwell e seu império.
Neste livro, temos Eve e Alexandra e seus respectivos filhos Max  e Lexi que irão continuar a sua rivalidade e brigarão pela presidência da Kruger-Brent.
Aventura, romance, drama, sexo (acho que até demais) e jogos de poder, você encontrará nesse livro. 
A história se inicia com Lexi, no dia de seu casamento, prestes a ser presa em razão de uma denúncia. Daí somos levados para o nascimento da nossa heroína e toda a sua tragetória.Essas inversões de enredo são comuns no livro e chega a ser chato, às vezes, ainda mais para uma criatura como eu que, quando fica curiosa, sai querendo abarcar dois parágrafos com os olhos e depois esquece do que leu. Lexi tem o mesmo amor pela Kruger-Brent que sua avó, Kate Blackwell. Paralelamente, Eve cria seu filho Max como sua arma de destruição de tudo que é relacionado a sua irmã. Com o rosto deformado propositalmente por seu marido, Eve se mantem enclausurada e afastada da vida pública e educa Max para ser o instrumento de sua vingança. 
Achei a linguagem mais vulgar do que o normal,  não sei é a falta de costume ou hoje em dia há mais liberdade nas traduções. Em alguns momentos, cheguei a me perguntar que raios eu estava lendo? Outra coisa excessiva e cansativa é a perfeição de todos os personagens. Tudo é perfeito, pele, dentes, voz, cabelo, corpo. Só falta dizer que todo mundo acordava com hálito perfeito de manhã e não usava banheiro para fazer o nº 1 e 2. Tudo tinha que dizer que a marca do casaquinho era Fulano de Tal, sofá Sicrana não sei da onde.Depois de um tempo, me questionei se eles não estavam fazendo propaganda (tipo aquela que faz na novela...) O povo é rico, a gente já entendeu, não precisa ficar esfregando na cara dos pobres mortais. Todo mundo é chique, lindo, rico e atlético.Ora um bando de workaholic que respirava, dormia e acordava trabalho, não tem tempo de ir à academia, salão de beleza, passar creme, fazer maquiagem, mas sempre todo mundo estava 'perfeito', sem um amassado na camisa, caspa no colarinho, ou com cabelo enroscado na roupa, sem olheiras. Agora se a pessoa for fraca, medíocre, tem que ser gorda, feia, com mancha de suor embaixo do braço, com terno barato ou brincos de plástico. O maniqueísmo eu ainda engulo, mas essa esteriotipagem atravessada já passa dos limites!
A despeito de todas as reclamações acima, não consegui largar o livro. Tilly tem o mérito de ter conseguido ser fiel à escrita de Sheldon em praticamente todos os sentidos, reproduzindo a mesma técnica de manter o clímax no final do capítulo, praticamente obrigando você a seguir para o próximo. Estava lendo dentro do carro, na fila do banco, em todo lugar, tanto era a ânsia de terminar.
Gostoso de ler (com as observações acima), com um enredo que prende o leitor em praticamente toda a história, é uma ótima pedida para os amantes de SS matarem a saudade de seu ídolo.
A Livraria Cultura disponibilizou o 1º capítulo do livro, confira abaixo:

A senhora do jogo - capítulo 01 - Livraria cultura                                                            

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Vik Muniz

esde abril até agosto deste ano, é possível visitar gratuitamente a exposição de Vik Muniz no Espaço Unifor.
Vik Muniz é brasileiro e atualmente mora em Nova Iorque. Utiliza-se dos materiais mais impensáveis para fazer arte, tais como açúcar, terra, pigmentos, algodão, lixo, aviões e fumaça, macarrão, geléia, chocolate, entre outros. Parte do pressuposto que o artista contribui com apenas parte da obra e o espectador contribui com o restante.Em uma palavra: Surpreendente! As obras geram encantamento, admiração, são um deleite visual, uma brincadeira deliciosa de figura e fundo.Chega de conversa, vamos dar uma espiadinha nessas obras!


 How about diamonds? Um amigo de Muniz, dono de uma joalheira, ofereceu-lhe diamentes para que ele
elaborasse obras para serem vendidas em um leilão beneficente. Decidiu reproduzir as divas hollywoodianas. Na foto, Elizabeth Taylor.

Arte que dá água na boca:

Monalisa em geléia de amora e doce de leite.



Medusa na macarronada





Uma curiosidade sobre as obras com chocolate: a calda de chocolate perde o brilho com o tempo. Assim, Vik teve de ensaiar algumas obras a fim de encontrar a forma mais rápida de executá-las para conseguir registrá-las com o brilho do chocolate. É mole?


Crianças de açúcar

Utilizando um fundo preto, Vik conseguiu essas imagens povilhando açúcar.

Não sabe o que fazer com seu lixo, faça arte!

Abaixo o Narciso de Vik Muniz e o vídeo do making of .




Qualquer semelhança com a abertura da novela Passione não é mera coincidência. 



Bom, fico por aqui, o restante você confere na exposição. Não perca!

Espaço Cultural Unifor
Visitação | 16 de abril a 8 de agosto de 2010
Aberta ao público de terça a sexta, das 10h às 20h, e sábados e domingos, das 10h às 18h, no Espaço Cultural Unifor
Entrada gratuita – Estacionamento no local
Agendamento de visitas guiadas para grupos de visitantes - 85 3477 3319

Copa do mundo e a personalidade brasileira

Não sou muito fã de futebol, mas na copa eu gosto de assistir aos jogos. Só que só assisto aos do Brasil porque é quando nos liberam do trabalho, os outros não dá. Não só no futebol, mas em quase todas as modalidades esportivas, gosto de ver uma boa disputa, a superação, as reviravoltas, a diferença que faz um espírito forte ou fraco, enfim, de certa forma os esportes acabam despertando em mim sentimentos que estão presentes em todas as situações da vida. O jogo vira um tubo de ensaio das emoções do experimento muito maior que é a minha vida. E foi exatamente isso que ficou pulsando na minha cabeça todos esses dias de jogos do Brasil. A cada jogo emoções diferentes afloravam, desde o primeiro até hoje, três dias após sua derrota, quando resolvi sentar pra escrever um pouco.
Antes de começar meu post, uma breve consideração para aplacar o ufanismo tupiniquim: quando me refiro ao(s) brasileiro(s), estou falando de uma característica geral e não da de cada indivíduo dessa nação, ou seja, estou me referindo a características que identifico no grupo, não estou falando especificamente de você nem de mim.

1) No jogo Brasil x Portugal, como o nosso time já estava classificado para a fase seguinte, o jogo foi aquela enrolação e o placar foi o belo 0 x 0. Assisti ali a uma característica bem peculiar do brasileiro: só fazer o mínimo esforço suficiente para conseguir o que precisa. Lembrei da época de colégio, onde teve aquela matéria que a gente tirou notas boas durante o ano todo e na última prova pensava “só preciso de uma nota 4 para passar” e então só se estudava para tirar o 4 necessário. Porque que de uma maneira geral, no espírito do brasileiro, não existe um prazer pela excelência? E pior, por incrível que pareça, usando ainda o exemplo, acredito que um aluno que almeje sempre aprender tudo para tirar boas notas, certamente é chamado de caxias, nerd ou até hostilizado por outros alunos. Assim também na vida profissional, quando alguém quer vencer, se destacar, sair da pobreza através do esforço próprio, geralmente encontra como obstáculo o incômodo alheio. “Fulano só quer ser melhor que os outros!”. Penso que nos meios menos intelectualizados, onde a Igreja Católica influencia bem mais nos valores morais e, portanto, na formação da personalidade e caráter desses indivíduos, exista uma idéia distorcida de que a mediocridade e o sofrimento são, de certa forma, meios de se aproximar de Deus, pois ele terá pena dos que sofreram. Confunde-se aí simplicidade e humildade com preguiça e indolência e acredita-se que quanto maior o sofrimento e a privação de bem-estar do indivíduo, maior será sua recompensa no céu. Basta lembrar da passagem da Bíblia que diz que “é mais fácil um camelo passar no fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus”. Embora eu ache que o rico ao qual a Bíblia se referia era o avaro, ganancioso, mas já existe um sentimento negativo contra aqueles que se destacam, que têm êxito, que vencem, ainda que honestamente e ainda que tenham saído da mesma origem pobre que seu semelhantes. Não, a prosperidade não é bem aceita onde reina a mediocridade. Diferente dos países influenciados pelo anglicanismo, que vêem com bons olhos a riqueza, a prosperidade e o êxito, desde que frutos do trabalho árduo, percebe-se no Brasil uma idéia meio doida de que vencer na vida ou ter grana significa de alguma forma ser ruim e que o bom mesmo é ficar "quietinho" sem se destacar muito pra não incomodar ninguém.

2) Chegamos ao famigerado Brasil x Holanda. Ok, eu sei que futebol é um jogo de 11 jogadores contra outros 11 e que nem sempre os melhores times vão para a final. Sei que há uma conjunção de vários fatores que pode levar o time à vitória, mas só existe uma coisa se espera ao assistir um jogo de futebol, seja qual for a nacionalidade do torcedor: a determinação de ganhar. Ouvi diversas pessoas repetindo que queriam logo que a Argentina perdesse para que o Brasil não tivesse que correr o risco de enfrentá-la em uma final. Hãããã???????? Pra mim isso era admitir que a Argentina era melhor do que o Brasil e que pra este chegar ao topo teria que contar com a sorte de enfrentar adversários fracos. Meu amigo, que vença o melhor!!!! E seja o melhor no que quer que você faça! Ao invés de rezar pra encontrar um adversário fraco, dedique-se, treine, supere-se e esforce-se ao máximo para ser melhor do que qualquer um, esse é o espírito dos jogos, seja qual for a modalidade! No entanto, bastou a Holanda empatar para assistirmos claramente na cara dos jogadores a expressão de “e agora???”. Ali o jogo estava zerado, chances iguais para os dois, mas prevaleceu a mediocridade.

3) Torci em todos os jogos pelo Brasil. Queria, sim, ver meu país campeão. Não sou anti-Brasil e nem anti-brasileiro, embora eu também não seja o fã número um de nenhum dos dois. Só que eu nunca comprei esse sentimento idiota que se vende a toda hora de que a Argentina é nossa grande rival e de que eu tenho que detestar os argentinos, acho isso a maior cretinice.  Aqui perto de casa soltavam fogos e gritava-se de euforia a cada gol que a Argentina tomava. Se duvidar a torcida contra a Argentina era maior do que a favor do Brasil! No dia seguinte à derrota do Brasil quase TODO MUNDO retirou de suas janelas as bandeiras brasileiras. E acabar sou eu que não gosto do Brasil! Que patriotismo é esse onde só se expressa sentimento de apoio e amor ao país se o time ganhar??? Palmas para a Argentina que apesar do placar de 4 x 0 contra ela, demonstrou garra para vencer até o último minuto, mesmo quando já era impossível ganhar. Uma postura de coragem, de lutadores. E palmas pro Maradona que beijou e abraçou cada um de seus jogadores demonstrando que eles estavam sendo agradecidos por terem lutado bravamente pelo país deles. Era esse o sentimento que eu queria ver prevalecer no meu país: o de orgulho por tentar vencer, o de verdadeiro amor ao país.
Beijos e abraços a todos!

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