terça-feira, 6 de julho de 2010

Livro: A senhora do jogo



O livro já causa controvérsia na capa. Tem o nome de Sidney Sheldon estampado na capa, mas foi lançado depois de sua morte (em 2007). Foi psicografado? Não, nada muito sofisticado e sobrenatural assim. Embaixo das letras garrafais do nosso conhecido autor, tem o nome da responsável por finalizar o livro o próprio Sidney iniciou: Tilly Bagshawe.
Trata-se de continuação de um dos melhores (senão o melhor) livros de Sidney Sheldon, 'O reverso da medalha", que conta a saga de várias gerações da família Blackwell e seu império.
Neste livro, temos Eve e Alexandra e seus respectivos filhos Max  e Lexi que irão continuar a sua rivalidade e brigarão pela presidência da Kruger-Brent.
Aventura, romance, drama, sexo (acho que até demais) e jogos de poder, você encontrará nesse livro. 
A história se inicia com Lexi, no dia de seu casamento, prestes a ser presa em razão de uma denúncia. Daí somos levados para o nascimento da nossa heroína e toda a sua tragetória.Essas inversões de enredo são comuns no livro e chega a ser chato, às vezes, ainda mais para uma criatura como eu que, quando fica curiosa, sai querendo abarcar dois parágrafos com os olhos e depois esquece do que leu. Lexi tem o mesmo amor pela Kruger-Brent que sua avó, Kate Blackwell. Paralelamente, Eve cria seu filho Max como sua arma de destruição de tudo que é relacionado a sua irmã. Com o rosto deformado propositalmente por seu marido, Eve se mantem enclausurada e afastada da vida pública e educa Max para ser o instrumento de sua vingança. 
Achei a linguagem mais vulgar do que o normal,  não sei é a falta de costume ou hoje em dia há mais liberdade nas traduções. Em alguns momentos, cheguei a me perguntar que raios eu estava lendo? Outra coisa excessiva e cansativa é a perfeição de todos os personagens. Tudo é perfeito, pele, dentes, voz, cabelo, corpo. Só falta dizer que todo mundo acordava com hálito perfeito de manhã e não usava banheiro para fazer o nº 1 e 2. Tudo tinha que dizer que a marca do casaquinho era Fulano de Tal, sofá Sicrana não sei da onde.Depois de um tempo, me questionei se eles não estavam fazendo propaganda (tipo aquela que faz na novela...) O povo é rico, a gente já entendeu, não precisa ficar esfregando na cara dos pobres mortais. Todo mundo é chique, lindo, rico e atlético.Ora um bando de workaholic que respirava, dormia e acordava trabalho, não tem tempo de ir à academia, salão de beleza, passar creme, fazer maquiagem, mas sempre todo mundo estava 'perfeito', sem um amassado na camisa, caspa no colarinho, ou com cabelo enroscado na roupa, sem olheiras. Agora se a pessoa for fraca, medíocre, tem que ser gorda, feia, com mancha de suor embaixo do braço, com terno barato ou brincos de plástico. O maniqueísmo eu ainda engulo, mas essa esteriotipagem atravessada já passa dos limites!
A despeito de todas as reclamações acima, não consegui largar o livro. Tilly tem o mérito de ter conseguido ser fiel à escrita de Sheldon em praticamente todos os sentidos, reproduzindo a mesma técnica de manter o clímax no final do capítulo, praticamente obrigando você a seguir para o próximo. Estava lendo dentro do carro, na fila do banco, em todo lugar, tanto era a ânsia de terminar.
Gostoso de ler (com as observações acima), com um enredo que prende o leitor em praticamente toda a história, é uma ótima pedida para os amantes de SS matarem a saudade de seu ídolo.
A Livraria Cultura disponibilizou o 1º capítulo do livro, confira abaixo:

A senhora do jogo - capítulo 01 - Livraria cultura                                                            

Um comentário:

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...