quarta-feira, 29 de abril de 2009

Filme: A qualquer preço - A civil action


Quem diz que Direito é chato nunca assistiu a um bom filme de tribunal e "A qualquer preço" é um desses filmes. Minha professora de Estágio em Direito III - teórico indicou esse filme e assisti ontem.
Para começar a dizer porque o filme vale a pena começo com o elenco: além do Jonh Travolta, temos Robert Duvall ( isso já diz muita coisa, lembra dele como o consiglieri de ninguém menos do que Don Corleone?), Tony Salhloub (que atualmente arrasa fazendo o detetive Monk), Zeljko Ivanek (Danko em Heroes Terceira temporada), entre outros.
O filme começa com Jan Schlichtmann fazendo uma explanação sobre a vítima de lesões corporais mais rentáveis e bem como os divertidos nomes que os advogados que trabalham com esse tipo de caso recebem, como por exemplo, caçadores de ambulâncias, abutres que se aproveitam da desgraça alheia e coisas do gênero.

Jan, Kevin Conway (Salhloub), Billie Crowley (Ivanek ainda com cabelo) e James Gordon (Willian H. Macy) têm um escritório de advocacia que só pega casos milionários. Conway traz um caso sobre mortes de crianças por leucemia numa pequena localidade, que segundo os moradores ocorreu em razão da contaminação da água.

Depois de ter recusado o caso, Jan, após ser multado, caminha pelas proximidades do rio do lugar e descobre um curtume e um pequena fábrica e vê que tais estabelecimentos pertencem a grandes empresas das quais o advogado poderia arrancar muito dinheiro.


Assim resolveu iniciar a ação, só não esperava se deparar com Jerome Facher (Duvall), advogado bem mais experiente do que ele. Começa a batalha a fim de conseguir um acordo, afinal, no filme é defendido que contra grandes empresas, o melhor é lutar por um acordo milionário do que realmente seguir no processo. E ai Jan e os demais advogados vão arriscar tudo (xi, parece até aquelas chamadinhas da Globo) para conseguir os melhores interesses de seus clientes.
Olha que apareceu também, você reconhece esse nariz? Peter Jacobson, o Dr. Taub de House, quando ainda tinha cabelo...
Se você gostar do estilo, deve ver "Tempo de Matar", "Kramer x Kramer", "O homem que fazia chover", "O júri" (Sim, eu adoro o John Grisham!) todos maravilhosos! Claro que o Direito dos EUA no que toca ao júri é bem diferente do nosso e os casos que vão a esse tribunal no Brasil são bem restritos (crimes contra vida), mas a emoção do júri é a mesma. Falando nisso, vale a pena encarar uma sessão ao vivo no Fórum Clóvis Beviláqua. Tem alguns casos que até se distribui senha para entrar porque lota tudo! É uma experiência memorável.
P.s. Kramer x Kramer não é do J. Grisham, é baseado no livro de Avery Corman.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Você realmente está preparado?


Dia desses vinha dirigindo na José Bastos e me deparei com a seguinte cena: Um carro parado e fumaçando com provável princípio de incêncio e o motorista perdendo de 10 a 0 do lacre do extintor de incêndio do carro.
Percebi que eu ficaria na mesma situação ou pior. Nunca na minha vida precisei utilizar um extintor, apesar de achar que pelo menos na teoria eu saberia como proceder.

Mas e na hora do nervosismo? As chamas subindo e você brigando para acionar o maldito?
Essa dúvida se aplica a outras coisas. Você com certeza deve saber teoricamente como fazer uma respiração boca-a-boca, bem como salvar uma pessoa de se engasgar ou de sufocar com a própria língua, mas quando a pessoa estiver se debatendo na sua frente, ou pior não estiver se mexendo, você terá o sangue frio necessário para realizar o procedimento e vai lembrar dele?

Eu acho que ficaria enlouquecida ou em choque, não sei. Uma coisa é certa, vou tratar de aprender a manejar um extintor de incêndio e fazê-lo funcionar. Quanto às outras situações, bem, vou ver se MadameLadyReaperMcDJ aceita ser minha cobaia.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Dúvida



"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música."



Oi, pessoal. O filme já saiu de cartaz. Quem viu apreciou uma boa história com ótimas interpretações e quem não tiver visto ainda e estiver pensando em pegar na locadora, advirto que esse texto, apesar de pegar só uma cena como gancho pro post, vai ter um pouco de spoiler.

Resolvi falar dele porque houve um determinado dilema moral que ficou ecoando por um bom tempo no meu pensamento e que, quanto mais eu analisava, mais me dava conta de que não é tão fácil julgar certo e errado. Quando eu chegava a uma conclusão que satisfazia a minha moral ou o meu lado racional, esta gerava novas reflexões. Mas vamos lá, vou dividir com vocês.

Meryl Streep e Philip Seymor Hoffman são os principais protagonistas do filme “Dúvida”. A história retrata a luta entre um padre e uma freira nos anos 60. A irmã Aloysius Beauvier (ainda não me conformei com esse nome...) interpretada por Meryl confronta o padre Flynn, interpretado por Hoffman, com as suas suspeitas de que este está abusando sexualmente de um estudante negro da escola. Os diálogos abordam temas como religião, moral e autoridade, dentre outros. Num determinado momento, na tentativa de investigar a fundo e chegar a uma resposta conclusiva acerca do comportamento do padre, a irmã Aloysius chama à escola a mãe do aluno (primeiro estudante negro da escola) supostamente vítima do abuso para conversarem. Quando a irmã cuidadosamente conseguiu expor para a mãe do garoto sua verdadeira preocupação, de que o padre poderia, sob o manto (sem duplo sentido) da aparente proteção ao garoto, estar abusando deste, a mãe disse não se importar. Isso mesmo! Fiquei de olho arregalado e orelha em pé. Estava ali diante de mim uma questão moral que eu antes só conseguiria ver sob a mesma ótica da irmã Aloysius. E enquanto a irmã defendia seus valores morais e religiosos perplexa e inconformada com a atitude da mãe, esta, na sua aparente simplicidade e ao mesmo tempo, com o amor de uma mãe que quer o melhor pro filho, mostrou à irmã que nem tudo que é certo é necessariamente bom e expôs suas razões: poucos alunos negros tinham oportunidade de estudar naquela escola (lembrando: década de 60, EUA, escola tradicional) e se ele não estivesse ali, estaria numa escola pública, sendo humilhado e provavelmente não seria ninguém na vida. Aquela escola era a única grande chance do garoto ingressar numa faculdade e mudar o provável destino que um negro pobre teria. Num senso muito prático, corajoso, mas nem por isso sem dor ou sofrimento, explicou que se o preço para o filho ter um futuro concreto e feliz fosse ser um pouco infeliz em curto prazo, então esta estava disposta a fechar os olhos para sua moral e a convencer o filho a ter resignação. Acredito que a irmã Aloysius nunca tinha pensado daquela forma antes. Nem eu.

Como é difícil ser flexível às vezes ou relativizar princípios tão rigidamente postos. E não estou aqui dizendo que estes estão errados, absolutamente. Realmente acho que valores morais e éticos existem com o bom propósito nos nortearem, mas estes não podem ser absolutos. Aquela cena foi mais uma lição de bom senso, de prudência ao querer julgar tão rapidamente e, principalmente, serviu pra lembrar que toda história tem no mínimo dois lados. Bom filme, recomendo. Beijos e abraços a todos!
PS: só depois fiquei sabendo pela Raquel que a excelente atriz (Viola Davis) que interpretou a mãe do garoto havia sido merecidamente indicada ao Oscar de melhor atriz coadjuvante por uma cena que não deve ter durado mais do que 20 minutos!
PS2: Maria, obrigado pelas frases e reflexões sempre tão oportunas. Tomei a liberdade de publicar a última que você me enviou. Perfeita metáfora sobre como a visão incompleta das coisas geralmente conduz a julgamentos equivocados.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Séries: The Mentalist

Lisbon e Patrick Jane
Meu caso de amor com essa série me levou ao extremo de fazer este post. Sempre via as chamadas na Warner, e batia aquela curiosidade de assistir um episódio, só para ver como era. Mas a preguiça foi maior. Até que eu vi uma cena do primeiro episódio:


Para quem precisa de legendas segue a transcrição do diálogo:
-Gosto da estória do marido. Contrata prostitutas para ter um álibi. Voa para casa, mata a esposa e voa de volta. O clássico, elaborado, inteligente e estúpido plano.
-Já viu a pontuação dele nos torneios?
-Não, mas já ganhou algum?
-Chega em segundo ou terceiro.
Se o colocar com o numero "1" e 18 buracos a frente, na noite anterior ele começa a tremer.
É um festeiro. Não tem nervos para matar a esposa. Não foi ele.
-Está sugerindo abandonar nosso suspeito numero um, porque nunca ganhou um torneio nacional?
-Não, não, não, só estou querendo puxar assunto.
-Como faz isso?
-Telecinesia.
-Você assopra.
-Essa é outra maneira de fazer.
-Sr. Jane, tenho uma pergunta, relacionada a sua carreira anterior...
-Manda
Quando se encontrava com outros videntes... videntes de verdade, eles notavam que você apenas... fingia?
-Não existe tal coisa como videntes verdadeiros.
-Eu não concordo. Minha prima é vidente.
-Sua prima é honesta, desonesta ou ambos?
-Ei, vai com calma.
-Não, ele tem direito à sua opinião. Embora errada. Ela tem poder.
- Obrigado.
-Pode se comunicar com o outro lado.Já a vi fazer isto.
-Ela fez você falar com alguém que morreu?
-Sim.
-Alguém que você ama e ainda sente muita falta.
-Sim.
-Queria que fosse real, então se tornou.
-Não.
-Está tão seguro de ter a razão. Videntes não sabem de tudo.
-500 anos atrás, rádio era como mágica.
-Exatamente.
-Em 500 anos será totalmente normal comunicar com o outro lado.
-O outro lado? Seu pai é um treinador de futebol, certo?
-Como soube disso?
-É óbvio pelo seu comportamento... O ponto é, não é verdade que papai sempre dizia, "vida é como futebol"? Quando soa o apito final, o jogo termina. Pronto. Não tem mais nada. Não tem outro lado. Isso é tudo. Lagostas, pães e kits de primeiros socorros... E depois é... nada mais.
-Que homem pobre e triste. O Reino de Deus é um real lugar.
-Certo, depois, quando Rigsby pedir para ir ao seu quarto... Diga sim.
-Me desculpe?
-Sei que você planeja rejeitar, muito educadamente, primeira semana no trabalho.
-E quer deixar claro que é só trabalho, mas, por que não?
-Tenho certeza que Rigsby é um excelente amante.
-Durão, mas justo. Certo? Certo?
-O Reino de Deus é um lugar real Sr. Jane, e você tem uma alma imortal.
-Espero muito que esteja errada.
Enfim, resolvi dar uma chance, bem ao fim de uma semana e meia eu assisti a todos os episódios, só não compulsivamente porque estava escrevendo a maldita (e que estou terminando) monografia.
Patrick Jane (Simon Baker)é um ex-vidente/vigarista que saiu dessa vida depois que um evento drástico ocorreu em sua vida (esclarecido no primeiro episódio) . Ele trabalha com a CBI (California Bureau Investigation) no cargo de "consultor". Assim como Monk e Shawn (Psych), Jane tem uma capacidade de percepção incrível (e era isso que usava para saber coisas sobre as pessoas) aliada a um raciocínio lógico primoroso e capacidade de dedução, ajuda os agentes Teresa Lisbon (Robin Tunney), Wayne Rigsby (Owain Yeoman), Kimbal Cho(Tim Kang) ( a.k.a Cho Business - veja o episódio 14) e Grace Van Pelt (Amanda Righetti) a resolver os casos de homicídios.

A equipe toda: Lisbon, Jane, Cho, Rigsby e Van Pelt.
O que me chamou a atenção na série de drama policial, além das características que eu mencionei antes, foi o carisma que o personagem principal emana, sem falar no charme (sem ciúmes, Correspondente Anônimo). Primeiro, ele está sempre com um largo sorriso no rosto, é uma simpatia só. Sempre de terno, e, ai... colete, eu acho o máximo. Pena que ele usa um sapato totalmente whatever (mas isso desde os tempos das vacas gordas enquanto vidente). Ele chega e conquista todo mundo, e deixa todo mundo desconfortável por conseguir ler tão claramente as pessoas ao seu redor (que inveja, eu queria ser assim). O restante dos personagens não ficam atrás. Rigsby e Van Pelt devem ser o segundo casal em toda minha vida de séries que eu desejei que ficasse juntos (o primeiro foi Ned e Chuck em Pushing Daisies), a tensão entre eles é maravilhosa (veja o episódio 18). Lisbon é a âncora de Jane e impede que ele faça coisas muito mais loucas do que ele costuma fazer. Cho só vive agarrado com livros supergrossos, e é meio na dele, é o principal responsável pelos interrogatórios, mas deu um show no episódio 14, é imperdível.


Assinatura de Red John
Bem, é isso. Ah, já ia esquecendo, claro, há um serial killer chamado Red John é que funciona como trama de ligação do episódios. Jane está em busca desse vilão perigoso.
Agora sim. Se ficaram com vontade, assista nas quintas à noite na Warner Channel 21h.
The mentalist - IMDB

terça-feira, 21 de abril de 2009

Manual do Hóspede

Receber visitas, em regra, é bom, salvo quando você tem que agüentar aquele hóspede superchato que dá trabalho e só atrapalha a sua vida. Minha casa vive a maior parte do tempo cheia de gente, então eu me arrisco a dar alguns bons conselhos a quem deseja ser um hóspede nice guy, que todos pedem para voltar.

1.Sempre, mas é sempre mesmo, informe ao seus anfitriões quanto tempo pretende ficar. Lembre-se: apesar de você até ser a pessoa mais legal do mundo, ter gente diferente em casa sempre muda a rotina da família. Se for convidado a ficar mais tempo, sem pro. Mas nada de ficar prolongando a estadia, fazendo os moradores da casa colocar vassouras atrás das portas.

2. Informe-se dos horários e hábitos da casa. Hora das refeições, saída dos passeios e demais compromissos combinados. Não tem coisa mais chata do que perder o evento porque alguém se atrasou. Não vacile! Procure acordar em horário razoável para tomar o café da manhã com os anfitriões e ficar por dentro da programação do dia, mas principalmente para a mesa do café não ficar posta só para você... Se informe dos telefones da casa, os de emergência e saiba a quem recorrer quando algo de grave acontecer. Na dúvida, sempre pergunte.

3. Ainda que você seja superbagunceiro e desorganizado na sua própria casa, adote a postura de um soldado raso: mantenha o seu quarto impecável. Assim, nada de cuecas e calcinhas em cima das cômodas, roupas sujas espalhadas pelo chão, cama desarrumada. Se você está acomodado em uma suíte, mantenha seu banheiro limpo (principalmente os meninos!). Cheque se há papel higiênico e evite situações constrangedoras.

4. Se você tem restrição quanto ingestão de determinados alimentos (ou simplesmente não os suporta) avise com antecedência e evite ter que enfrentar um choque anafilático para não fazer desfeita e comer aquele vatapá com camarão que fizeram especialmente para você.

5. Ainda falando em comida. Se você come algum alimento em especial, não esqueça de levá-lo com antecedência ou comprá-lo ao chegar no local. Ofereça sempre aos anfitriões e nada de explodir de raiva (publicamente) se alguém devorar o seu pudim e você só descobrir na calada da noite, quando ia assaltar a geladeira.

6. O último tópico sobre comida: sempre que você comer a última porção de qualquer alimento e este acabar, avise ao pessoal na casa. Nada mais chato do que a surpresa de está sem ovos, quando metade da massa do bolo já está pronta! Se puder, reponha você mesmo!

7. Sempre que possível (e que couber na mala) leve todos os apetrechos que você pretende ou precisa usar durante a estadia: lençol, toalha de corpo e rosto, xampu, condicionador, sabonete, escova de cabelo, escova e pasta de dente, prestobarba, absorvente íntimo, desodorante, perfume, calção de banho, biquini, sandália, etc. Leve ainda para emergência: kit de costura, tesoura, alicate e serra de unha. Além de seus remédios rotineiros, não esqueça de antiácidos, analgésicos, antitérmicos, entre outros. E assim, evite ter que pedir emprestado. Isso inclui também livros, computador, caderno, mp3/mp4/mpn² e assim vai.

8. Ajude em casa. Faça alguma atividade doméstica para ajudar os anfitriões. Vale tudo: lavar a louça, varrer a casa, cuidar do pivete, ir fazer compras, lavar o carro, levar a vovó na missa.

9. Cuidado com as suas visitas. Sempre que pensar em convidar alguém para a casa/apartamento/barraco onde você está hospedado, pergunte aos anfitriões se eles permitem e se isso não os incomoda. Nada de visitas para pernoite, salvo em casos estritamente necessários e mediante permissão previamente concedida. No caso de pernoite, nada de virar a noite conversando, bebendo e gritando, a não ser com os donos da casa. Mas, acima de tudo, nada de sessões de sexo selvagem que incluam gritos estridentes e camas quebradas no dia seguinte. Preserve o sossego da casa e sua reputação.

10. Lavar roupa é medida de emergência: vale para aquela camisa que manchou de molho, ou aquela calça branca que sujou de graxa. Assim, é melhor sempre trazer roupa íntima suficiente para os dias da viagem do que pendurar aquela cueca com "freada" e calcinha furada no varal para quem quiser ver. Obs. Usar o sabão com moderação. Nada de esquecer o negócio de molho na água e manter a pia ocupada e ter cuidado para não molhar a área de serviço.

11. Cuidado com barulho. Nada de ouvir som nas alturas. Nada de celulares com campanhias estridentes que acordam até os mortos! Ainda mais na horas típicas de descanso.

12. Na hora de ir embora, cheque se você recolheu todas as suas coisas. Faça um checklist e confira tudo. Não esqueça das roupas/toalha no varal. Sandálias embaixo da cama, escova de dente no espelho do banheiro. Arrume o seu quarto. Agradeça e se despeça de todos na casa.

Afe, vocês devem estar me achando a anfitriã mais chata do planeta, fico pegando no pé por qualquer detalhe... Já fui hóspede mais vezes na minha vida do que desejei e procuro cumprir a risca todas as dicas que dei aqui. É sério! Vale a pena! É bom para você e para os outros. Para mim, tem funcionado! Ninguém deixa de me convidar!

foto: http://img21.imageshack.us/img21/9286/malacheia.jpg

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Quanto tempo a gente perde na Internet?


Estou de volta, mas de forma moderada. Ainda não terminei a monografia e a OAB está por vir, mas a saudade foi maior! Os efeitos da minha reclusão foram imensamente positivos e percebi que estava gastando (senão perdendo) muito tempo na Internet vendo ou fazendo coisas que não edificam em nada minha vida.
Percebi que realizava um verdadeiro ritual diário para me atualizar neste mundo inatualizável em razão do volume gigantesco de informações.
1. Habilitava a internet wireless do UniforMobile.
2. Olhava meu Unifor On line em busca de novos torpedos, reserva de livros, e-mails.
3. Olhava meus e-mails do yahoo.
4. Olhava as notícias na página do yahoo.
5.Olhava o nosso blog, publicava comentários, via as atualizações dos blogs que acompanho, dos blogs indicados e publicava alguma coisa sempre que podia.
6. Baixava os episódios da séries que eu assisto e procurava as legendas.
7. Na segunda-feira, baixo a revista virtual eco-consciente MyBuzzBr. Na sexta-feira, baixo o NerdCast no JovemNerd.
8. Atualizo meu Twitter.
Só olhando a lista me assusto a quantidade de coisas que eu faço por dia. Como falei, estou de volta, mas de maneira moderada. Com tempo contado (cerca de 40 ou 60 min no total por dia) e objetivos pré-estabelecidos, para não me perder fazendo coisas sem sentido.
Estar conectado pode ser um vício e eu estava perdendo um pouco o controle, negligenciando minhas prioridades. Agora, mais consciente, vou fazer um melhor uso do meu tempo e da internet.
Beijos a todos! Estava morrendo de saudades de todos! E foi por vocês que eu voltei!

domingo, 19 de abril de 2009

Depende de você


Where you’re looking at
Has a lot to do
With what you’re looking for

Autor desconhecido

Há alguns dias fui almoçar com um velho amigo e, como quase sempre acontece, depois de rirmos muito e nos atualizarmos das conquistas, aflições, desejos, angústias e alegrias, o assunto desaguou no tema psicologia. A conversa fluía quando ele então mencionou que sua terapeuta na última sessão havia afirmado que, dadas as devidas reservas (acidentes, fatalidades etc.), nós somos responsáveis por tudo que nos acontece. Me causou uma excitação ouvir aquilo, mexeu com meus brios. Nos despedimos e eu não parava de pensar na responsabilidade que aquela afirmação dava para cada um de nós. Foi confortante/intrigante/desafiador/assustador me lembrar de que está nas minhas mãos o rumo que minha vida vai seguir.

Warning!!! Esse post não é um resumo do livro O Segredo! Realmente não sou adepto ao viés materialista e exageradamente fantasioso dado ao tema pela autora. Detesto livro que vende fantasias vazias e que só têm como finalidade enganar os tolos e enriquecer o autor. Contudo, depois de tanto girar em torno desse assunto, muitas vezes sem nem mesmo me dar conta de que se tratava disso, para mim hoje é pacífico aceitar que algo que você deseja com todo seu ser irá provavelmente se realizar. Não falo de sonhos malucos sem base real, sem esforço pessoal, sem um caminho trilhado naquele sentido. Tenho certeza de que se a partir de amanhã eu repetisse como um mantra 500 vezes ao acordar que serei o próximo Bill Gates, isso nunca se tornaria realidade, pelo fato de a minha realidade interior não contribuir em nada pra isso: não tenho afinidade com softwares, nem espírito empreendedor, não sou visionário etc. O sonho que deve ser realizado é aquele que está dentro de cada um. Esse, sim, tem grandes chances de se tornar real. O riquíssimo documentário “Quem somos nós?” aborda, dentre vários assuntos altamente relevantes, o resultado fático, físico e prático de se acreditar em algo com todo o ser e as consequências do otimismo e do pessimismo. Num determinado momento, um dos palestrantes explica que o pensamento positivo às vezes nada mais é que uma fina camada de verniz sobre o pensamento negativo predominante. Explique-se: se eu preciso todo os dias olhar no espelho e afirmar pra mim mesmo sorrindo “eu não sou burro”, provavelmente é porque existe uma voz ou um histórico de situações que já me convenceram do contrário, senão eu nem estaria trabalhando essa questão. Eis o porque da falibilidade dos livros de auto-ajuda que restringem-se a lhe dizer “você é um vencedor!”. A base de crenças pessoais positivas precisa ser real pra que algum sonho germine ali.

Passeando pelo site da BBC vi a seguinte notícia: “O famoso poster de campanha do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de autoria do artista de rua de Los Angeles Shepard Fairey foi o vencedor do prêmio de design britânico Brit Insurance Design Award 2009”. Realcei a parte “artista de rua” para chamar atenção ao fato. Esse homem criou, com sua paixão, o pôster da campanha do atual presidente dos EUA. Provavelmente ele não almejava a fama fazendo isso. Acredito que ele mais uma vez quis fazer o que ama: um trabalho no qual pusesse toda sua sensibilidade e paixão. O resto foi consequência.

Mais uma história de triunfo do talento anônimo que foi campeã de acessos no YouTube semana passada foi, na minha opinião, esplendidamente comentada pela Raquel no seu blog Reflexos, no post intitulado “O valor de Susan Boyle”. Quantas mulheres desempregadas de 47 anos, sem visual comercial, sonharam com uma chance de mostrar seu talento? Aquela sonhou, acreditou e tentou.

Esse tema realmente me fascina, intriga, mas é muito complexo para ser abordado em poucos parágrafos de uma postagem. Acredito que ele requeira mais aprofundamento, o que certamente farei em outros textos, mesmo que indiretamente. Beijos e abraços a todos!

Não existem sonhos impossíveis. O que existe são pessoas incapazes de lutar por seus sonhos.

sábado, 18 de abril de 2009

Cuidado! E-mails falsos! Na dúvida, NÃO CLIQUE!

Pessoal, sai da minha reclusão com o único propósito de avisá-los sobre e-mails falsos. Recebi um hoje para "desbloquear" um cartão do Bradesco em meu nome. Primeiro, cancelei todos os meus cartões e conta deste banco há uns três ou quatro meses. Segundo, até onde eu sei, o procedimento para desbloquear cartões é geralmente feito por telefone ou na sua página do internet banking na página do banco.
Se receber um e-mail estranho, ainda que de pessoa conhecida, não arrisque: Não clique nos links! Eles podem conter programas maliciosos que podem infectar seu computador, roubar senhas e dados pesssoais ou coisa pior...


Este é um printscreen do último e-mail fajuto que eu recebi. Já recebi vários da Caixa Econômica (também falsos), inclusive um com erro de português no título... Já recebi um do Orkut dizendo que meu perfil tinha sido denunciado por estar enviando spams. Cuidado! Evitem dores de cabeça!
Ah, um dos por assim dizer melhores dos emails falsos que recebi eu postei no meu blog de Direito. Foi uma intimação do Ministério Público do Trabalho é mole... Veja o post aqui.

Aproveito para dizer que estou morrendo de saudades e que estou com muitas idéias para postar, mas minhas obrigações estão me impedindo. Agradeço Aluízio do fundo do coração por estar postando e mantendo o blog acesso. Irei ler tudo em breve e me atualizar! Fiquei muito, mas muito feliz, pela participação de um leitor em especial, e espero que ele apareça mais vezes e nos prestigie com seus comentários.

Beijos a todos!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Expresse-se!


“Era uma vez duas irmãs que viveram juntas a vida toda. Um dia, já velhas, tiveram uma discussão e uma disse: ‘Sua ingrata! A vida inteira eu comi a casca do pão só porque você gostava do miolo!’. A outra respondeu irritada e frustrada: ’Eu não gostava do miolo, mas sempre comi porque via que você fazia questão de comer a casca!’...

Historinha boba, né? Mas ela serve pra ilustrar meu tema de hoje: sinceridade. Ou até poderia dizer melhor: fidelidade a si mesmo, honestidade. Sei que esse post vai sair meio auto-ajuda, mas eu sou igual à Negra Li, falo e não me calo, faço o bem-me-quer, eu jogo a moeda e seja o que Deus quiser...

Cada vez mais me convenço de que não adianta abrir mão de si mesmo pra ser “legal”. Depois de muito ver/fazer isso, hoje encaro como uma grande perda de tempo e de falta de honestidade (consigo e com o outro) onde alguns resultados são previsíveis: acúmulo de frustração por se reprimir, a inevitável apresentação da “conta” mais cedo ou mais tarde pro favorecido da sua renúncia, perda da própria identidade etc.

Na minha adolescência, tinha tanta necessidade de aprovação, que para me ver inserido nos grupos eu vivia concordando com as idéias deles. Isso ocasionou uma confusão/perda de identidade de tal forma que cheguei a um ponto em que tinha até dificuldade de ficar na presença de pessoas de grupos diferentes (família, escola, amigos, trabalho etc.) ao mesmo tempo, pois minha atitude poderia parecer estranha para alguns deles. Evitava essa situação, porque não dava pra trocar de máscara tão rápido. Nessa hora percebi que em alguns aspectos eu já não sabia mais quem eu era, eu só queria ser aceito. Veio a terapia e o amadurecimento e me dei conta de que naquela época perdi algumas chances de, ao me colocar honestamente, me ver inserido em relações que realmente me refletissem. Certamente pra uma criança/adolescente rejeições iriam doer, mas ao saber quem eu não era já seria meio caminho andado pra descobrir quem eu era. Demorei a encontrar minha tribo, meu gueto. Mas se experiências servem pra ensinar, aprendi.

Sei que não dá pra gente sair por aí com uma metralhadora carregada de eu-acho-que atirando pra qualquer alvo. Existe uma coisa chamada diplomacia que é altamente recomendável nas relações. O que quero dizer é que, dada a oportunidade de se expressar, se coloque, se posicione, seja você mesmo. Inevitavelmente você desagradará alguns, mas daí surgirá você. Lembrei agora do George Michael na letra de Freedom: “there’s something deep inside of me, there’s someone I forgot to be”... Sei que ele estava falando aí da homossexualidade dele, mas não deixa de ser a mesma coisa: o abandono de si mesmo pra agradar o outro.

Ok, pros que não gostam dos textos mulherzinha, parei por aqui, vou dormir. ;-) Beijos e abraços a todos!

"Existirá algo mais agradável do que ter alguém com quem falar de tudo como se estivéssemos falando conosco mesmos?"
Cícero

terça-feira, 14 de abril de 2009

Desafio literário


1ª - Agarrar o livro mais próximo;
2ª - Abrir na página 161;
3ª - Procurar a quinta frase completa;
4ª - Colocar a frase no blog;
5ª - Repassar para cinco pessoas;

"não tenho medo de ficar fora até tarde quando há luar".


O livro mais próximo de mim era o Jane Eyre da Charlotte Brontë. Vi esse filme umas três vezes e gosto muito da história. Num sebo lá do Rio ele tava custando R$ 10,00, comprei. Como voltei de viagem ontem, ele tava em cima da cama ainda.

6 coisas aleatórias sobre mim

Seguindo as instruções...
1) Adoro jogar gamão na internet, resolver questões de matemática ou qualquer uma que envolva raciocínio lógico.
2) Passo quase o dia inteiro ouvindo música onde quer que eu esteja.
3) Uso lentes de contato.
4) Tenho duas tias que são freiras.
5) Eu tinha mania de querer fazer tudo aquilo que alguém achasse que eu não seria capaz.
6) Sou destro.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Férias Forçadas

Caros amigos leitores e blogueiros amigos,
gostaria de pedir a compreensão de vocês, me ausentarei da internet por cerca de uma semana ou um pouco mais em razão da minha monografia, que quero terminar a toque de caixa a fim de realizar o exame da OAB ainda esse semestre e prestar meu primeiro concurso para Juiz Federal Substituto. Assim, por mais duro e torturante que isso possa ser para mim, estarei desligada do nosso blog (espero que os demais colaboradores não o deixem às moscas), do orkut, do twitter, msn e coisas do gênero. Vou deixar um e-mail de contato, pois essa é a única ferramenta que utilizarei no meu período de reclusão. Torçam por mim e espero voltar em breve com todo gás!
Abraços e beijos para todos! Até a volta!
krolvale-galerad@yahoo.com.br

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Ganhamos um selo!


O Cara da Locadora nos indicou este selo maravilhoso e estou toda boba! Agradeço a Nespoli e Miojo pela deferência, bem como aos meus colegas colaboradores que tornam esse blog possível e dedico este selo aos nossos leitores fiéis que nos acompanham diariamente (ou quando sobra um tempinho).

Seguindo instruções, tenho que dizer seis coisas aleatórias sobre mim:

1. Adoro chocolate.
2. Sou estudante de Direito.
3.Dia 23 desse mês completo oito anos de namoro.
4.Não sei cozinhar nem para me salvar.
5.Tive uma gatinha que viveu quase 12 anos.
6.Vou me formar no dia 3 julho desse ano!
Obs. Convido aos demais colaboradores do blog a postar também seis coisas aleatórias sobre vocês!

Eu tenho o prazer de indicar seis blogs que eu acho que merecem esse selo! Meus queridos amigos estão fazendo um ótimo trabalho, tornando a blogosfera um lugar melhor!

Papo No Sense: http://paponosense.blogspot.com/

Hard Nerd http://hardnerd.blogspot.com/

Reflexos: http://anateka.blogspot.com/

Mundo de K: http://mundodek.blogspot.com/

Todo lixo que amo digerir: http://lixotv.blogspot.com/


Beijos a todos! Boa páscoa e um ovo de 165 kg para você e 1500 de seus melhores amigos!

terça-feira, 7 de abril de 2009

Desafio Literário!

DESAFIO LITERÁRIO


Como sou viciada em livros, gostei da idéia que eu vi nO Cara da Locadora dos meus amigos (com toda honra) Nespoli e Miojo eu trouxe para cá!

- Agarrar o livro mais próximo;
- Abrir na página 161;
- Procurar a quinta frase completa;
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“Os que adentrassem a capela levariam para suas covas lembranças horríveis.”

O livro que estava mais perto de mim era "O senhor da chuva" de André Vianco que Dona Madame LadyReaper está lendo. Não vale escolher o livro, hein! Teve que ser o que estiver mas perto.

Desafio continua com:

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Wanderson está bombando na internet, graças a nós! Se ele não desencalhar, pelo menos ficou famoso! Quero minha comissão!

domingo, 5 de abril de 2009

Mulheres psicopatas?


Kathy Bates em Louca Obsessão

Estava conversando com o Correspondente Anônimo sobre psicopatas (na hora do jantar diga-se de passagem) e eu fui dar um exemplo e comecei assim: " Imagine que eu sou uma mulher psicopata..." Ele olhou para mim incrédulo, e eu inocentemente achei que ele se recusava a ver-me como psicopata, ai falou: "Existem mulheres psicopatas? Nunca ouvi falar..." Ai eu continuei: " E isso não te assusta?" Segundo minha professora de Criminologia, é porque mulheres são mais difíceis de serem descobertas. Ele continuou defendendo que simplesmente não existiam. Lembrei então da questão das mulheres pedófilas, uma realidade a que nem todos estão atentos. Argumentei que qualquer pessoa acharia impróprio deixar uma criança sozinha num cômodo com um desconhecido, mas não tem a mesma cautela quando se trata de mulheres. Dessa forma, mulheres pedófilas continuam desconhecidas e, pior, impunes. Agrava o fato elas terem mais acesso a crianças do que os homens em geral. Mas isso é assunto para outro post.
Voltando às mulheres psicopatas. Realmente no momento da conversa não me veio nenhum nome à mente para citar. Procurei no Google-senhor-de-todo-conhecimento e qual não foi minha surpresa ao ver o primeiro resultado mencionando um caso brazuca. Suzana Richthoffen! Bem, nunca pensei nela como uma psicopata, apenas como uma assassina a sangue frio que matou os pais por ganância e por revolta em razão da discordância de seus pais em relação a seu namoro. Motivos cruelmente humanos. A forma como planejou e praticou o crime mostra que usou seus conhecimentos de Direito e informações que hoje em dia são bombardeadas na nossa cara por qualquer C.S.I. da vida. Mas isso é minha humilde opinião.
Pesquisei um pouco mais e encontrei apenas um resultado: Myra Hindley, que juntamente com Ian Brady, torturava e assassinava as vítimas, gravava-lhe os gritos e tirava fotos pornográficas. São suspeitos de pelo menos 11 assassinatos.
Myra Hindley e Ian Brady

Foram descobertos quando tentavam convencer o cunhado de Hindley a participar dos crimes.
Psicopatas homens, por outro lado existem muitos! Como Tedy Bundy, Charles Manson, o clássico Jack O estripador, (que por sinal, nunca foi pego, seria uma mulher na verdade?)
Acho sinceramente assustador. Outra informação interessante é que a mulher, segundo minha professora, para vingar-se de um homem, por exemplo, dificilmente, escolhe matá-lo, mas prefere mutilá-lo na sua masculinidade. Por outro lado, ao invés de manifestar sua repulsa a uma pessoa de forma agressiva (fisicamente), adota a sutileza e envenena as pessoas ao redor de sua vítima e as vira contra esta. Assim, mata dois coelhos com uma cajadada só: ao mesmo tempo que consegue tornar a vida da vítima um inferno, evita que esta adote a postura de vítima e se passe na verdade por "the bad guy". Medo!
Vou aprofundar minhas pesquisas sobre mulher psicopatas e depois publico os resultados aqui. Está tarde e estou com sono e só pesquisei em português. Com mais tempo e disposição eu convenço o Google a me liberar as informações mais escondidas. Fica o alerta: Rapazes e pessoas em geral: pensem duas vezes antes de irritar uma mulher! Ainda mais se ela estiver de TMP.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Sessão Nostalgia - 10 anos de Matrix

Que o tempo é relativo eu sempre soube, afinal, a filosofia e a física vêm dizendo isso há muito tempo, mas acho que nunca senti tanto o peso dessa relatividade quanto esses dias, quando eu descobri que nessa terça (dia 31 de março) Matrix completou 10 anos de existência!
Nuuuuuuossa! Dez anos! Uma década! Isso é bastante tempo, mas, ainda assim, parece que foi ontem que uma mini versão minha (que nem sonhava que iria virar essa criatura que agora se denomina LadyReaper) assistiu o filme pela primeira vez com apenas 9 anos (yes babe, I'm still a kid!). Eu e a Garota_D (eu não digo quantos anos ela tinha na época não... =P, mas quem conhece pode fazer as contas) fomos assistir o VHS dublado (Eita poeira!) na casa de um random cousin, que eu não lembro bem quem era, para descobrir porque aquele filme causou tanto burbúrio na mídia que a notícia chegou até a nossa pequena cidadezinha conhecida como ante-sala do inferno! (para você ter idéia de como nós ainda eramos totalmente desconectadas do mundo virtual, eu nem sabia quem era Keanu Reeves! Hell, eu nem sabia o que era internet!)
Apesar de eu ter conseguido acompanhar o filme até direitinho, não é nenhuma surpresa que eu não entendi nada da história que ficava toda nas entrelinhas (acho que nem a Garota_D entendeu.). Eu só entendia que tinha um pretty guy lá que chutava bundas de sobretudo preto quando enfiavam uma agulha gigante na base do cérebro dele!
A segunda vez que eu mergulhei em Matrix, foi numa sessão de cinema que fiz na casa de uma colega de escola em 2004, assistimos Reloaded e Revolutions, mas ainda assim a profundidade da história não foi absorvida totalmente! Dessa vez eu tinha o conhecimento que existia um mundo real e um mundo virtual controlado pelas máquinas e o pretty guy chutando bundas com uma roupinha whatever preta e uns óculos estilosos tinha que salvar a humanidade. Era puro entertainment ainda.
Acho que só fui realmente viver the matrix experience há uns dois anos atrás, mais ou menos, quando a Garota_D comprou o livro Scifi-Sciphilo, a filosofia pelos filmes de ação. Me senti como o Neo acordando dentro da capsula de gosma! Completamente out of place! Como todas aquelas referências, todos aquelas detalhes tinham passado despercebidos por mim quando eu assisti o filme?
Então o que eu fiz? Aproveitei que meu vício pelo Keanu estava a toda na época e, juntando o útil ao agradável, comprei (com paitrocínio que na verdade tava mais pra maetrocínio) a box da trilogia para assistir de novo.
Foi totalmente uma nova experiência, uma nova forma de entender o filme e o mundo de Matrix, logo eu estava completamente fascinada pela aquela obra de arte da ficção científica e da ação e ainda mais xonada no Keanu (claro que o pretty guy chutando bundas ainda era fundamental).
Aí eu entrei na faculdade e onde eu tive minha primeira cadeira de filosofia e um dos textos de discussão era justamente sobre Matrix. Nem prestou! Assisti de novo, descobri mais coisas novas, mais detalhes... E daí minhas próprias teorias começaram a aparecer e Matrix foi eleito um dois meu top 5 filmes favoritos.
Hoje eu posso dizer que, apesar de não ter sido minha porta de entrada para o fascinante mundo nerd, Matrix definitivamente consolidou minha estada aqui.
Essa semana, 10 anos se passaram desde que a parceria entre os irmãos Wachowski e Keanu Reeves lançou o filme que revolucionou o gênero de uma forma que ainda deixa muita gente de boca aberta e merece uma celebração! Eu vou tomar a pílula vermelha novamente e sair da Matrix junto com Neo, Morpheus e Trinity (mas só porque eu não tenho como fugir dessa troço mulher-macho ¬¬) e você? Vai ter coragem de seguir o coelho branco e descobrir o quão fundo a toca do coelho vai, oh dear Alice?

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Me divertindo no Twitter

Eu não resisti... depois que li uma reportagem sobre o Twitter, resolvi experimentar. Fiz o meu perfil e comecei a postar coisas banais e logo bateu aquele vício, ai eu cogitei deletar e me livrar de tudo! Ai me controlei e deixei rolar. Estou usando praticamente como fonte de notícias, visto que acompanho a Revista Época, Superinteressante, Jornal Nacional, etc. Bem como estrelas da blogosfera como o Jovem Nerd e Azaghal. Até o Marcelos Tas! Hélio de Lapeña
Onde mais eu ia saber que um americano viveu trinta anos com um prego no nariz? Veja aqui ou que uma policial britânica foi flagrada praticando pole dance?
Bem, só tome cuidado para não ficar viciado e hiperconectado postando segundos da sua vida sem vivê-la.
Mas o objetivo do post na verdade foi mostrar uma loucura que eu vi no twitter quando procurei por Unifor. Veja a imagem.

Vai entender...

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Livro: O médico e o monstro


Você pode até não ter lido o livro, mas provavelmente conhece essa história clássica que explora a dualidade do bem e o mal no âmbito do ser humano. Um cientista desenvolve uma poção que cindiu o bem e o mal dentro dele como duas personalidades diversas. Eu comprei esse livro por diversas razões: a primeira, porque é um clássico da literatura mundial, segundo, porque estava baratinho, terceiro, senti uma necessidade de conhecer a história original. Surpreendi-me, apesar de manter a essência, a forma do desenrolar da trama é bem diferente do que eu imaginava. Em primeiro lugar, somos apresentados a Mr. Edward Hyde (a cujo primeiro nome só atentei nessa leitura) para só depois e bem depois conhecer Dr. Jeckyll. Mr. Utterson nos conduz a maior parte da narrativa (em terceira pessoa) até finalmente descobrirmos a natureza da ligação de Mr. Hyde e Dr. Henry Jeckyll que na verdade eram uma só pessoa.
O que mais me surpreendeu foi a descrição de Mr. Hyde como uma pessoa com uma deformidade que não se conseguia apontar. As pessoas que com ele se deparavam, sentiam repugnância de sua presença. Ele era a própria personificação do mal puro liberto de todas as rédeas morais. No relato contado por Dr. Jekyll, este afirmava que na primeira transformação notou a baixa estatura de Mr. Hyde em contraste com a alta, pensando tratar-se de uma ausência de desenvolvimento dessa sua parte. E conforme o tempo passava, Hyde desenvolvia-se fisicamente e tornava-se cada vez mais forte, tanto que Dr. Jekyll passou a ter medo de adormecer e ser tomado pelo seu outro Eu.
Recomendo este livro que é curto e de leitura rápida, mas que possibilita diversas reflexões sobre a natureza humana. Eu, particularmente, vejo bem e mal como complementares e não como opostos que se excluem. É um sistema de pesos e contrapesos que se regulam mutuamente. Minha inspiração filosófica está fraca hoje e meus devaneios param por aqui.

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