sexta-feira, 3 de abril de 2009

Sessão Nostalgia - 10 anos de Matrix

Que o tempo é relativo eu sempre soube, afinal, a filosofia e a física vêm dizendo isso há muito tempo, mas acho que nunca senti tanto o peso dessa relatividade quanto esses dias, quando eu descobri que nessa terça (dia 31 de março) Matrix completou 10 anos de existência!
Nuuuuuuossa! Dez anos! Uma década! Isso é bastante tempo, mas, ainda assim, parece que foi ontem que uma mini versão minha (que nem sonhava que iria virar essa criatura que agora se denomina LadyReaper) assistiu o filme pela primeira vez com apenas 9 anos (yes babe, I'm still a kid!). Eu e a Garota_D (eu não digo quantos anos ela tinha na época não... =P, mas quem conhece pode fazer as contas) fomos assistir o VHS dublado (Eita poeira!) na casa de um random cousin, que eu não lembro bem quem era, para descobrir porque aquele filme causou tanto burbúrio na mídia que a notícia chegou até a nossa pequena cidadezinha conhecida como ante-sala do inferno! (para você ter idéia de como nós ainda eramos totalmente desconectadas do mundo virtual, eu nem sabia quem era Keanu Reeves! Hell, eu nem sabia o que era internet!)
Apesar de eu ter conseguido acompanhar o filme até direitinho, não é nenhuma surpresa que eu não entendi nada da história que ficava toda nas entrelinhas (acho que nem a Garota_D entendeu.). Eu só entendia que tinha um pretty guy lá que chutava bundas de sobretudo preto quando enfiavam uma agulha gigante na base do cérebro dele!
A segunda vez que eu mergulhei em Matrix, foi numa sessão de cinema que fiz na casa de uma colega de escola em 2004, assistimos Reloaded e Revolutions, mas ainda assim a profundidade da história não foi absorvida totalmente! Dessa vez eu tinha o conhecimento que existia um mundo real e um mundo virtual controlado pelas máquinas e o pretty guy chutando bundas com uma roupinha whatever preta e uns óculos estilosos tinha que salvar a humanidade. Era puro entertainment ainda.
Acho que só fui realmente viver the matrix experience há uns dois anos atrás, mais ou menos, quando a Garota_D comprou o livro Scifi-Sciphilo, a filosofia pelos filmes de ação. Me senti como o Neo acordando dentro da capsula de gosma! Completamente out of place! Como todas aquelas referências, todos aquelas detalhes tinham passado despercebidos por mim quando eu assisti o filme?
Então o que eu fiz? Aproveitei que meu vício pelo Keanu estava a toda na época e, juntando o útil ao agradável, comprei (com paitrocínio que na verdade tava mais pra maetrocínio) a box da trilogia para assistir de novo.
Foi totalmente uma nova experiência, uma nova forma de entender o filme e o mundo de Matrix, logo eu estava completamente fascinada pela aquela obra de arte da ficção científica e da ação e ainda mais xonada no Keanu (claro que o pretty guy chutando bundas ainda era fundamental).
Aí eu entrei na faculdade e onde eu tive minha primeira cadeira de filosofia e um dos textos de discussão era justamente sobre Matrix. Nem prestou! Assisti de novo, descobri mais coisas novas, mais detalhes... E daí minhas próprias teorias começaram a aparecer e Matrix foi eleito um dois meu top 5 filmes favoritos.
Hoje eu posso dizer que, apesar de não ter sido minha porta de entrada para o fascinante mundo nerd, Matrix definitivamente consolidou minha estada aqui.
Essa semana, 10 anos se passaram desde que a parceria entre os irmãos Wachowski e Keanu Reeves lançou o filme que revolucionou o gênero de uma forma que ainda deixa muita gente de boca aberta e merece uma celebração! Eu vou tomar a pílula vermelha novamente e sair da Matrix junto com Neo, Morpheus e Trinity (mas só porque eu não tenho como fugir dessa troço mulher-macho ¬¬) e você? Vai ter coragem de seguir o coelho branco e descobrir o quão fundo a toca do coelho vai, oh dear Alice?

4 comentários:

  1. Afe, ainda estou tossindo! Eu acho que só entendi a real dimensão de Matrix quando assisti um trabalho apresentado por meus amigos durante o curso de filosofia em 2004. Eles exploraram todos os aspectos filosóficos e as influências existentes no filme. Lembro-me claramente que nesse dia em que nos reunimos para assistir no CH da UECE, eu voltei para casa andando e filosofando sobre a minha vida. Estava tão out que cheguei em casa sem nem sentir, não me lembro de nada e nem de ninguem no caminho, daí você tira o tamanho da viagem. Pessoa extraterreste (se é que existe alguém nessa condição ainda) se não assistiu Matrix, trate de fazê-lo imediatamente!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Antes de tudo, obrigado Ladyreaper por me lembrar o quão jurássico eu estou me tornando, afinal, já assisti esse filme adulto! GRRR! Rs!
    Realmente esse filme é uma obra de filosofia e não de ficção. Sou apaixonado por ele e já assiti umas 20 vezes. E até a idéia de nos darmos conta de que o que estamos sentindo fisicamente é só uma resposta do nosso cérebro é de dar um nó no juízo, afinal, isso abre a possibilidade de tudo ser mesmo só uma ilusão: o gosto da coca, a topada no dedo "mindin" etc. É muita viagem, meu Deus! Acho que o último que tentou entender isso tudo está agora achando graça lá no Mira Y Lopez.
    Será que quando morrermos, o véu da ilusão vai ser afastado e vamos ver que estávamos sentados numa cadeira participando do maior jogo virtual de todos os tempos? Who knows... one's got to live to know. In the meantime let's keep on enjoying ourselves!
    Parabéns pelo texto, adorei aq homenagem a essa obra de arte.

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  4. Brigadinha pelo comentário Aluísio =D
    Realmente, esse filme tem milhares e milhares de camadas... Hoje mesmo tava escutando o nerdcast sobre Matrix e descobri um novo angulo para pensar o filme! Adoro essas coisas...Preciso ver de novo... Sem falar que é mais uma desculpa para babar no Keanu! hehe

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