segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Pequeno manual do concurseiro viajante liso

Pessoas,
Até novembro de 2009, eu nunca tinha saído do Nordeste. Quando entrei nessa vida de concurseira, as primeiras provas que fiz foram aqui na cidade. Depois da aprovação no TRT7, senti que podia arriscar mais. E fui parar em Belo Horizonte. Desde então, minha mala está praticamente pronta todo o tempo. Virei uma viajante profissional, pelo menos pelo Brasil (Natal-RN, Teresina-PI, Belém e Marabá-PA, Belo Horizonte-MG, Curutiba-PR, Florianópolis-SC e em breve Campo Grande-MS e Porto Alegre-RS) . Aqui vai umas diquinhas para quem deseja alçar vôos mais altos e passar da soleira da porta de casa e aproveitar oportunidade de concurso em outros lugares.



1.Seja realista: Viajar para qualquer lugar para fazer concurso é sempre um investimento, e se você é um concurseiro liso, significa que dinheiro é dinheiro e não pode ser desperdiçado! Você deve ter condições de competitividade para enfrentar um concurso fora. É claro que não há como garantir aprovação, mas deve haver pelo menos uma chance real disso acontecer. Lá fora não é lugar de treinar.

2.Decida rápido: Quanto maior a antecedência, mais economia. Quando o edital sair, você precisa já ter decidido fazer a prova. Cada dia (em alguns casos, cada hora), os preços sobem.

3.Ônibus, carro ou avião? O meio de transporte a ser utilizado irá depender da distância do local do concurso e de seus recursos. Levem em consideração o cansaço da viagem, agravado ainda mais se você tem problemas para dormir (como eu). Fazer prova cansado é um tiro no pé. O carro é uma boa opção para um grupo de pessoas para uma distância razoável. Nos restante das hipóteses, a solução é o avião. 

4. Bagagem: leve o mínimo necessário. Afinal, ficar para lá e para cá com malas pesando toneladas, não é legal. Leve suas anotações e, se quiser, o Vade Mecum ou algum livro. Enquanto espera, por que não dar uma revisada? Se não conseguir olhar nada, serve pelo menos de conforto psicológico.
5.Acomodações: concurseiro liso não tem como escolher muito. Dividir quarto é uma boa porque faz cair bastante os custos. Essa opção está disponível principalmente em Albergues . Lembrando da dica nº2, os albergues são as acomodações mais baratas, então são as primeiras a lotar, assim, hurry up!  Dê preferência aos hotéis/pousadas mais centrais. O acesso é mais fácil e a chance de o local de prova ser próximo é grande.

6.Madrugue: se vai de avião, as passagens aéreas mais baratas normalmente são as da madrugada. A não ser que seja absolutamente necessário e próximo, não viaje no mesmo dia da prova. Atrasos e cancelamentos são muito comuns, melhor não arriscar.

7.Conheça o terreno: para mim, é quase um ritual. Normalmente chego um dia antes da prova. Depois de me acomodar no hotel/albergue/pousada e comer, é hora de visitar o local de prova. Isso serve para analisar os acessos e quantificar o tempo para chegar lá. 

8.A hora do turista: Depois da prova é hora de turistar. Ninguém é de ferro, né? Além do mais ir para uma cidade nova e não olhar nem de lado é covardia. Pesquise antes de ir, planeje-se. Ao chegar lá, procure obter mapas, informações com os moradores.

9.Com que roupa eu vou?(Contribuição do Correspondente Anônimo): É importante pesquisar as condições climáticas que você vai enfrentar na época da viagem e levar vestimentas de acordo.Lembre-se de ir fazer a prova usando roupas confortáveis, folgadas, para que você se sinta bem à vontade. Leve um agasalho, às vezes, o ar condicionado não perdoa.
Ufa!

No final das contas, essas dicas também servem para o viajante turista liso. Apesar de estar cumprindo uma obrigação, viajar é sempre bom, conhecer novos lugares, pessoas, culturas diferentes. Hoje em dia, a maioria dos cartões de créditos tem parcerias com programas de milha, informe-se com sua operadora e acumule já. Amplie seus limites (olha que slogan bom, patrocinadores... eu tenho futuro! Contatos pelo comentários!)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Desculpa, foi engano!


Acabei de levar o nome de mau-educada porque não quis dizer meu nome para uma atendente de telemarketing que ligou para a minha casa para falar com um fulano de tal que sequer mora aqui.

Telefone, sem dúvida, trouxe um mundo de vantagens e junto um monte de problemas. Acho que o ápice deles é o telemarketing. Você é acordado/interrompido para receber uma proposta de produto que você não solicitou e nem tem interesse. Quando você precisa usar esse serviço é obrigado a ouvir gravações interminável, gerundismos terríveis, e quando está próximo de resolver o seu problema, a ligação cai. Já ouviu essa história antes, né?

Pergunto-me se ainda pode piorar e piora.Murph não perdoa. Então, além do povo do telemarketing ligar nas horas mais esdrúxulas (é tinha que ser uma palavra feia assim para demonstrar a minha indignação), ainda liga atrás do povo errado. Certa época, cogitamos mudar de número de telefone, porque, às vezes, em muitas ocasiões do dia, recebíamos ligações atrás de pessoas que nem conhecemos. Desistimos não sei por que cargas d'água.

Agora temos um novo personagem: um tal de José Roberto. O povo liga para cá diversas vezes, atrás desse cidadão (?). Sabe é o que é mais irritante? A gente diz que não tem ninguém com esse nome morando aqui, ai eles querem um telefone de contato, enderenço... Comooooooooo? Se não conhecemos o indivíduo? A de hoje queria saber meu nome. Para quê? Acha bem que eu estou escondendo o fulano dentro do meu bolso. 
Ira a parte, eu sei, pessoal do telemarketing, que vocês estão fazendo seu trabalho, mas é fato que vocês, junto, provavelmente com os proctologistas, são os profissionais que causam às pessoas mais desconforto.

Por mais leis, portarias, instruções normativas que sejam lançadas, não há um efetivo controle sobre o que fazem com nosso número de telefone. Acho que deveria haver a opção, assim como existe nos e-mails de descadastrar e cancelar o recebimento. No final da ligação, do mesmo jeito que o povo gosta de fazer pesquisa, deveria disponibilizar a opção no menu: "excluir cadastro". Assim, não precisaria receber tantas propostas de cartão de crédito, plano de saúde, tv por assinatura, internet, plano ortodôntico etc.  Ah, falando em cartão de crédito, eles estão agora com uma mania de querer oferecer dinheiro para a pessoa ficar internada... Imagina o diálogo:
Médico: O procedimento cirúrgico é simples, você já sai no mesmo dia...
Paciente: Ô doutor, será que eu não podia ficar internado assim... um mês... é que 'tô com as conta do crediário para pagar e ganho 50 conto por dia internado... dá até pa' sair algum ai po' senhor...
Um pouco mais de bom senso, né?

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O IDIOTA E A MOEDA

Amigos,

Já é a segunda ou terceira vez que recebo um email com essa historinha e hoje resolvi repassar postando aqui no blog por achar digna de reflexão a parte em que fala da diferença entre o que nós pensamos e o que os outros pensam ao nosso respeito e também de que felicidade é um conceito relativo. Bem, leiam, espero que aproveitem e, melhor, tirem melhores conclusões. Estou simplesmente repassando, sendo todas as conclusões do desconhecido autor. 

Conta-se que numa cidade do interior um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia. Um pobre coitado, de pouca inteligência, vivia de pequenos biscates e esmolas.

Diariamente eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam a ele a escolha entre duas moedas: uma grande de 400 RÉIS e outra menor de 2.000 RÉIS. Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos.

Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos...

- "Eu sei, respondeu o tolo. Ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar minha moeda”.

Podem-se tirar várias conclusões dessa pequena narrativa.

1) Quem parece idiota, nem sempre é.
2) Quais eram os verdadeiros idiotas da história?
3) Se você for ganancioso, acaba estragando sua fonte de renda.

Mas a conclusão mais interessante é: A percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito. Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas sim, quem realmente somos. Preocupe-se mais com sua consciência do que com sua reputação. Porque sua consciência é o que você é, e sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam... é problema deles.


“O maior prazer de um homem inteligente é bancar o idiota diante de um idiota que banca o inteligente.”

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Momento Ceará pride!

Extra! Extra!

Galera,

Quem me conhece sabe que não sou exatamente o cearense (nem mesmo o brasileiro) mais orgulhoso da minha terra. Espero que isso mude, mas infelizmente ainda acho o Ceará culturalmente atrasado e que de uma forma geral as pessoas são mal educadas e da auto estima baixa, características que somadas não contribuem para aqui se torne um lugar tão bom quanto poderia ser. Mas tem uma coisa da qual eu sempre senti orgulho: aqui tem gente inteligente. O cearense tem umas sacadas rápidas que se revelam em várias aspectos do viver, sendo a mais marcante o humor inteligente que conquistou o Brasil (Renato Aragão, Chico Anísio, Tom Cavalcante e outros).

Lembro que quando eu ainda estava no ensino médio, sempre via pelas ruas de Fortaleza outdoors parabenizando os cearenses primeiros colocados nas famosas olimpíadas brasileiras e internacionais de Química, Física e Matemática. Todo ano alguém daqui se destacava.
Fora isso, tenho vários exemplos colecionados há um bom tempo de outro punhado de conhecidos que  concorreu nacionalmente em concursos e se destacou. Palmas pra nós. Em alguma coisa a gente tinha que ser bom, né???? ;-)

Tô falando isso porque vi essa manchete acima na capa d'O Povo de hoje e me perguntei porque que estudantes de escolas públicas do país inteiro, podendo escolher as capitais do sudeste rico e desenvolvido, escolheriam o Ceará. Uma matéria num dos cadernos comenta esse fato, dizendo que a UFC é um  centro de excelência e um dos motivos é o seguinte: as escolas prepararam muito bem os alunos para o vestibular de medicina, tornando-o concorridíssimo (não em número de inscritos, mas no nível) o que faz com que a faculdade seja um "celeiro de intelectuais" (esse toque foi meu), puxando o nível dos docentes muito pra cima e tornando a faculdade uma referência nacional. 

Até o nosso querido Tiririca tirou o primeiro lugar nas eleições! rsrs! (Ai, ai! Momento shame pro Brasil). Deixa pra lá, melhor não comentar.

Beijos e abraços!!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

domingo, 9 de janeiro de 2011

Soletrando e cantando

Esses dias, estava lembrando de umas músicas que ouvia quando era criança. Posso dizer que a boa parte da trilha sonora da minha infância foi composta por Zé Ramalho, Xangai, Vital Farias, Geraldo Azevedo, Belchior, Luiz Gonzaga e por ai vai. A melodia é uma delícia e as letras são demais. Veja por exemplo, em Galope à Beira mar soletrado, Xangai canta a estrofe completa e depois canta de novo soletrando todas as palavras. Sem sair do tom e sem perder o ritmo. Confira abaixo:


Galope à beira mar soletrado

No ma-ti-nal
a me-ren-da
re-co-men-da
ser só fru-gal
pas-ta den-tal
de es-co-var
de-ve la-var
com co-li-pe
no ga-lo-pe
da bei-ra-mar

Não dei-xe
o in-tes-ti-no
fi-car fi-no
que só fei-xe
co-ma pei-xe
no pa-la-dar
um ca-la-mar
es-ca-lo-pe
no ga-lo-pe
da bei-ra-mar

Um ex-em-plo
de gi-gan-te
ru-mi-nan-te
um ca-me-lo
pa-ta pe-lo
ru-di-men-tar
pa-ra ma-tar
se-re-le-pe
no ga-lo-pe
da bei-ra-mar

Es-car-la-te
tan-ge-ri-na
vi-ta-mi-na
no to-ma-te
a-ba-ca-te
ver-de po-mar
pa-ra cor-tar
tos-se gri-pe
no ga-lo-pe
da bei-ra-mar

Um re-gi-me
de ver-da-de
li-ber-da-de
é seu ti-me
é su-bli-me
ser po-pu-lar
par-la-men-tar
par-ti-ci-pe
no ga-lo-pe
da bei-ra-mar

Outra bem gostosa e divertida é o Ai deu sodade/ABC do preguiçoso. Peeense numa alma preguiçosa... é daqueles que morre de fome pra não descascar a banana:

Confira a versão live action da música aqui, ganhadora de prêmio e tudo.
Sei que não é bem o que o pessoal hoje em dia é acostumado a ouvir, mas coisa a boa a gente divide, não é? Enjoy!

Ai D'eu Sodade

Marido se alevanta e vai armá um mundé
prá pegá u'a paca gorda
prá nós cumê um sarapaté
Aruera é pau pesado, nué minha véa
cai e machuca meu pé
e ai d'eu sodade
Intonce marido se alevanta e vai na casa da tua vó
buscá a ispingarda dela
procê caçá um mocó
só que no lajedo tem cobra braba, nué minha véa
me morde e fica pió
e ai d'eu sodade
Marido se alevanta e vai caçá u'a siriema
nois come a carne dela
e faiz u'a bassora das pena
quem me dera tá agora, nué minha véa nos
braço d'uma roxa morena
e ai d'eu sodade
Sujeito se alevanta e vai na casa do venderão
comprá u'a carne gorda
prá nois cumê um pirão
é que eu num tenho mais dinhero, nué minha véa
fiado num compro não
e ai d'eu sodade
Marido se alevanta e vai na venda do venderin
comprar déis metro de chita
pra fazê ropa pros nossos fiin
aí dent'o tem um cochão véi, nué minha véa
dismancha e faiz u'as carça prá mim
e ai d'eu sodade
Disgramado te alevanta dexa di cê priguiçoso
o home qui num trabaia
num pode cumê gostoso
é que trabaiá é muito bom, nué minha véa
mais é um poco arriscoso
e ai d'eu sodade
Marido te alevanta e vem tomá um mingau
qui é prá criá sustança
prá nois fazê um calamengau
brincadeira de manhã cedo, nué minha véa
arrisca quebrá o pau
e ai d'eu sodade
Marido seu disgraçado tu ai de morrê
cachorro ai de ti latí
e urubú ai de ti cumê
se eu soubesse disso tudo, nué minha véa
eu num casava cum ocê
e ai d'eu sodade


quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Feliz Natal/Feliz Ano Novo/Eu fui/Eu vi/Eu li

Pessoas!
Passei tanto tempo longe que quando voltei vi que o blog está de cara nova! Aluízio, obrigada por cuidar bem da nossa criança. Eu, uma mãe desnaturada e estudiosa, não tenho cumprido com minhas obrigações blogais. Pois, vamos tirar o atraso já. De uma maneira objetiva e rápida.
Desejos de fim de ano:
-->Meus mais sinceros (e atrasados) desejos de Feliz Natal e um Ano novo supimpa (é o novo!)

Eu fui: Florianópolis - SC


--> Na última etapa da odisséia concursal do ano de 2010, fui a Floripa, prestar o concurso do TRT. Ficamos em um hotel bem no centro da cidade, perto de tudo. Fomos recebidos por uma família maravilhosa que cuidou da gente e nos levou para passear em lugares ótimos (Lagoa da Conceição, Mirante, Praias, Fortes, etc.). Pena que o sol estava de férias por lá e a gente pegou chuva, muita chuva e nem rolou um banho de mar. Fizemos um passeio de barco bem legal e visitamos os Fortes de Anhatomirim e Ratones, mas nada de sol.  Passei meu aniversário fora :(, primeira vez na vida. Muito ruim. Minhas companheiras concursais comemoraram comigo (valeu, meninas), mas tenho que confessar: não é a mesma coisa que comemorar 4 vezes o aniversário! Sem falar que várias pessoinhas não ligaram, nem mandaram mensagem no dia fatídico. Deixa para lá, sem ressentimentos! Ano novo vida nova! (será?)

Eu vi: Tron Legacy


Assisti ao primeiro Tron (1982), quando era bem criancinha e fiquei chocada com os efeitos. Assisti de novo com C.A, ano passado, e destruí minhas boas memórias (desrespeitei a regra dos 15 anos). A crítica foi dura com TL e disse que era só efeitos especiais vazios. Pela primeira vez na vida, fui ver um filme com baixas expectativas e ele me surpreendeu de uma maneira positiva. Comparada à história completamente maluca e inverossímel do primeiro filme, TL tem uma narrativa sustentável para ser plano de fundo para efeitos especiais irados e uma trilha sonora completamente adequada do Daft Punk. A história tem umas referências religiosas maquiadamente explícitas: o filho do criador da Grade virá para salvar a todos do maligno Clu, criado à imagem e semelhança do criador e corrompido pela busca incansável pela perfeição.
Se, no final das contas, o filme foi desculpa apenas para ter Disc Wars e Lightcicles on the Grid para mim valeu. 
 

Eu li: O Símbolo Perdido


Senhora me deu de presente de aniversário este livro que queria tanto ler. A sociedade secreta da vez é a Maçonaria. Dessa eu conheço um pouco para saber se está falando baboseiras ou não. O livro segue a mesma receitinha de 'Anjos e Demônios' e 'Código da Vinci': Robert Langdon se mete em uma enrascada que vai lhe custar a vida se ele não desvendar códigos malucos que alguém importante de uma sociedade secreta importante, que morreu ou está à beira de morrer, deixou, porque algum doido megalomaníaco quer alguma coisa que pensa existir para dominar o mundo ou coisa do gênero. Chega uma hora no livro que é tanto código que abusa. E escreve tanto para morrer na praia com um final forçado, que chega a dar dó. Algumas informações e curiosidades sobre a Maçonaria se salvam e te dão coragem para passar para a próxima página. A única vantagem é que o livro desfazer alguns mal-entendidos relacionados aos segredos da Maçonaria, provavelmente causando outros, mas vale pela tentativa.

Por enquanto é só!

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