PERÍODO DE LEITURA
OFICIAL – 01 a 31 de março de 2017.
QUANTIDADE MÉDIA DE
PÁGINAS POR DIA: 390/31: 13 páginas.
Início: 01 de março
de 2017.
Fim: 11 de março de
2017.
Média de páginas
por dia: 48,75 por dia.
Maior quantidade de
páginas em um dia: 82 páginas – 04 de março de 2017.
Menor quantidade de
páginas em um dia: 24 páginas – 10 de marços de 2017.
Avaliação: 3,5 –
Muito Bom/Quase Ótimo.
0
– Ruim/1 – Ok/2 – Bom/ 3 – Muito Bom/4 – Ótimo/5 -
Excelente.
Informações sobre
o livro:
Lançamento da
primeira edição: novembro de 2010.
Lançamento da
edição brochura com um conto a mais (que só descobri agora que
existia): Maio de 2011.
Sinopse:
Escuridão total sem
estrelas é uma coleção de quatro histórias curtas intensas com a
vingança como o tema central. É uma leitura marcante trazendo
alguns dos conteúdos mais gráficos e inclementes de Stephen King
até agora.
Sinopses da orelha
do livro
E a seguir, os respectivos Shortfilms feitos pela Future Shorts que nos oferecem um vislumbre de cada uma das histórias.
1922 – O
agricultor Wilfred e o filho, Hank, precisam decidir do que é mais
fácil abrir mão: das terras da família ou da esposa e mãe.
Gigante ao volante –
Após ser estuprada por um estranho e deixada à beira da morte,
Tess, uma autora de livros de mistério, elabora uma vingança que
vai deixá-la cara a cara com um lado desconhecido de si mesma.
Extensão Justa –
Dave Streeter tem um câncer terminal e faz um pacto com um estranho
vendedor. Mas será que para salvar a própria vida vale a pena
destruir a de outra pessoa?
Um bom casamento –
Uma caixa na garagem pode dizer mais Darcy Anderson sobre seu marido
do que os vinte anos (sic) de casamento que eles passaram juntos. (São vinte e sete anos, na verdade).
Dados
da Minha Edição
Editora:
Suma de letras
Brochura
Ano:
2015
Tradução:
Viviane Diniz
Rio
de Janeiro
390
páginas
Compra
Quero fazer um elogio a esta edição da Suma de Letras. Achei fantástica a ideia da capa escura e o corte do livro ser todo preto, faz bem jus à atmosfera do livro.
Diário
de Leitura
Depois
da decepção que foi Christine e da canseira que The Stand me deu,
Escuridão Total Sem Estrelas foi um
verdadeiro bálsamo.
A
leitura fluiu bem, a maioria do tempo. Em alguns momentos mais
gráficos, tive que parar algum tempo para passar o mal-estar,
principalmente nas descrições da primeira história 1922. Ratos!!!
Odeio ratos. E Stephen King conseguiu aumentar o meu pavor e aversão por esses animais.
Optei
por trazer as sinopses da orelha do livro, porque as achei bem
objetivas e direto ao ponto.
Quando
visitei o site do autor para preparar este texto, na sinopse oficial
do livro me deparei com uma informação importante: todas as quatro
histórias falam de vingança.
Não
tinha me atentado para isso, mas de posse deste dado, fica bem claro.
ALERTA
DE SPOILERS
A
partir daqui relevações sobre o enredo. Leia por sua conta e risco.
No
primeiro conto, 1922, depois de ser brutalmente assassinada pelo
marido e pelo filho, Arlette volta dos mortos para atormentar seu
marido e garantir que seu marido Wilfred terá o merecido castigo por
seu crime.
Em
Gigante do Volante, após ser deixada para morrer na beira de uma
estrada, Tess resolve se vingar do seu estuprador.
Em
Extensão justa, Street transfere o seu fardo de sofrimento ao seu
pior inimigo e tem o prazer de assistir a vida deste e de sua família
desmoronar.
Por
fim, em Um bom casamento, depois de vinte e sete anos juntos, Darcy
descobre que seu marido é um serial killer e o mata, vingando sua
vítimas.
As
histórias são intensas e perturbadoras, terror mesmo do mais
palpável e arrepiante porque trata de pessoas reais.
Os
monstros são as pessoas que você conhece e em quem confia. São o
seu marido e seu filho, sua esposa, um bom samaritano que oferece
ajuda na estrada, um vizinho e conhecido de longa data.
Apenas
em Extensão Justa temos o elemento sobrenatural, o resto é pura
maldade humana mesmo.
Minhas
duas histórias preferidas foram Extensão justa e Um bom casamento.
Em
Extensão Justa, o que me surpreendeu e me fez gostar mais da
história foi que, diferentemente do que normalmente ocorre quando se
fala de trocas diabólicas, nesse caso, não há lição de moral,
não há cláusula escondida na letra miúda. O único detalhe é a
transferência de fardo do contratante para seu inimigo.
E
ai tem coragem? Para salvar sua vida e se livrar de um câncer, você
teria coragem de eleger alguém para suportar todo o seu sofrimento e
um pouco mais? E com a facilidade de ser um inimigo?
Um
bom casamento mexeu comigo por deixar bem claro a constatação de
que ninguém conhece ninguém. Nunca, nunca mesmo! Não vou mentir,
que deu uma sensação ruim, uma angústia, a gente fica com umas
caraminholas na cabeça, depois passa.
Nunca
tive o costume de mexer nas coisas do meu marido, agora então,
jamais.
Em
relação à 1922, a história é simplesmente tenebrosa, a forma
como King descreve todos os detalhes (todos mesmos) do assassinado de
Arlette... ui! Arrepio só de pensar. Pense numa leitura leve antes
de dormir.
Há
dois finais. No primeiro, temos o desfecho da confissão de Wilfred
em que ele está preste a ser devorado pelos ratos. E um recorte de
uma notícia de jornal que conta que ele foi achado morto, seus
papéis destruídos e, ao que parece, cheio de mordidas autoinfligidas.
Me pergunto desde quando ele vem alucinando... desde a mordida do
rato, que resultou na amputação de sua mão, ou se nem mesmo isso
aconteceu...
Já
Gigante do Volante, é uma boa história, e gostei de ela ter reunido
coragem para enfrentar o seu agressor. Só aumentou minhas precauções
na estrada. Desde que assisti “A morte pede carona” que não dou
bobeira na estrada.
Anotações
1922
se passa em Hemingford Home, mesmo lugar em que mora Mãe Abigail em
The Stand.
Extensão
justa – menção à frase “Dias longos e belas noites” presente
em “A Torre Negra” e a história se passa em Derry, mesma cidade
de IT.
Um
bom casamento foi adaptado para filme em 2014, com Joan Allen e
Anthony LaPagila.
Assisti
há muito tempo e infelizmente não consegui assistir de nova para
fazer comentários.
Em Abril é a vez de Revival.