terça-feira, 5 de abril de 2011

Sobre a maldade divina


Refletindo sobre post 'Deus é ruim?", minhas conclusões não caberiam em um só comentário, então resolvi postar de outra forma.
Vamos lá!
Se abandonarmos o maniqueísmos e esquecermos por um segundo a extrema oposição que existem entre o que se considera 'bem' e o que se considera 'mal' e pensarmos que existem uma dinâmica de equilíbrio entre fatores aparentemente opostos, mas que têm, no seu cerne, o toque do outro, as coisas ficam um pouco menos estranhas.
Não consigo pensar que Deus ou qualquer outra entidade superior fique escolhendo que catástrofes deve deixar ocorrer e que outras deve evitar. Partindo do pressuposto que tudo foi criado pela providência divina, o restante é por nossa conta, em razão do nosso livre-arbítrio. Antes de continuar, deixe-me dizer que não acredito em destinação e fatalismo (toda nossa vida está traçada e nada pode ser mudado), mas concordo que é plausível a existência de preciência divina. Deus não é submetido a limites temporais tais como os nossos, assim a ele se revelam passado presente e futuro sem essas divisões. Sim, Ele conhece toda a nossa trajetória de vida, mas isso não quer dizer que, necessariamente, ele vai interferir.
Continuando. Dotados que somos de livre-arbítrio, somos responsáveis por nossas atitudes, boas e ruins. Ou seja, não acredito em atribuir o crédito ou a culpa a qualquer outro ser além do causador  da benfeitoria ou do dano.
Quem não tem consciência de seus atos, como os doentes mentais, obedece a uma lógica pouco diferente: ele é o causador do ato, bom ou ruim (a juízo da sociedade), mas como não tem discernimento, não é culpável pelo mal que causa, apesar de causá-lo.
No que diz respeito à natureza, a história da dinâmica entre os opostos ainda é mais destacada. O equilíbrio natural é condição de sobrevivência harmoniosa de todas as espécies. Isso não quer dizer, entretanto, que todos vão viver felizes juntos, leões e cordeiros. Esse equilíbrio inclui morte, devastação, errupções vulcânicas etc. Para piorar a nossa situação, nós, seres humanos, estamos nos metendo e colocando tudo a perder, para variar. O clima está maluco, chuvas intensas, secas desertificantes, aquecimento global, extinção de espécies, praga de outras. Deus está entediado e manda um tsunami? Não. Estamos sofrendo, mais uma vez, a consequências de nossos próprios atos. Sim, mas eu nunca joguei um papel fora da lixeira, você me diz. Infelizmente, caro amigo, os justos pagam pelos pecadores, assim como Jesus foi sacrificado pelos pecados da humanidade (ou, pelo menos, dos que nele acreditam ).
Assim, se você acredita em Deus ou qualquer outra entidade superior, agradeça-O por ter criado as condições para que você vivesse sua vida da forma como vive, mas leve o crédito e a culpa pelos seus atos.
Aluízio, obrigada por mais uma vez bombear vida na minha veia filosófica, que já estava até meio enferrujada.
Volto em breve para contar o resto da história de Porto Alegre e outras cositas mas!
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2 comentários:

  1. Karolis, endosso e concordo com tudo o que você disse. Penso também que o livre-arbítrio prevalesce.
    PS: tu caprichou no palavreado filosófico, hein?! ;-)
    Beijo!

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  2. É isso aí Karol, tenho uma visão parecida com a sua, estamos aqui fazendo o nosso futuro, cada um responde pelos seus atos e sua felicidade no outro mundo.

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