domingo, 4 de abril de 2010

A Caixa

Yes, I’m alive. Andei meio ausente do blog. Andava muito centrado nas minhas próprias questões e, embora eu às vezes tivesse tido vontade de escrever o que eu estava sentindo, refleti melhor e resolvi não fazer do galera D o meu diário pessoal. Gosto de escrever o que sinto quando gera uma reflexão pra mim e/ou pra vocês. Se for pra ficar só como desabafo, é melhor deixar quieto. But I survived! ;-)
Andei assistindo muuuitos filmes ultimamente, Lost (que até agora estou achando que o autor simplesmente não sabe resolver os mistérios que ele mesmo inventou e que eram o grande atrativo da série) e Glee, que apesar de ser uma série mega teen, mas vale pelas músicas e por algumas situações bem inusitadas! Mas vamos ao que interessa: a Caixa.
Vou resumir o filme pra depois comentar: Norma Lewis (Cameron Dias) é uma professora e o seu marido Arthur (James Marsden) é um engenheiro da NASA. Eles são um casal com um filho que leva uma vida normal morando no subúrbio. Tudo muda quando um misterioso homem aparece com uma proposta tentadora: uma caixa com apenas um botão e que se eles decidirem apertá-lo, ganharão um milhão de dólares, mas ao mesmo tempo tirarão a vida de alguém que eles não conhecem. Norma e Arthur têm 24 horas para fazer a escolha. O que você faria?
O filme é ambientado na década de 70 e, por se tratar de um suspense, é legal ver como certas situações ficam mais angustiantes num mundo que não tem internet, celular ou qualquer outro dos nossos atuais métodos de acesso rápido a pessoas e/ou informações.
Bom, assisti e gostei, apesar de achar que o final deixa um pouco a desejar. Mas o que me fez ficar pensando logo que saí do cinema (porque o meu mal é justamente pensar demais!) foi a questão ética e moral exposta no filme e que acredito que a nossa sociedade se encontra atualmente mergulhada: quanto vale uma vida? Se alguém lhe dissesse “se você apertar um botão que irá matar alguém que você não conhece eu te dou R$ 100,00” você nem hesitaria em concluir que não vale a pena matar alguém por um ganho material e, acima de tudo, tão ínfimo. Mas e se for R$ 1.000.000,00? Muda alguma coisa? O filme mostra que sim e que como pessoas boas e corretas como o casal (e outros que serão tentados) ainda param pra refletir se vale a pena. É engraçado, não é? À medida que a proposta aumenta, aumenta a força dos argumentos que podem justificar a escolha de matar alguém em nome de um ganho pessoal. No caso do filme, Norma diz “e se for só a vida de um homem no corredor da morte? Ou de um bandido?”. O marido então pergunta “e se fosse o nosso filho?”.
Pra mim, o filme mostrou que na maioria dos casos, certo e errado depende de que lado nós estamos e o que ganhamos ou perdemos com isso. E segundo: valor ínfimo ou irrisório em troca de uma vida vai depender unicamente do referencial do assassino. Sim, porque se formos partir da perspectiva mostrada no filme, que é obter uma vantagem em cima da desgraça de alguém que não conhecemos e que, portanto, não nos compadeceremos do sofrimento, então pra bandido, tirar a vida de alguém pra roubar um celular, uma carteira ou até um tênis se justifica pelos mesmos argumentos.
That’s it! Vou ficar esperando a Alice. Tim Burton em 3D com aquele espetáculo de imagens deve ser muuuito bom! Li o livro e até agora estou esperando por alguém que me explique a metáfora por trás daquele conto que de infantil não tem nada. Muito louco! E olha que eu nem me acho tão burro assim. ;-)

Ah! Ia esquecendo, fica a dica do filme A Órfã. É um daqueles filmes em que a inocente que ninguém nem desconfia faz um estrago danado. 
Beijos e abraços!

4 comentários:

  1. Minhas expectativas quanto a caixa eram um tanto diferentes quanto ao desenvolvimento do filme. Na realidade só o achei valido pela "moral da história", ademais tem vários pontos digamos estranhos (passagens dimensionais de água e afins). Mas tá valendo.
    Também curti a órfã e se vale como diga, assista a Onda. Excelente.

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  2. Eu e CA assistimos esse filme e não conseguimos decidir se gostamos ou não.Concordamos que mexeu conosco e nos obrigou (acho que essa é bem a palavra) a nos colocar naquela situação. Ambos fomos categóricos: não apertaríamos! Não importa ser uma pessoa que nós não conhecíamos, o simples fato de ser responsável conscientemente pela morte de uma pessoa é um fardo pesado demais para carregar. Não importa o dinheiro que fosse. A vida tem igual valor para todos, infelizmente nem todos dão a ela a devida importância. Não importa se é alguém em estado terminal, implorando para morrer ou alguém que acabou de inspirar pela primeira vez o ar. Repito, a vida de qualquer pessoa, mesmo o do mais cruel assassino tem o mesmo valor, e o ato de tirá-lo impõe um fardo, uma marca indelevel a quem o faz, entretanto, a forma de lidar com ela é diferente para cada pessoa.
    Ufa! Chega do tom panfletário. Essa opinão não foi sustentada nem por LadyReaper, e algumas de suas amigas. Até minha mãe (maluca, diga-se de passagem) disse que apertaria o botão. Ai, ai, vai sobrar para a advogada da família resolver os pepinos... Bem, a história que deu origem ao filme chama-se "Button, button" de Richard Matheson e já foi, inclusive, episódio de Twilight Zone (Além da imaginação), e que também é o autor de "Eu sou a lenda".
    OBS. Esse Twilight ai não tem nada a ver com vampiros que brilham no sol, viu. Se bem que do jeito que os episódios trazem histórias bizarras, vai quer que tem...Bem-vindo de volta, Aluízio!

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  3. Correspondente Anônimo5 de abril de 2010 às 08:10

    Só completando a informação da Garota D, o conto original, o filme e o episódio têm, cada um, um final diferente.
    O autor, Richard Matheson, foi também quem escreveu Amor Além da Vida, um filme muito bom com Robin Williams e Cuba Gooding Jr. Haja criatividade!

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  4. Valeu, Coxx. Vou alugar (ou baixar ;D) quando voltar de viagem.
    Abraco!

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