sexta-feira, 16 de abril de 2010

Histórias de Robôs - Vol. 3.

 Histórias de Robôs, Vol. 3,264p.
L&PM Pocket. Reimpressão: Maio de 2007.

Isso mesmo, comecei pelo final da coleção. Livro em promoção + falta do vol.1 e do vol.2 no estoque. Trata-se de uma compilações de histórias de ficção científica curtas (outras mais, outras menos) editada por Asimov, Patrícia S. Warrick e Martin H. Greenberg. Entre os autores compilados estão:

-Murray Leinster, com "Uma lógica chamada Joe", história em que uma lógica (computador) resolve responder a todas às perguntas que lhe são feitas. O que causa diversas situações, no mínimo, curiosas:
"Se quiser fazer alguma coisa e não sabe como proceder - basta perguntar!
O garoto então aperta a tecla:
- Como é que eu faço pra descolar uma nota preta, e já? (...)
Três dias depois, pegam o garoto, quando já gastou duas milhas e ainda tem bastante no bolso. Levaram um tempão para diferenciar as notas falsas das verdadeiras - e tudo simplesmente por ter trocado de gráfica, coisa bem de criança, que não sabe que não se mexe em time que está ganhando."

-Asimov, com "Prova". Um robô poderia ocupar um cargo público? As três da robótica garantiram sua ética e integridade? A prova do título refere-se ao esforço de Francis Quinn de demonstrar que o promotor Stephen Byerler é um robô.

-Gordon R. Dickson, "A chave inglesa". Cary Harmon não deixa impressionar pela suposta perfeição da Máquina do cento de meteorologia. Decide então que é capaz de estragá-la, se ficasse sozinho com ela por alguns instantes e consegui, descubra como.

-John Brunner, com "Judas". Deus é máquina. Sua segunda vinda se fez através da Metalização. Ao invés de sinal da cruz, temos o sinal da roda. Mas alguém decide confrontrar essa divinidade de aço.
"Nos tornamos escravos de  nossos utensílios desde que o primeiro troglodita improvisou a primeira faca para se servir de comida. A partir daí, não houve mais possibilidade de retrocesso e passamos a fabricar máquinas que se tornaram dez milhões de vezes mais poderosas do que nós mesmos. Inventamos carros, quando poderíamos ter aprendido a correr; construímos aviões, quando poderíamos ter aprendido a voar; e então aconteceu o inevitável. Convertemos uma máquina em nosso Deus."
Alguns contos não me agradaram pelo simples fato de não ter entendido bem qual era a moral da história. Termos e construções um pouco complicadas, as lamparinas do meu juízo não estavam dando conta. Acrescente-se a isso que parei na metade de um conto e  passei dois meses para retomar a leitura. Mas são histórias interessantíssimas que antecipam um futuro do qual algumas previsões se tornaram realidade. Predomina um sentimento de temor de que as máquinas se rebelem contra o ser humano e esse temor é denominado por Asimov no prefácio de Complexo de Frankenstein e de tecnofobia.
A conturbada relação entre o homem e o autômato é abordada por diversos ângulos, uns com um pouco de humor, mas às vezes com um tom pesado e sombrio. Agora é correr atrás dos outros dois volumes.

Um comentário:

  1. Correspondente Anônimo16 de abril de 2010 às 08:26

    Pena que eu só li o primeiro conto... e nem terminei.

    ResponderExcluir

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...