"Os juros são o prêmio da esfera na ponta credora (pagar agora, viver depois) - os ganhos decorrentes da transferência ou cessão temporária de valores do presente para o futuro; e são o preço da impaciência na ponta devedora (viver agora, pagar depois) - o custo de antecipar ou importar valores do futuro para o presente. a senescência resulta do fato e que nossos genes descontam o futuro a programam as células somáticas para dar o melhor de si num curto prazo, ou seja, nas etapas iniciais do ciclo da vida, ainda que isso implique custos e efeitos nocivos mais a frente. a plenitude do corpo jovem se constrói as custas da tibieza do corpo velho."
Nunca imaginei que juros fossem tão interessantes! A citação acima sintetiza a idéia central do livro: o preço das suas escolhas hoje e seus impactos no amanhã. Destaca-se no livro a abordagem biológica, inclusive teórico-hipotética (origem da senescência como característica biologica dominante).
A frase da semana do blog "Sonhe como se fosse viver para sempre, viva como se fosse morrer amanhã" faz parte do capítulo que aborda a mistura explosiva sobre a impulsividade juvenil e a sua visão de futuro como algo distante e passível de todas as possibilidade, visão essa que é radicalmente modificada na maturidade, em que a pessoa se encontra equidistante de seu passado e de seu futuro.
Na minha interpretação, essa frase deve ser absorvida com o sentido de que não se deve economizar em sonhos, mas que se deve ao mesmo tempo, trabalhar para realizá-los. Da mesma forma, viver como se não houvesse amanhã diz respeito a que não se deve protelar as coisas importantes da vida: diga que ama, que odeia, peça desculpas, pule de paraquedas, roube um beijos, estude hoje... Como ressalta o autor do livro: a vida é um intervalo finito variável do qual ninguém tem conhecimento da duração... assim, não desperdisse seu tempo.
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