sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Belém/Marabá/Teresina - Parte 02




Antes de continuar o relato da aventura, deixe-me dizer como foi a prova: longa, cansativa, estressante, como todas as provas de concurso são. Acho que nunca serão diferentes. Você fica sentado pelo menos 4 horas diante de calhamaço de papel que contém a chance de uma vida toda e, a depender da combinação mágica do gabarito, você conseguirá acesso a uma nova realidade chamada Serviço Público. Quando me perguntam sobre as minhas provas, tenho duas respostas:
-a prova foi horrível, nem parece que estudo Direito...
-a prova foi boa.
Espero pelo dia que sairei da prova feliz, com a sensação de que está tudo garantido. Bem, voltando à viagem.
Escapamos de Marabá e chegamos ao aeroporto de Belém, onde teríamos que passar as próximas sete horas, esperando pelo nosso vôo. Conversamos abobrinhas até onde a energia permitiu. Depois as minhas queridas parceiras caíram no sonho e eu fiquei acordada esperando o tempo passar.

De repende, comecei a me perguntar que raios eu estava fazendo ali, longe de casa, sentada no chão frio do aerporto. Pensei em todas as outras possibilidades que preteri quando decidi fazer concursos e me perguntei se valia a pena. Sim, cheguei a conclusão. Não se trata só do dinheiro e da consequente estabilidade. Quero fazer a diferença e essa é a oportunidade.
Finalmente chegou a hora de voltar. Cheguei em casa destruída de tanto cansaço e passei praticamente toda a segunda-feira dormindo para me recuperar de três noites sem dormir direito. Na terça, a luta recomeçou.
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Passaríamos apenas um dia em Teresina, chegariamos de manhã e de noite já voltaríamos para casa. Contenção de despesas. Iríamos ficar no aeroporto, até chegar a fatídica hora do concurso. Para nossa sorte, minha melhor amiga Manu, minha chefinha, me emprestou a tia dela que cuidou da gente superbem. O clima também ajudou, visto que não estava sufocantemente quente, só abafado. Deu para revisar algumas coisas, para descansar um pouco, a gente até experimentou cuscuz de arroz, por sinal uma delícia.
Almoçamos e fomos à luta. Esperamos quase 1h antes de conseguir entrar nas salas. 
Não podia usar relógio. Eu sou uma pessoa desorientada do tempo e do espaço. O marcador improvisado da minha sala era um círculo desenhado na lousa divido em 4 partes, cada uma referente a uma hora. Entrava em pânico cada vez que uma fatia era pintada. Não sabia se resolvia a prova ou fazia a redação. Saí 15 minutos antes do final do horário. Ufa, mais uma já foi, mais duas to go.
Depois de um bom banho, fomos comer carangueijo. Tanto tempo que não fazia isso!  O vôo de volta foi tranquilo, Segunda-feira, me dei folga, porque também sou filha de Deus. Mas com TRT-RN se aproximando, os estudos recomeçaram. E é CESPE, precisa dizer mais?
Próxima parada: Natal-RN.

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