terça-feira, 1 de março de 2011

Eu fui: Campo Grande-MS


Voltei de mais uma viagem para concursos, triste porque não deu tempo conhecer a cidade. Não tenho fotinhas =(, mas quero registrar que o pessoal de Campo Grande é supergente boa, muito prestativo e receptivo.
A viagem de ida e volta foi superdesgastante. Vou incluir mais uma dica no pequeno manual do concurseiro liso: " Apesar de ser liso, você é gente! Então, ao optar por passagens baratas, leve em conta a quantidade de escalas/conexões, bem como o tempo de espera em aeroportos." Só em Brasília, devo ter ficado pelo menos 5 horas, somando ida e volta.
Chegando lá, peguei o táxi com outras três pessoas, duas delas de Fortaleza também. Fiquei no albergue Hostel Campo Grande. Fora o problema com a minha reserva, o albergue é arrumadinho, tem internet sem fio, três computadores para uso dos hóspedes, piscina e tal. Não esquentei com a confusão com a reserva, por isso já virou coisa comum, principalmente quando se faz a reserva com quase 3 meses de antecedência. Isso não é privilégio de albergue não, viu! Quando fui à Curitiba, fiz o pacote com Casa Blanca Turismo e uma semana antes de viajar descobri não tinha reservas. O pessoal de lá resolveu, nós ligamos para o hotel e eles disseram que estava tudo certo. Quando a gente chegou, nada de reservas, fomos colocados em outro hotel.
O taxista que me levou ao local de prova me entregou o ouro, disse que ônibus eu podia pegar, onde podia almoçar (no Shopping Campo Grande) e que dava para ir a pé ao UNIDERP, local onde fiz a prova.
Consegui visitar o mercado municipal, mas pelo avançado da hora, a maior parte dos estandes estava fechada.
Domingo, fiz o check-out, deixei a mala no maleiro e fui para parada de ônibus. Lá eles não tem cobrador  e passagem é R$ 2,50. Acho perigoso o cara ter que dirigir e dar troco ainda por cima. No shopping,  estudei até 11h quando de repente parece que todo mundo da cidade começou a chegar. Junto com uma colega fui garantir o almoço, foi só o tempo certo de evitar todas as filas.
Caminhamos até a UNIDERP e lá o mais inusitado aconteceu: fui picada por uma abelha na mão direita. Detalhe que já estava toda enfaixada de Salompas por causa das dores no braço e mais essa.
Fiz a prova, que durou 4h30mim sentindo dores. Não deu tempo nem tomar água, muito menos ir ao banheiro.
Na saída, caminhei para longe da universidade, porque lá sabia que nunca conseguiria pegar um táxi, tamanho o engarrafamento que estava. Decidi seguir em direção à Av. Afonso Pena e lá decidir o que fazer. Encontrei uma moça indo na mesma direção. Perguntei se ela se incomodava que eu caminhasse junto com ela, e lá fomos nós conversando. Ela me contou que foi ao local de prova com uma sandália nova que tinha comprado e, já perto de chegar, o salto da sandália, que a menina não tinha sequer começado a pagar, partiu-se ao meio. Quando começou a tirar os restos do calçado, uma pessoa passou de carro, baixou o vidro e entregou para ela um par de chinelos. A minha companheira de caminhada estava maravilhada, e eu também não deixei de ficar, com o tamanho da bondade alheia.
No meio da conversa falei que ia ao aeroporto e perguntei que ônibus podia pegar. Ela falou que morava lá perto e podia ir comigo até lá. Achei que ela estava falando em ir de ônibus, então achei ótimo, só que tinha que pegar as malas.
Resumo da ópera: a moça se chamava Carolina (pense numa coincidência!), me deu carona até o hotel, esperou que eu buscasse minhas malas e me deixou dentro do aeroporto.  Confesso que na hora bateu uma dúvida cruel em aceitar a carona, afinal, com essas coisas que acontecem no mundo, sempre bate um medo, mas confiei nos meus instintos e deu tudo certo. Trocamos telefones e espero um dia encontrar com ela de novo.
Isso reflete o espírito do verdadeiro concurseiro. Ser concurseiro não é querer detonar todos os concorrentes e passar por cima dos outros, é compreender a dura condição em que todos que escolheram essa vida estão. Para conseguir nossa vaga, passamos por situações inusitadas e difíceis, nada mais natural e humano do que ajudar ao próximo e saber se colocar na posição da outra pessoa.
É importante registrar esse tipo de história para que saibamos que nosso mundo e nossa sociedade ainda não estão perdido. No meio de toda a violência, criminalidade, indiferença e maldade, ainda há pessoas que se prestam ao ouvir o apelo do outro e ajudar.Façamos a nossa parte!

Próxima parada: Porto Alegre.
Crédito foto

4 comentários:

  1. Correspondente Anônimo3 de março de 2011 às 07:39

    Pena que foi corrido e não deu para aproveitar e visitar o pantanal =P

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  2. awww q lindo. Você achou uma boa samaritana. Como é que eu só vou saber dessa história via blog hein?? ¬¬ a gente não se viu nenhuma vez desde que você chegou né pessinha??? =P

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  3. Hehehe... bem, você não me perguntou como foi a viagem, perguntou? (Eu não me lembro...). Sem falar que na hora que eu cheguei estava mais preocupada em encontrar uma cama do falar sobre minhas aventuras no meio do Brasil.
    Bom saber que você é leitora freqüente! =P

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  4. Fico muito feliz por ter sido bem acolhida na minha cidade, é uma pena que não andou por aqui nem tirou fotos, Campo Grande é uma cidade linda!!abraços...Paula Alessandra

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