domingo, 14 de fevereiro de 2010

Missionários na África

Pessoal, abaixo segue a transcrição de um e-mail enviado por meu tio da África, onde ele participa de um grupo de missionário (JOCUM) e ajuda comunidades pobres. Quero ajudar a divulgar esse trabalho, bem como as dificuldades que eles estão passando tentando auxiliar aqueles que precisam.

Olá parceiros, desculpa a demora em mandar notícias sobre nosso ministério. Em janeiro tivemos algumas dificuldades, mais nada que Deus não nos desse vitória.

Olha como tem feito nas nossas últimas cartas, nessa não podia ser diferente, estamos enviando muitas fotos porque elas falam mais do que possamos escrever detalhes.

Na segunda quinzena de dezembro um casal de amigos chegou do Brasil pra passar natal e ajudar em nosso ministério. Foi um grande presente de natal. Como ela é Pediatra, eles trouxeram 120 kg de medicação e 20 bolas de couro da Adidas, o que nos fez passa um dia na alfândega do aeroporto pra conseguir a liberação. Antes deles saírem do Brasil, procuramos saber como proceder para que nao tivessemos problemas quando esse material fosse entrar no país, mais ninguém da alfândega conseguia nos esclarecer. E depois de pagarmos 200 reais pelas bolas e mais 250 reais pelos papéis do processo de entrada desse material, fomos liberado com uma condição: todos os remédios que sobrassem deveria ser destruído e Jenny assinou um documento responsável por isso.

Pronto, depois de tudo resolvido, no domingo(antes do natal)  participamos do culto em nossa igreja aqui em Kanyama, para divulgar a atendimento médico pediátrico(foto 861), e aproveitamos para fazer algo com as crianças da Escola Dominical. Tinhamos alguns copos transparentes que guardamos da festa de ações de graças da casa de uns missionários americanos. 

Desenhei olhos e bocas e fiz pipocas e entregamos com lembrancinhas para as crianças. Foi muito bom, eles pareciam que estavam recebendo um grande presente. O casal nos ajudou cantando, tocando e ensinando músicas brasileiras, fizemos uma gostosa festinha de natal .
Depois viajamos para uma cidade no interior da Zâmbia chamada  Itezhe Tezhe (8 horas de viagem em uma estrada com péssimas condições), onde tem 14 congregações da nossa igreja. O Pastor Daniel é o responsável por esse trabalho,ele tem feito um grande trabalho. Levamos remédios para atender 200 crianças (fotos 892, 979, 1134, 1157). Aqui na Zâmbia não existe muitos médicos especialistas, principalmente no atendimento a crianças. Lá, também tivemos oportunidade de conhecer algo que nos chamou muito atenção: um grupo de sul africanos, sentiram Deus orientá-los a ir pra Zâmbia e ajudar a igreja local.


Quando chegaram lá, procuraram um Cheif (Cheif éum homem que vem de uma familia real em uma tribo e que tem autoridade sobre toda uma região. Qualquer coisa que precisa ser feita nessa área, precisa pedir permição pra ele) e encontraram um Cheif cristão (coisa que é muito difícil aqui na África, na maioria das  vezes eles estão ligados a feitiçaria) que indicou o Pr Daniel. Juntos, eles estão construindo uma Escola de treinamento para Pastores. Nesse mesmo lugar, esses sul africanos construíram uma pousada para atiradores profissionais como fonte de recurso para igreja. E nos fomos convidados a passa a véspera do natal com eles nessa pousada. Dormimos em barracas, próximo de um rio cheio de crocodilos, hipopótamos, leões e outros animais (fotos 1007, 1029, 1194, 1195, 1199). 

Que aventura, mais foi um tempo muito bom pra escutar e contar dos feitos de Deus entre nós e também pra apreciar tanta beleza na natureza africana. Na comunidade onde mora o Cheif, além de fazer atendimento as crianças,  fizemos uma doação de 2 bolas para os jovens da comunidade (foto 1170). Esse encontro com o Cheif foi muito importante, pois a família do pai de Jenny também é uma familia real de uma tribo no Oeste da Zâmbia e eles tiveram muito o que falar (fotos 983, 987). Bupe, que esta mais tagarela que nunca, não deixou por menos, cantou o Hino Nacional da Zâmbia para o Cheif escutar. Ele ficou muito admirado. Nessa viagem, ficamos surpresos como Bupe aproveitou e foi motivação para muitos pais. Ela esteve o tempo todo junto com as crianças da comunidade e toda hora ela cantava corinhos ou recitava poemas ou versos bíblicos. No dia 25 o pastor convidou para ela apresentar poemas e cantar corinho no culto de natal (fotos 890, 1149).
Ainda em Itezhe Tezhe, tivemos oportunidade de pregar em algumas igrejas e testemunhar sobre Deus (fotos 1103, 1109). Os irmãos da igreja nos levaram pra conhecer uns lugares onde têm nascente de àguas quente (foto 917). Depois de 10 dias voltamos para casa em Lusaka.

Voltamos pra Lusaka quando faltava só dois dias para nossos amigos voltarem ao Brasil, mais ainda deu tempo pra Jenny e a Dra Ana Paula participarem do encontro de senhoras de nossa igreja (foto 1206) e atender mais 46 crianças da nossa igreja em Kanyama. E dia 31 de dezembro eles voltaram para o Brasil.

A vinda deles foi algo muito bom para todos nós. O atendimento das crianças e alguns adultos passou de 250 atendimentos. Sabemos que quando eles voltam ao Brasil e contam seus testemunhos, outros serão motivados a vim a África por curto ou longo período.
   
Foi fácil pra chegar aqui? Sabemos que não foi fácil pra eles conseguirem todo dinheiro e material necessário, mais também sabemos que fazer missões não é coisa fácil nem tão pouco é coisa barata. Missões são algo muito valioso no Reino de Deus , então sempre vai custar muito e sempre será necessário o envolvimento de muitos em cada projeto. Eu lembro que eles nos contaram de uma irmã (assalariada) da igreja deles que depois de saber da vinda deles pra cá, ela recebeu o salário e compro 6 vidros de antibióticos. Acreditamos que como essa irmã, tiveram muitos outros, que sacrificaram seus salários. Somos tão felizes e grato a Deus por tudo que Ele tem feito.

Nossa tristeza, foi que sobrou medicamento para umas 200 crianças e não podemos fazer uma doação a nenhuma clínica ou hospital. Eu não posso atender crianças, porque estou sem meu registro de enfermagem (cancelei quando vim pra África porque não pagar a anuidade). O governo alega que na Zâmbia não há necessidade de medicamentos. Você acredita nisso? Nós não só acreditamos, com temos o conhecimento que isso não é verdade. Estamos orando e tentando junto com nosso bispo, ver a possibilidade do Ministro da saúde libera essa medicação como doação ao posto de saúde da nossa comunidade em Kanyama. Ore conosco.


Em janeiro, aproveitamos o ritmo africano, onde nas igrejas os irmãos costumam fazer 21 ou 40 dias de jejum ou entregam todo seus salários como forma de dar o primeiro fruto pra Deus e tivemos um bom tempo de oração. Jenny fez 40 dias de jejum, eu acompanhei alguns dias, mais oramos todos os dias por nossos parceiros, familiares, amigos e pelo nosso próximo passo. Tivemos um bom tempo.

Queremos agradecer todo apoio e oferta que estamos recebendo de vocês. Pedimos oração pela prote
ção de Deus.Também temos alguns alvos financeiros pra esse mês pedimos para que vocês nos ajudem em oração.
 
Acho que escrevi o suficiente. Ficamos por aqui e prometemos escrever novamente para falar sobre nossos planos para esse ano de 2010 e o que Deus tem nos compartilhado. Então até logo.

Orlando Santos Costa
Confira as outras fotos AQUI

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