sábado, 6 de fevereiro de 2010

Sexta-feira muito louca


Meu povo, vocês não têm idéia do que aconteceu comigo nessa sexta-feira... Acho que meu carro está com quebrante e já explico o porquê.

Ontem, depois de passar meia hora na academia (só por desencargo de consciência), eu, Correspondente Anônimo e um casal amigos queridos fomos jantar em um restaurante ali na Barão de Studart. Na ida, já apareceram sinais de que alguma coisa não ia prestar...

1. Quase atropelei um cachorro maluco que se atravessou na frente do meu carro, correndo atrás de um cara.

2. O meu som engoliu meu CD do A-ha e não queria mais devolver...

Na volta, alguns mais:

3.Não peguei meu caminho habital, resolvi seguir pela 13 de maio... por nenhum motivo em especial...

E ai começa a parte emocionantemente tenebrosa. Na altura do Habib's da 13, um carro ligou a seta para entrar na Floriano Peixoto e desistiu. A motorista do carro de trás, para não bater na traseira do veículo da frente, puxou o volante para a esquerda, e chocou-se com um par de motoqueiros que vinha no meio da via. 

Os dois caíram na frente do meu carro, consegui frear a tempo, mas ainda arrastei um pouco a moto.

Os motoqueiros se machucaram bastante e um dele, muiito alterado, seguiu em direção ao carro, para tomar satisfações, mas não houve nada de mais. Os dois foram para o hospital. Isso ocorreu por volta das 23h 15min. Ficamos esperando a perícia e a AMC até 2h30 da manhã.

Todo mundo que vinha pela avenida colocava a cabeça para fora e se decepcionava porque não havia corpos (bando de carniceiros).

Vários outros acidentes por pouco não aconteceram, porque os curiosos se distraíam... um deles quase batia no carro que causou o acidente e outro por pouco não colidiu com o meu carro.Vários malucos passaram gritando desaforos, como "Vai beber, olha o que dá", entre outros que prefero não repetir. Um cara sem um pingo de consideração parou perto da gente para perguntar o caminho de um bar... Já um taxista cismou que a gente tinha que neutralizar a suposta gasolina que havia sido derramada da moto.

Enquanto isso, Correspondente Anônimo ficava de olho no triângulo do meu carro para ninguém levar e eu temia que a bateria descarregasse, porque já estava há muito com o pisca-alerta ligado.

O Ronda do Quarteirão passou pela gente várias vezes e só parou porque a motorista do outro carro os abordou. Depois de um bom chá de calçada/meio-fio, o perito chegou, logo depois a AMC. Depois de pegar nossos dados, fomos liberados. Um dos motoqueiros já tinha voltado do hospital.  O outro, que havia se ferido mais, já tinha ido para casa.

Parabéns para o pessoal do Habib's que deu a maior atenção, ofereceu cadeiras, deixou que a moto fosse guardada em suas dependências até que o reboque chegasse.

No meu carro, apenas houve um pequeno dano no parachoque. O parabrisa traseiro do carro da outra motorista estava todo trincado. Na moto, quebrou torneira de óleo, que derramou, retrovisor, pisca, pedal, sem falar nos arranhões. Para piorar a situação, o dono da moto ainda iria pagar a primeira parcela na terça-feira dia nove...

Que aventura...

Sinceramente, três acidentes em um ano praticamente... vou mandar benzer o carro, vê se esse encosto sai... socorro! No final das contas, foram basicamente danos materiais e os danos físicos são reversíveis. O pior de tudo mesmo foi o aborrecimento pelo acontecido, que estragou a noite de todos...

Para piorar ainda mais a minha situação, eu, que tinha aula no dia seguinte às 7h, cheguei em casa às 3h...
Café extra-forte e muita boa vontade, consegui ir para aula.

Diante de uma situação dessas, uma enxurrada de 'se's toma conta da nossa mente:
E se a gente tivesse pedido a sobremesa? Se o garçom tivesse demorado para trazer a conta. Se eu tivesse tomado o caminho habitual...Se eu não tivesse reagido a tempo, se tivesse freado bruscamente, se tivesse perdido o controle, se o sinal estivesse fechado...

Eu, particularmente, acho que as coisas acontecem a seu tempo e por uma razão. Correspondente fez a seguinte observação: Talvez a gente tenha vindo por aqui para evitar um acidente maior... se um outro carro maior e/ou em alta velocidade estivesse ocupando o meu papel no acidente, a possibilidade morte seria certa... O motorista da moto havia discutido com a mulher antes de sair, porque ela não queria que ele o fizesse. 

A gente tem que perceber os sinais. Mas, se houver de acontecer, principalmente, quando se trata de algo drástico como a morte, não dá para evitar. 

De uns tempos para cá, acho que minha visão de morte mudou bastante.É claro que pretendo viver muito, sem dúvida, mas hoje, quando penso na morte, não tenho mais medo. É uma decorrência natural da vida. A cada dia ela se aproxima mais. Por isso gosto de aproveitar minhas oportunidades, nunca me afastar de alguém de que goste sem resolver um mal entendido. Digo o que tenho vontade de dizer, porque, afinal, pode ser que não haja uma próxima vez.


2 comentários:

  1. Correspondente Anônimo8 de fevereiro de 2010 às 08:36

    Ainda bem que nao aconteceu nada pior, e estamos todos bem!

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  2. Eita... Da próxima vez a gente tenta a sobremesa!

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