quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Falta de educação

Eita mal crônico e contemporâneo! Não sei como ainda me surpreendo! Ontem assisti a uma palestra com outros membros da minha 'catiguria'. Que espetáculo de falta de educação. Desde o básico, que é fazer silêncio enquanto o palestante fala até colocar o carro atrapalhando a passagem e, inclusive, a saída. Eu, hein, que horror!
Sei que é nessas horas que eu vejo que mudei muito. Não fuzilei ninguém com o olhar, não mandei ninguém calar a boca, eu estava verdadeiramente controlada. Não foi sem esforço, entretanto. As duas criaturas que estavam do meu lado passaram o tempo todo 'cochichando'. Entre aspas, porque a pessoa sentada duas cadeiras depois de mim também estava se incomodando com o barulho. O que revolta é que, mesmo que você peça da forma mais educada possível para a pessoa  fazer silêncio ['calar o bico', shut the f*** up, ou fermarsi (ma io sono chic, parlo anche italiano, ãh)], o mais provável era que, só por pirraça, fizesse ainda mais barulho.
Nada supera a praga que é o celular. O povo simplesmente tem a ilusão de que, se colocar a mão na boca, magicamente ninguém será capaz de ouvir a conversa. Seria cômico se não fosse trágico. Além de ouvir o cidadão do meu lado falar ao celular, eu conseguia escutar também o indivíduo com o qual ele falava. O melhor é a pessoa explicando: "Não posso falar não, to na palestra." Raios!


O destaque mesmo foi para o caos que fizeram no estacionamento. Durante a palestra, que durou umas duas horas e meia, três horas, foi pedido que se retirassem pelos menos uns 12 carros que estavam atrapalhando outros veículos, alguns, inclusive, 'trancando' a saída. Inacreditável foi um dos palestrantes ser um dos barbeiros.

 O estacionamento devia estar mais ou menos assim....

Para encerrar o evento nada melhor do que um bom bate-boca. O criatura, além de ter interrompido diversas vezes, a pessoa que estava falando ao microfone, 'pisou nos calos' do outro palestrante e o que até então tinha sido um debate de cavalheiros virou uma confusão, cada um querendo falar mais alto que outro, como se a razão fosse medida em decibéis... vai entender.
No meio da baderna, a fome falou mais alto e resolvi abandonar o recinto para fazer uma boquinha lá fora. Ao sair notei que a sala do auditório parecia uma de cinema: cheio de embalagens de comida debaixo das cadeiras. Juro que esperava encontrar um saco de pipoca e o lanterninha na saída. 
Gente do céu! Como é possível? São coisas tão simples de fazer para não incomodar o outro, mas não, afinal, 'eu sou cheio de direitos', 'todo mundo também faz', 'ninguém vai nem notar'. É, continue se iludindo com essas desculpas. Nós não somos 'ilhas'. Nossas ações interferem na vida dos outros. Boa educação é para todos, em toda hora e em todo lugar.

3 comentários:

  1. Correspondente Anônimo23 de setembro de 2010 às 21:14

    Muito bem colocado! Pior ainda eh no teatro, como jah aconteceu com a gente (varias vezes)

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  2. Karolis! Ler esse teu post foi um bálsamo. Eu não estou só no mundo!!! rsrs
    Me queixo de todas essas coisas que você mencionou e não entendo porque o que nos parece tão normal, pra esse bando de mal educados são regras de convivência inexistentes. Ai, ai!

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  3. Ai, me sinto uma rabugenta, às vezes, reclamando de tudo, mas é falta de educação mesmo que acaba com o bom humor de qualquer mortal. Vamos continuar fazendo nossa parte, e tentar vencer esse povo pelo cansaço! Bjs.

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