terça-feira, 25 de março de 2014

Eu li: Novembro de 63




Novembro de 63
Stephen King
Suma das Letras
2013
736 p.

Todo mundo uma vez na vida se perguntou se algo seria diferente se tivesse mudado alguns dos fatores. E se os ingleses tivesse descoberto o Brasil? Se Stauffenberg tivesse obtido êxito em seu atentado a Hittler? E se Kennedy não tivesse sido assassinado? Al Templeton encontrou uma passagem na sua dispensa que levava de volta no tempo mais precisamente no dia 09 de setembro de 1958. Descoberto esse portal, queria a todo custo evitar que Lee Harvey Oswald assassinasse o presidente. Não obtendo sucesso em sua tentativa decide recrutar Jake Epping, um professor do supletivo para continuar sua missão.
Percebam que até 22 de novembro de 1963, data em que ocorre a morte de JFK, ainda faltam cerca de cinco anos, assim Jake terá que viver no passado e terá muito tempo para se preparar... Será?
Quando eu ouvi falar do livro, fiquei muito curiosa para ler. Gostei muito da prévia acima e acreditava que Stephen King conseguiria desenvolver o enredo muito bem. E eu estava certa! 

Dar mais detalhes do que isso pode comprometer a experiência do leitor e esse não é nosso objetivo. O que temos aqui é um enredo que, à primeira vista, parece mais um sobre viagem no tempo, mas não. Estamos colados com Jake a cada passo, a cada escolha e a cada consequência. Uma coisa que fica bem estabelecida desde o princípio é que o passado não quer ser mudado e quem se mete com ele, compra uma briga feia. Nessa hora, percebemos que o farfalhar das asas da borboleta tem um devastador.
A despeito de ser um volume longo (mais de 700 páginas), você não sente. Devorei as páginas avidamente e agora estou passando pelo vazio literário, que é o que ocorre quando você é tragada para dentro do universo da história que está lendo e passa a viver lá, e quando o livro acaba e você volta a sua realidade, se sente estranho e triste por ser sido expulso bruscamente de lá.
Sem exagero, até sonhar eu sonhei. O clima de tensão do livro é forte e passei uma semana sem dormir direito, rememorando os fatos do livro. Contei uma parte para Correspondente Anônimo e sofri com um misto de felicidade e tristeza quando ele me disse que queria ler o livro =D e que por isso eu não podia falar mais nada sobre ele =(.
A teoria da viagem no tempo foi adequada para o enredo e suas premissas são estabelecidas desde o princípio e são preservadas ao longo do livro, com a vantagem de ser bastante simples sem ser simplória.
Stephen King começou a escrever o livro em 1973, mas interrompeu o processo por causa da monumental pesquisa que a história demandava e porque o ocorrido ainda estava muito recente. Isso acabou sendo uma escolha acertada e ele nos brindou com mais livro fantástico, a despeito de estar fora do terror e do sobrenatural, sua área de conforto, por assim dizer, mas ainda é bem a cara de King.
Sou fã de King desde “O iluminado”, e a cada livro que leio (com exceção de A maldição do cigano, que abandonei, mas que ainda vou tentar reler) gosto ainda mais e me surpreendo com as loucuras que ainda podem sair dessa cabeça maluca.
Outro detalhe que gostei muito é que a dança tem um certo destaque em alguns momentos, coroada com uma trilha sonora muito boa e estilo bem apropriado.
Foi difícil escrever sem entrar muito nos detalhes, porque ainda estou super empolgada, mas não queria estragar nenhuma das surpresas e reviravoltas.
Veredito: Excelente!
Até a próxima!


Um comentário:

  1. Correspondente Anônimo26 de março de 2014 às 09:06

    Esse entrou na minha lista de livros para ler. Espero que ele não salve o JFK, para não bagunçar o presente.

    ResponderExcluir

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...