sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Glee!

Meu post de hoje é sobre a série Glee. Sim, eu totalmente sucumbi à nova febre, que na realidade nem é tão nova assim, já que já está na sua segunda temporada. Ok, pode me chamar de adolescente, isso não é ofensivo pra mim. ;-) Bom, o que vou escrever presume que você sabe pouco, ou nada de Glee.


A série gira em torno de um grupo de adolescentes, estudantes de uma escola pública em uma pequena cidade no estado americano de Ohio. Os personagens são os típicos representantes (ou estereótipos, como quiser) das fatias que compõem a sociedade americana: uma negra gorda, um gay assumido, um judeu, um deficiente físico, uma asiática e por aí vai. O que eles têm em comum? São os famosos “losers”. Jovens comuns de uma pequena cidade, sem grandes ambições, que acreditam que a vida dificilmente irá seguir um script diferente de crescer- terminar os estudos-trabalhar-casar-ter filhos-morrer naquela pequena cidade. A série mostra, contudo, que eles, assim como a maioria das pessoas, têm sonhos (nos quais não acreditam), ao mesmo tempo em que retrata os valores da cultura americana e critica os ideais de felicidade distorcidos da maioria dos jovens: ser magra, ser famosa, ser popular, ser bonito, comer todas, ser rico etc. Só que pra mim alguns dos vários trunfos da série são:

1 - A excelente trilha sonora recheada de releituras de grandes sucessos, desde os antigos dos anos 80 até os atuais, tais como Lady Gaga, Beyoncé etc. Como em todo musical, para cada situação tem sempre uma música que se encaixa (ou será o contrário?), contando (cantando) perfeitamente o sentimento e a história daquele momento.

2 - O bom humor!

3 - A série realmente inspira o espectador, mais um na multidão, a perseguir seu sonho. Por mais que essa frase pareça um daqueles bordões do American Dream, mas eu entendi mais positivamente o significado disso. Ela incentiva o espectador a realizar-se, a encontrar empolgação em seja o que for que você busca. Afinal, se o José Saramago, o Lula, a Oprah Winfrey ou qualquer personalidade que se destacou em sua área chegou à notoriedade é porque um dia ousou ser bom naquilo que gosta de fazer. Pra mim a série fala em acreditar em si mesmo.

4 - Acho bacana como o grupo, a princípio totalmente heterogêneo, vai criando laços e intimidade e o espectador parece que vai se envolvendo e sentindo parte daquelas pequenas vitórias de cada um, se identificando, se emocionando, rindo ou simplesmente curtindo uma boa música. Fala muito de relacionamentos e amizade. (Poderia ser mais teen??? rs!)

Meu último ponto é sobre o Kurt, o personagem gay. Desde o começo tive muita dificuldade de vê-lo e aceitá-lo. Sempre tive dificuldades em aceitar homens muito efeminados, assim como mulheres muito másculas. Acho estranho. Não é que eu ache errado, de forma alguma, respeito honestamente a diferença, mas acho estranho. Ele é o gay estereotipado em seu extremo e eu não pude evitar de muitas vezes assistir alguns episódios sentindo a famosa vergonha alheia, a mesma que ainda me faz suar de repulsa quando vejo, mesmo que por poucos segundos, a patética performance do Ney Matogrosso nos palcos. Acho grotesco, ridículo aquele homem vestido, maquiado, se contorcendo e se rebolando como se fosse uma mulher. Pra mim não passa absolutamente nada digno de ser admirado, muito pelo contrário, não gosto nem de ver. Pois bem, eu sentia o mesmo constrangimento ao ver o Kurt, só que a série me lembrou (o óbvio) que ele é alguém que mesmo sendo muito diferente dos outros homens, ao mesmo tempo é igual, pois ele busca essencialmente o que todos buscam: ser feliz, ter seu lugar nesse mundo, seus amigos e seu sonho realizado.

Enfim, a série passa muita emoção, diversão, alto astral e justamente por ser tão teen é que ela me lembrou o que existe de melhor em ser adolescente: a sensação de que a gente pode tudo o que quer.

Abaixo o clipe da apresentação do último episódio da 1ª temporada. Sintam a vibração! É um medley de três músicas, sendo a última, a minha favorita, Don’t stop believing




Beijos e abraços a todos!

4 comentários:

  1. Adoro Glee talvez pelos mesmos motivos. Nunca tive muito problema com o Kurt hehe. Acho um personagem muito legal que durante a primeira temporada cresce bastante e tem diversos episódios focados nele.
    Não há porque se envergonhar de Glee ou dizer que é coisa de adolescente. Glee foi a série mais premiada de 2009. É um fato que ela é fantástica.
    De sobra, ainda acompanhamos ótimas músicas e coreografias.

    Abraços do Cara da Locadora =)

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  2. Não curti muito Glee não quando tentei assistir... A história não me prendeu. Gosto de ver o pessoal cantando, mas é só!!! talvez um dia eu dê outra chance a série, mas por enquanto, fico com outros meus vícios...

    P.S. quanto ao Kurt, eu nunca assisti a série direito, mas pelo o que eu vi, ele parece o típico gay que mostram em quase todos os seriados americanos. Como Brian Kinney falou em Queer as Folk, o pessoal gosta dos queers porque não sentem seu estilo de vida ameaçados por eles. Eles seriam quase como que seres assexuados.
    É um ponto de vista meio brutal, mas que faz sentido!
    Ótimo post Aluízio! =D

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  3. Cara, eu tinha muito preconceito com o seriado. Começa que é, de certa forma, um musical e não tenho a mínima paciência para assistir musicais. Um dia acabei assistindo e até que gostei... Confesso que não acompanho, mas serviu pra aprender que realmente não se julga livro pela capa.

    Falou

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