domingo, 20 de junho de 2010

Abaixo a rabugice!

Ontem eu fui comprar um frango assado pro almoço e, no momento em que eu estava fazendo o meu pedido para o caixa, uma senhora de idade chegou, sem pedir licença, e disse “me dê duas lingüiças”. O caixa então, simpaticamente, se dirigiu a ela e disse: “senhora, só um minuto que eu já lhe atendo, estou só terminando de atender esse pedido”. A senhora então, com sua cara rabugenta, disse “rapaz, eu sou prioridade!”...

Olha, eu já estava num daqueles dias sem muito saco e não tinha gostado da intromissão dela, depois daquela frase então, me veio uma raiva e só não disse um desaforo pra ela porque a idéia de que em breve aquela velha estaria morta me consolou. Não, não sou politicamente correto. Só a Adriane Galisteu é que é legal o tempo todo, gosta de todo mundo e está sempre “feliz”.

Meu post de hoje é sobre como o nascimento de um direito possibilita a manifestação da falta de educação e da intolerância em algumas pessoas.


Nos supermercados já passei diversas vezes pela mesma situação. Algumas pessoas de idade entendem (erroneamente) que prioridade significa que no exato momento em que eles quiserem ser atendidos, o atendente tem a obrigação de interromper o que quer que esteja fazendo para servi-los. No meu trabalho, habitualmente é formada uma fila para o elevador. Ora, é lógico que eu não quero que uma pessoa de idade espere numa fila grande, muito menos as grávidas ou os deficientes físicos. Todos eles têm, sim, prioridade, em virtude de sua situação especial (leia-se desvantajosa), só que existem maneiras e maneiras de se exercer um direito. Alguns velhos de lá simplesmente, no momento em que as pessoas estão entrando, surgem como uma bruxa que chega voando e atravessam na frente das pessoas com aquela cara e atitude grosseira de eu-tenho-prioridade. Caramba, isso está me irritando muito ultimamente!

Não, esse post não é anti-velhos, é um post anti-mal-educados. Nunca gostei muito desse lance de direito dos negros, dos velhos, disso ou daquilo. Entendo perfeitamente que alguns grupos precisam de um amparo maior em face de sua fragilidade física ou social, mas assim como esses grupos exigem respeito e educação eles também precisam dar. E, como já disse, esse não é um post anti-velhos. Graças a Deus de vez em quando me deparo com velhinhos super simpáticos, que não acham que vão morrer na fila se esperarem uma ou duas pessoas serem atendidas na sua frente ou que, com muito bom humor, respeito ou paciência, sabem exigir seus direitos quando querem ou simplesmente abrir mão deles quando vêem que isso não vai lhes causar nenhum prejuízo.

Não tem problema nenhum em ser velho, o problema está em ser chato, seja qual for a idade!

4 comentários:

  1. Sei bem o que é essa fila do elevador. Rs. Também me irrita a falta de educação de pessoas que, em tese, já teriam a vivência necessária para saber que educação e paciência são virtudes.

    Mas o que acho mais irritante é o jeitinho brasileiro manifestando-se até para tirar vantagem de um prioridade concedida a um idoso. Uma vez, na fila das Americanas, uma mulher usou a própria mãe para pular a filar e pagar os produtos que havia escolhido. Passou por varias pessoas levando a mãe pelo braço, dizendo que era prioridade, foi atendida e pagou com seu dinheirinho as compras, enquanto a senhora ficava lá do lado, como uma espécie de passe "livra-fila".

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  2. Ai Aluízio, entendo perfeitamente sua colocação. Em uma das últimas vezes que andei de ônibus, estava sentada na cadeira de preferencial. Quando uma senhora idosa embarcou, comecei a pegar minhas coisas para levantar e ceder o lugar. Antes que conseguisse sair a velhinha me pegou pelo braço me mandando sair porque ela tinha prioridade. Me desvencilhei dela e disse: Pois não, fique a vontade e sai de perto trincando os dentes. Outro dia uma colega estava me contando que aguardava para realizar um exame e só havia um atendente. Em razão do número de idosos esperando ele simplesmente deixou de fazer o atendimento 'normal' e passou a só atender os idosos. É preciso ter bom senso dos dois lados. Afinal, é prioridade e não exclusividade.
    Um pouco de cortezia não faz mal a ninguém. Chatice e falta de educação tem em qualquer idade.
    Eu faço questão de ceder minha vez aos idosos, principalmente em filas, em salas de espera, porque eu bem sei as dores e a dificuldade de ficar muito tempo em pé, e entendo mesmo a urgência de seu atendimento, mas não precisa ser um cavalo batizado só porque é 'prioridade'.
    Saiba exercer seus direitos!

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  3. Ainda bem que vocês entenderam, fiquei com medo de ser mal interpretado. Esse seu exemplo do ônibus é emblemático, Karol. Talvez por um histórico de desrespeitos, a pessoa já vem armada, nem dando a chance de ver que existem pessoas que mesmo que não existisse a lei, elas fariam a gentileza.
    E quanto ao teu exemplo, Raquel, ihhh!, já presenciei algumas (várias) vezes o filho ou filha colocar a mãe como "passe livra-fila", como você bem disse.

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  4. Amey hoo post!
    passo por isso todos os dias (:

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