quarta-feira, 11 de junho de 2014

A arte de fazer silêncio


Hoje em dia, quando todo mundo tem voz e vez (supostamente), as pessoas menosprezam o silêncio. Querem dar pitaco sobre tudo. Não se permite a abstenção da opinião.
Muita gente acha o silêncio constrangedor. Pelo contrário, o ato de permanecer em silêncio entre outras pessoas pode demonstrar intimidade, cumplicidade, uma verdadeira transmissão de pensamento.
Isso fica bem claro se você observar pessoas que convivem juntas durante muito tempo. Elas completam as frases uma da outra, comunicam-se através de olhares significativos.
Eu sou uma pessoa tagarela, eu assumo, mas cada vez mais eu percebo a preciosidade que é o silêncio, a contemplação, a reflexão.
Talvez nesse momento em que estou sendo bombardeada com a companhia de pessoas que estão me importunando com sua tagarelice, eu me olho e percebo que posso ser mais comedida.
No final das contas, acho que o problema não é a tagarelice em si, mas a impertinência dela. De o tagarela não perceber que está incomodando extremamente.
Se você fala, fala e fala e seu (suposto) interlocutor (vulgo penico) não responde ou apenas balança a cabeça, eis sua primeira dica.
Se deixa você falando sozinho e, a despeito dessa grande pista, você o segue e continua o blá, blá, seu caso é crônico.
Os meus 'problemas' eu estou aguentando enquanto posso, antes de ser grossa e mandar calar a boca. Mas até para isso há uma oportunidade certa.

Um comentário:

  1. Ficar em silêncio é uma arte. Permanecer em silêncio é um refinamento digno de poucos. Eterno aprendizado.

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